Após passar quase uma semana longe de casa, agora já voltaria para o meu lar. Tentei falar com a Larissa por telefone antes mesmo de embarcar, mas foi sem sucesso, chamava até ir para a caixa postal.
- Eu sei que está com saudades, boi. Mas espera, já estamos chegando.
- Queria ir com ela para o hospital, saudades do meu filho, cara.
- Eu imagino - disse Wellington. - Também sinto saudades das minhas filhas quando estou longe. Você vai sentir muito isso agora.
- Já estou sentindo e isso não é legal - disse rindo.
Depois de horas de voo, chegamos ao Brasil, na grande São Paulo. O meu pai já nos esperava em frente á sala de desembarque. Tentei falar com a Larissa mais uma vez, mas não consegui, aquilo já estava me deixando preocupado.
- E aí, pai - apertei a mão do meu pai - Bença !
- Deus te abençoe, meu filho. Como foi a viagem ? Tudo tranquilo ?
- Demais, viemos inspirados - disse rindo.
Agora todos queriam descansar, ir para suas casas e dormir. Eu faria isso logo depois de conseguir falar com a minha namorada. Dudu Borges, se despediu de todos e foi encontro aos seus familiares que já lhe esperava no aeroporto. Enquanto eu dividia a atenção entre o meu celular e algumas pessoas que se aproximaram pedindo foto.
Wellington ficaria no aeroporto, esperaria um voo para Londrina onde iria passar uma semana com os seus familiares. Sabia o quanto sentia falta. Roberval, ficaria em São Paulo, mas iria para a minha casa e só no final de semana iria para Londrina ficar ao lado de sua mãe. Arleyde nos acompanhou até o estacionamento, onde esperaria o seu filho.
- Pai, me leva no hospital ? Queria ver o Henry.
- Nada disso, Luan. Vai para casa descansar, assinar um contrato e amanhã você vai no hospital ver o seu filho. Antes de ir para o escritório - disse Arleyde, ela era como se fosse uma mãe para mim, assim como foi a Dagmar.
- Mal cheguei e tenho que fazer tudo isso ?
- Relaxa, filho - apertou o meu ombro.
- É coisa bem rápida,Luan.
- Eu não consigo falar com a Larissa desde quando saí de Miami. Será que aconteceu alguma coisa ? - perguntei preocupado.
- A Larissa está lá em casa com a sua mãe e sua sogra.
- E não atende o celular ? Poxa, quer me deixar preocupado mesmo.
- O meu filho chegou, bom descanso, Luan. Seu Amarildo acorda o Luan amanhã cedinho, precisamos dele na reunião de amanhã, o senhor sabe.
- Pode deixar, Arleyde. Amanhã cedo o Luan estará no escritório.
- Cedo, 3h da tarde - disse, fazendo graça.
Arleyde foi para o carro do seu filho e nós partimos para o condomínio. Já dentro do carro o meu celular toca e no visor aparece o seu nome, me deixando aliviado. Atendi ligeiramente.
- Amor, quer me matar de susto ? - disse assim que atendi.
- Não, o que aconteceu ?
- Desde que sai de Miami que te ligo e você não me atende. Fiquei mais aliviado quando o meu pai me disse que você estava na minha casa.
- (risos) Desculpa, meu amor. É que eu estava embalando umas coisas no apartamento para levar na casa dos meus pais.
- Embalando ? Larissa, não faz nem um mês que você a luz, foi ponteada e já está embalando coisas ? Você quer morrer ?
- Luan, calma. Não vai me acontecer nada, nem fiz tanto esforço, fica tranquilo.
- Só vou ficar tranquilo quando eu vê você e o nosso filho.
- Estou te esperando para te encher de beijinhos, estou morrendo de saudades do meu amorzinho, lindinho.
- (risos) Já estou chegando, meu amor.
- Esperando ansiosamente. Vou desligar, vou tomar um banho aqui em sua casa mesmo, ficar cheirosa pra te receber.
- Fica bem cheirosa, estou perto de casa já.
(...)
Ao chegar no condomínio sai as pressas e ansioso para encontrar e abraçar a minha família, eu realmente estava com muita saudades de todos. Ajudei o meu pai e o Roberval com as malas, e quando entrei em minha casa tomei um susto com algumas pessoas gritando: Surpresa ! No começo não entendi muito bem aquela recepção, não era meu aniversário ou algo parecido.
Mas assim que fixei meus olhos na minha namorada e vi o meu filho em seus braços, realmente era um dia de festa, comemoração. Soltei a minha bolsa e com os olhos marejados fui até eles.
- Não acredito, amor - peguei o Henry com jeito, tinha tanto medo de machucá-lo. - Meu filho, que saudades que o papai estava de você.
- Ele também sentiu muita a sua falta - Larissa falou passando a mão em meu rosto, me aproximei dela e selei seus lábios.
- Me enganou direitinho, Larissa. Mas deveria ter atendido o meu telefonema.
- É que eu sempre estava perto do Henry. Você poderia escutar o chorinho dele e se tocar que ele já estava em casa. Mas foi melhor assim. Gostou da surpresa ?
- Amei, amei ! - beijei a mãozinha do meu filho. - Meu campeão !
- A história de embalar as coisas foi mentira, certo ? - ela disse rindo. - Não sou louca de fazer isso logo nos primeiros meses de recuperação.
- Acho bom mesmo.
Caminhei com o meu filho em meus braços até a minha sogra, que me cumprimentou com um beijo no rosto. Já a minha mãe e minha irmã me deram um abraço de lado para não machucar o Henry. Sentei no sofá e coloquei o meu filho sobre o meu peito, não queria largá-lo. Ás vezes ele resmungava por eu lhe apertava, mas quando o arrumava em meus braços, voltava a dormir tranquilamente.
- Não quer me dá ele ? - perguntou a Larissa.
- Não, porquê ? Deixa ele aqui comigo - o coloquei deitado sobre as minhas pernas e naquele mesmo instante pude vê um sorriso nos lábios pequeno do meu filho. - Não faz isso, meu amor. O papai vai te matar de tanto beijo.
- Luan, não pode ficar beijando muito o rostinho do Henry - minha mãe me alertou.
- Uai, porque não ? Quem resiste ? - beijei o pescoço dele que resmungou mais uma vez. - (risos) Esse vai ser bravo ! Tem que ter um cuidado dobrado com esse menino.
- (risos) Vai arrasar os corações como o pai - minha sogra falou.
- Mãe não fala isso, vou andar colada nos dois agora - Larissa disse.
E desde do momento que coloquei os meus pés em minha casa e vi o meu filho, não o larguei, andava com ele por todos os lados da casa, mostrando os cômodos como se o Henry estivesse entendendo tudo o que eu falava. Queria ser um bom pai para o meu filho, bom companheiro, que ele contasse comigo para tudo. E para isso acontecer, eu precisava formar uma forte união entre eu e ele, pai e filho.
Era fim de tarde quando Larissa o tirou dos meus braços, seria a hora de tomar banho. Tive dó quando o ouvi chorar bastante, após tirar a roupinha. Fiquei observando tudo, tentei lhe animar quando peguei o meu violão e toquei para ele durante o banho, por um momento ficou quieto, prestando atenção ao som, mas logo depois voltou a chorar, dessa vez com mais intensidade.
- Ele está com o queixo tremendo, Larissa.
- É assim mesmo, filho. Ele está com frio, não está acostumado com a nossa temperatura.
- Não desligaram o ar ? - perguntei
- Está desligado, amor. Mas o Henry é um bebê.
- Enrola logo ele em uma toalha, não aguento vê-lo assim.
- Que papai babão que eu tenho, mãe - Larissa fazia voz de criança, enquanto o Henry estava com a mão na boca, chupando os seus dedinhos, provavelmente com fome.
O meu filho era lindo, não cansava de dizer isso para a minha mãe. Estava encantado com todo aquela história de ser pai. A minha mãe me dava bronca, pedindo que eu não ficasse muito agarrado ao Henry, pois quando eu voltasse para a minha rotina, de viagens, ele poderia sentir bastante a minha falta e acabar lhe dando febre emocional.
Ai que capítulo lindo e fofo deu vontade de morder pai e filho kkkkk continua Hay
ResponderExcluirAí que lindo ;que amor que é ela família continuaaaa logo
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