Ao acordar encontrei a minha mãe tirando uma roupa minha de dentro da bolsa, organizava tudo direitinho, sem falar nada, olhei para os lados e encontrei o meu namorado dormindo em um sofá do hospital. Observei todo o quarto que eu estava e procurei pelo o meu filho, o bercinho ao meu lado estava vazio, estranhei e logo chamei a minha mãe, lhe causando um susto.
- Nossa ! Quer matar sua mãe ?
- (risos) Mãe ! Onde está o Henry ?
- Ele daqui a pouco vem para que você amamente, fica tranquila.
- Está tudo bem com ele ?
- Sim, filha. É lindo, bem pequenininho. O Luan estava com ele, chorou tanto que acabou dormindo ali no sofá mesmo. Vou até acordar!
- Não precisa. mãe. Deixa ele dormindo, deve estar cansado.
- Então vou chamar a enfermeira para que traga o Henry. Ele está tão agoniadinho, pois não foi amamentado por você, não esteve perto de você por muito tempo ainda.
- Fala, mãe. Quero muito ver o meu filho.
Minha mãe saiu do quarto, enquanto eu fiquei olhando para o teto, já que a maca estava toda reta e eu estava com medo de ficar sentada e acontecer algo comigo, não acordaria o Luan, ele tinha que dormir, descansar, pois no dia seguinte teria um compromisso muito importante.
Passaram-se alguns minutos e a minha mãe apareceu no quarto com uma enfermeira, mas estranhei, as duas estavam com as mãos vazias.
- Oi mamãe, tudo bem ? - perguntou a enfermeira.
- Tudo sim ! Cadê o Henry ?
- Viemos buscar você para amamentar o seu filho, ele não vai poder vim aqui.
- Porquê ? Ele tem alguma coisa ?
- Não ! Mas é pequenininho demais e precisa de cuidados especiais. Onde ele está, é bem mais seguro para ele.
- Senta aqui que iremos te levar, filha - com pouco de dificuldades fui colada em uma cadeira de rodas, mas antes de sair, o Luan acordou assustado com tanto falatório, logou ficou em pé e olhou para mim.
- (risos) Calma, amor !
- Pra onde você vai ?
- Amamentar o nosso filho - disse sorrindo.
- Não iria me acordar ? - perguntou fazendo um bico, estava com a voz de sono e com uma cara de sono mais linda.
- Você estava em um sono tão gostoso - falei segurando a sua mão.
- Não quero perder nenhum momento. Vou com você ! Pode deixar que eu levo ela.
Saímos do quarto e seguimos para o lugar que o nosso filho estava, até o caminho as pessoas ficavam olhando o Luan por ali, bem a vontade, mas não se aproximava, respeitando o seu espaço com a família, aliás, com a nova família.
Ao chegarmos na sala dos bebês, olhei para cada um dos bebês que estavam ali, mas o que eu procurava mesmo era pelo o meu bebê, pelo o meu filho. Foi então que o Luan parou e me ajudou a ir para uma cadeira confortável que tinha ali.
- Ele está bem mesmo ? - perguntei ao vê o meu filho nos braços da enfermeira, tão pequeno e chorava tanto, que me dava uma dorzinha no coração.
- Ele vai passar alguns dias aqui conosco, na incubadora, sendo bem cuidado.
- Quer dizer que eu vou para casa e ele vai ficar ? - um desespero já me consumia por dentro, não queria ter que deixar o meu filho ''sozinho''.
- Isso, mas fica tranquila que iremos cuidar muito bem dele.
Com um pouco de dificuldades consegui colocar o Henry em meus braços e ele logo se acalmou, segurou forte o meu dedo e eu não consegui controlar as minhas lágrimas. Luan sentou-se ao meu lado e também não se segurou.
- Ele é tão lindo, não é amor ? - me perguntou, alisando o rostinho do filho.
- Demais ! Parece um pouco com você.
- Ainda não dá para saber, amor.
- Amamenta ele, mamãe.
Foi então que naquele momento lembrei do que a minha mãe me dizia, quando eu brincava com as minhas bonecas e até mesmo quando descobri que estava grávida. Ela me dizia sobre os encantos da amamentação. Dizia que aquele ato era muito mais que alimentar fisicamente o bebê, era uma poderosa fonte de comunicação que fortalece o vínculo materno, através do aconchego, do contato físico, do calor materno e da troca de olhares entre a mãe e o bebê.
Olhei para a minha mãe que estava filmando e tirando foto do outro lado do vidro, ela chorava muito, pude ler os seus lábios, ela dizia que estava tudo lindo. Não queria mais desgrudar do meu filho e nem o Luan, então enquanto o Henry mamava e olhava fixamente para mim, o seu pai começou a cantar uma música bem baixinho perto dele. Parecia que o Henry tinha reconhecido a voz dele ou reconheceu, pois assim que ouviu a voz do pai, arregalou os olhos e parou de mamar.
- Ele vai me matar - disse o Luan sorrindo e beijando a mão do filho.
- (risos) Continua cantando, papai.
E ficamos daquele jeito até a enfermeira dizer que iria levá-lo para a incubadora, mas que a noite eu poderia ficar mais um pouco com o meu filho.
- Sua mãe já viu o neto ?
- Já sim ! Todos estavam aqui, até a Michele. Ficou um tempão comigo, olhando o Henry. Daqui a pouco está de volta com todos.
- E o churrasco ?
- Foi cancelado e terá uma comemoração maior.
Quando estava em meu quarto o Luan arriscou a deitar comigo na mesma cama, a minha mãe nos deixou a sós e ficamos ali conversando e trocando carinhos.
- Sabia que eu ganhei dois prêmios ?
- Dois prêmios ? Quais ? - perguntei.
- Um que envolve a minha carreira e amanhã irei pegar.
- Esse é o compromisso ?
- Sim ! Eu vou pegar o prêmio de melhor cantor.
- Que bom, parabéns meu amor. E qual é o outro ?
- O outro é o nosso filho, a nossa família. Que nasceu no dia 09 de agosto ás 03:00 da manhã. Obrigado, meu amor - disse beijando o meu rosto.
- Eu te amo - olhei em seus olhos e selei os seus lábios.
- Estava pensando em uma coisa aqui, na verdade eu pensei desde a hora que você disse que o Henry iria nascer. Foi uma retrospectiva de tudo o que vivemos.
- Conta !
- Lembra quando nos conhecemos ?
- Eu lembro de quando eu te conheci, você nem sabia quem eu era.
- (risos) Lembro de quando o Rober disse que tinha ficado com você.
- Comigo ? - perguntei assustada. - Mas nunca...
- Foi ele brincando, já sabia que eu era gamadão em você. Foi maior zoação, porque antes de ficar apaixonado por você, eu disse para o Roberval que você não fazia o meu tipo e que não ficaria com você.
- É mesmo, Luan Rafael ? Eu te disse isso também, que eu não faria o seu tipo.
- É claro que fazia e faz meu tipo, meu amor - me abraçou. - A nossa história já estava escrita, eu quem não sabia. Lembro do pedido de namoro.
- O pedido de namoro, foi lindo. Tão elaborado, você é bem criativo.
- Sou né ? Lembro também da nossa primeira vez - falou baixinho em meu ouvido. - Aquela noite foi especial, lembro de tudo o que você fez comigo.
- (risos) Lembra de tudo, não é ?
- Claro, não posso esquecer.
- Amor, eu lembrei da Carol. Onde será que ela está ?
- Eu vi ela em um show semana passada, foi no meu camarim.
- E você só me diz isso agora ?
- (risos) Ela estava acompanhada. Acho que casou ou está namorando.
- Todo mundo casando - fiz um bico, ele entendeu e respirou fundo.
- O Henry já nasceu !
- É, eu sei.
- Calma !
- Estou calma, quando esses três meses passar. Eu só quero aproveitar o meu namorado, como se a gente tivesse acabado de conhecer saber ? Me aguarda, vou preparar uma coisa para você, te fazer chorar, Luanzinho.
- Ultimamente estou uma manteiga derretida, não é muito difícil me fazer chorar.
- É verdade, amor.
- Vem aqui, deixa eu te beijar - segurou o meu rosto e com toda delicadeza do mundo, me deu um beijo bom, com tanto amor, com canto carinho e paixão.
Qro saber o que a Lari vai fazer kkkkkk achei tão lindo esse momento da amamentação Qro mais e espero que 3 meses passe voando
ResponderExcluirContinua logo!
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