FOI ANTECIPADO

Naquela noite a minha mãe teve uma pequena discussão com o meu pai quando viu que ele estava embriagado, a bebida sempre pegava rápido nele. Amarildo que só estava alegre, pediu que ele dormisse por ali, mas teimoso como era, o meu pai não aceitou e disse que iria para casa antes de ficar mais embriagado.

- Claro que você não vai, pai - disse para ele, quando o vi se despedindo das pessoas.

- Filha, eu não quero dá mais trabalho. Me desculpa ! - ele segurou firme a minha mão.

- Se desculpar de quê, sogrão ? Dorme aqui, o senhor não tem condições de ir para casa assim. E o Lucas foi dormir com a namorada, deixa eles por lá. E o senhor fica  ! - o Luan falou, segurando o ombro do meu pai.

     De tanto que insistimos o meu pai acabou indo para um dos quarto de hóspedes junto com a minha mãe e acabou dormindo. Mas a festa continuou, eu e o Luan ainda não tínhamos conversado, sempre que lhe chamava, ele fazia gestos de que falaria comigo quando fôssemos dormir. 

  - Já conversou com o Luan ? - me perguntou o Roberval.

- Ainda não. Nossa !

- O que foi ? - perguntou o Roberval assustado quando viu que eu estava com a mão na barriga. - Larissa ! Você está bem ? 

- Não!  - fiz careta, de repente eu tinha sentido umas dores na barriga, o Henry deu uma mexidinha e parou, mas ainda sentia algumas dores. 

- LUAN ! - Roberval lhe gritou e ele logo olhou. - Larissa está passando maç.

    Comecei a suar frio e eu sentia como se fosse contração, as dores foram para as costas e foi então que senti um líquido quente descendo pela as minhas pernas. Me assustei, faltava apenas dois meses para o Henry nascer. Ele seria prematuro ? 

- Larissa, o seu filho vai nascer - disse a Marizete ao olhar para as minhas pernas e vê que o chão estava molhado. Minha sogra se desesperou e pediu que fossem chamar a minha mãe. 

- Amor ! O Henry vai nascer prematuro ? - Luan se desesperou. 

- Me leva para o hospital. É muita dor, aí... - segurei firme a sua camisa, ele beijou o meu rosto, mas estava bem mais nervoso que eu, passava a mão pelo o cabelo diversas vezes. 

    A música parou e todos olharam para mim, quando senti uma forte dor e dei um gritinho sem querer. Minha mãe apareceu e começou a agir, pedindo que o Luan se acalmasse e pegasse o carro para me levar até o hospital. 

 - Marizete você vai com ela, eu vou acordar o Lucas para buscar a bolsa do Henry e da Larissa. Qualquer coisa me liga, por favor. 

    Luan me colocou no carro com todo cuidado e seguimos para o hospital. Nos perdemos pelo o caminho, pois o meu namorado não sabia por onde ia, mas assim que ele lembrou do GPS, fomos "breve". Eu já não aguentava de tanta dor que estava sentindo, gritava muito dentro do carro, enquanto o Luan e a Marizte choravam o caminho todo. 

     Ao chegarmos no hospital me levaram para um leito, enquanto o Luan ligava para o meu médico na recepção, portanto dentro do quarto estava apenas eu, Marizete e uns aparelhos que estavam em minha barriga, dava para escutar o tempo todo o coração acelerado do Henry. Me aliviava, pois assim eu sabia que ele estava bem ainda dentro de mim. 

      Já estava bem preparada, foi tudo muito rápido o atendimento, quando me dei conta já estava com soro e a roupa para a cirurgia. Assim que me espremi de dor e iria gritar, o Luan aparece no quarto junto com o médico.

 - Esse está apressado para vim ao mundo

- Doutor, eu não aguento mais tanta dor. Faz alguma coisa. 

  Ele começava a me examinar, o Luan de tão nervoso estava calado apenas observando, segurando uma mão que eu sempre apertava quando vinha algums contração, e a outra livre para que ele limpasse os seus olhos, meu namorado chorava feito criança 

 - Porque antes do tempo ? - perguntou Marizete.

- A Larissa desde o começo sempre teve deslocamento, por isso que exigi repouso desde sempre. Se tivesse acontecido antes, ela perderia esse bebê, mas ele agora já está formado, quase entrando no oitavo mês, portanto ele vai nascer antes do tempo, mas vai nascer bem. Fica tranquila, já vamos te levar para a sala de cirurgia, faremos o parto normal. Preciso que colabore,Larissa. 

- Pode ser agora ? Não estou me aguentando de verdade. 

- Vamos ver se ele já está perto - o doutor pediu que eu ficasse tranquila, pois faria o toque, pediu licença ao Luan e assim que fez oo toque deu um sorrisi fazendo o Luan me olhar sério,entre a dor dei uma risada e segurei seu rosto para lhe dá um selinho. - Vamos para a sala de cirurgia. Já está perto ! 

    O Roberval chegou com a minha mãe e o meu irmão, eu já estava indo para a sala de cirurgia, mas o meu pedido era que eu fosse andando para que pudesse aliviar as contrações. Abracei o Luan e fomos em passos pequenos para a sala de cirurgia, enquanto isso o amigo inseparável do Luan, filmava e tirava foto de tudo.