Hoje estava indo contra minha vontade para Miami, viajava com o Dudu Borges onde íriamos buscar referências para um próximo trabalho. Pois é, esse nem tinha sido lançado direto e eu já estava buscando referência e inspiração para o próximo, é assim que se trabalha, não pode nunca parar de te ideias.
A minha vontade maior era ficar ao lado da Larissa esperando a hora do Henry sair do hospital, mas ele ainda demoraria um pouco. Mesmo assim, eu iria lhe visitar e ficar ao lado de sua mãe, mas o dever me chama.
- Quando você voltar o seu filho já vai está aqui - disse a Larissa, que estava no aeroporto junto com o meu pai, minha mãe e irmã. Sempre que eu viajava para longe ia a família se despedir. Não gostava muito de despedidas, mas a minha mãe insistia, não era bom contrariá-la.
- Eu queria estar aqui quando ele estivesse saindo do hospital.
- Amor, vai tranquilo por favor.
- Promete que vai me ligar todos os dias enquanto eu estiver por lá ?
- Lógico que eu vou te ligar, Luan. E eu vivo um segundo sem falar contigo ?
Segurei o seu rosto e lhe olhei nos olhos, aqueles olhos que me deixavam louco de paixão por aquela mulher. No começo eu era encantado por corpos, mas depois que conheci a Larissa, passei a me encantar por olhares, na verdade só o olhar dela que me encantava.
- Eu já disse que o seu olhar me deixa louco ? Existe tanta verdade.
- Eu pensei que eu te deixava louco por outra coisa - fez cara de malícia.
- Hmm... - selei seus lábios e lancei um olhar também com malícia, o que lhe fez dar gargalhadas. - Essa conversa está interessante.
- Eu prometo que quando eu ficar totalmente boa, eu vou recompensar você com um momento muito especial - beijou meu pescoço - Muito inesquecível - mordeu minha bochecha - Muito quente - passou a língua discretamente por meus lábios.
- (risos) Acho que você está subindo pela as paredes, amor.
- Eu não sei o que está dando em mim - disse rindo. - Mas eu quero ficar boa logo.
- Depois do que você acabou de me dizer, esto contando os dias e as horas para que fique boa logo - passei a minha mão por dentro do seu cabelo e demos um beijo tranquilo, mas que a deixou arrepiada e sem vontade alguma de parar. Me afastei do seus lábios quando ouvi chamar o meu voô. - Tenho que ir, amor.
- Vou sentir saudades !
- Eu também, minha princesa. Eu te amo muito viu ?
- Eu também te amo, tanto. Se cuida e me liga assim que chegar.
- Pode deixar - demos o último beijo e fui me despedir dos meus pais e minha irmã.
( SEI DIAS DEPOIS )
Que dia tão corrido e tão esperado, o Henry sairia do hospital antes mesmo do prazo que o médico tinha dado, o meu filho estava muito bem e não precisava mais ficar na incubadora e muito menos ali, longe de mim e do seu pai. O Luan ainda estava em Miami e me pediu que eu lhe mandasse muitas fotos da saída do Henry, mas eu preferi dar-lhe um susto.
Combinei com os meus sogros, minha cunhada e os meus pais, para caso o Luan ligasse para eles, falassem que o Henry ainda não tinha saído do hospital. Fui buscar o meu filho após deixar tudo pronto na casa dos meus pais, já que eu me recuperaria ali mesmo.
Marizete não gostou da ideia de ficar um pouco distante do neto, mas era preciso até eu me recuperar totalmente do pós parto. Quando estávamos na entrada do hospital, o Luan liga para o seu pai, já que eu não o atendi em nenhuma das vezes que me ligou.
- Oi filho, como está por aí ? ... Ué, o que aconteceu ? ... Nada, o Henry vai continuar ainda lá... Chega amanhã ? Que legal, cara. Talvez amanhã ele saía, vamos esperar...Não,ainda não tive notícia da Larissa, mais tarde vou deixar a sua mãe lá... Beleza ! Até mais filho, boa viagem.
Assim que o Amarildo desligou, ficamos imaginando a cara que o Luan tinha feito quando soube que o filho passaria mais um dia no hospital.
- Ele ficou triste mesmo, coitado.
- Amanhã ele vai ter um susto enorme - disse minha mãe.
- Gente, acho isso sacanagem, ele vai ficar todo preocupado - Michele que também estava indo conosco, deu a sua palavra. - Se eu fosse o Luan quando chegasse, colocava você de castigo, Larissa. Isso não se faz.
- Michele, para com o seu drama. Chegamos, você vai pegar o seu afilhado pela a primeira vez.
- Se me deixarem pegar, não é ? - disse saindo do carro. Quando a Michele esteve comigo no hospital, não deixaram que ela pegasse em meu filho, apenas passasse a mão em seu rosto, mas com uma luva e ele ainda se encontrava na incubadora.
A enfermeira Elisa que cuidou de mim e do Henry desde o começo, estava ali com os olhos marejados, me partiu o coração vê-la daquele jeito, viramos amigas e com certeza guardarei aquela grande mulher em meu coração, cuidou muito bem do meu filho enquanto estava no hospital.
- Antes de pegar o Henry, eu quero te agradecer muito por tudo o que você fez por mim e principalmente pelo o meu filho. Cuidou dele como se fosse seu,não o deixou abandonado.
- Já disse que não precisa agradecer, amo cuidar dos meus bebês.
Marizete e a minha mãe também agradeceram a Elisa e para ela, levamos um buquê de flores e uma cesta com algumas guloseimas. Elisa ficou ainda mais emocionada com tanto carinho. Depois de conversarmos bastante, ela nos levou até a sala a qual o Henry estava. E quando o vi, meus olhos encheram de lágrimas. Estava com uma roupinha que tínhamos deixado ali para aquele momento, estava dormindo, mas eu queria muito tirá-lo dali e ir para casa, com cuidado o coloquei em meus braços e pude ouvir ele resmungando.
- Ficou bravo porque tiraram você do bercinho ? - minha mãe brincava com o meu filho que estava de olhos fechados.
- Meninão ! Lembra muito o Luan - Amarildo falou e assim que o Henry ouviu a voz do avô deu um sorrisinho mesmo dormindo. - Ô, sorriu para mim.
- Reconheceu o vovô filho ? - foi só eu falar que também deu o seu sorrisinho.
- Ele está sonhando com os anjinhos - minha sogra disse.
Após nos despedir das pessoas que ficaram tão próxima de nós. Saímos felizes do hospital e fomos para o carro, a Michele uma madrinha muito babona, não largava do afilhado.
- Eu vou mimar tanto esse menino, ele vai andar tão chique nesse mundo.
- (risos) Amiga ! Não precisa de tanto.
- Claro que precisa, olha que moleque lindo, Larissa.
- É porque é igual ao pai - fiz bico.
- Não é tão parecido com o Luan, mas é lindo - minha amiga disse.
Ao chegar na casa dos meus pais fomos recebidos pelo o seu Paulo, o meu pai do coração, meu irmão e sua namorada, a minha cunhada e três primos meus que tinham acabado de chegar em São Paulo, eles moravam em Pernambuco e estavam por ali por causa de um evento que aconteceria na faculdade a qual estudavam, cumprimentei todos, mas a atenção foi toda voltada para o Henry que continuava nos braços da Michele.
Enquanto isso fui arrumar o bercinho do meu filho para que ele ficasse aconchegante e dormisse tranquilo. Antes mesmo de sair do quarto, a Arleyde, assessora do Luan, me mandou por whatsapp, uma matéria que dizia que eu já tinha saído do hospital, também tinha combinado com ela, para que fizéssemos uma surpresa ao Luan, mas depois daquela matéria com certeza a surpresa iria por água abaixo.
- Arleyde, faz alguma coisa. Não deixa o Luan ver - pedi por áudio, ela estava com o meu namorado em Miami. Apenas visualizou e não me respondeu nada, provavelmente estava ao lado dele.
Voltei para a sala e o Henry já estava nos braços do meu irmão.
- Já é a quinta pessoa que ele vai para o braço e não dá nenhum chorinho
- Esse aí quando estiver maior tem que ter o maior cuidado
- É verdade !
Após todos sentirem o cheiro de bebê, se acostumarem com a presença do Henry, o levei para o seu confortável berço, lhe coloquei ali que no começo chorou um pouco, mas assim que o balancei voltou a dormir tranquilo. Fiquei observando aquele presente de Deus e mesmo sem ter sido planejado, ele era tão amado e tão querido por nós, principalmente por mim e o seu pai, que com certeza ficaria louco assim que visse o filho em casa.
O luan vai ficar louco quando ver e poder pegar o henry ,continua logo
ResponderExcluirIndica pra gente as fic's que vc mais gosta de ler ..
ResponderExcluirContunuaa
Nuza