A minha clínica finalmente estava pronta. Era próximo a casa dos meus pais e só ficaria dificíl para ir até a clínica, quando eu estivesse morando com o Luan, em nosso apartamento, um pouco distante dali. Mas, por enquanto tudo estava indo bem. Começaria atender na semana seguinte e o que me deixou feliz, é que a minha agenda estava lotada.
A inauguração da clínica seria em uma quinta-feira, dia de uma premiação do Luan no Rio de Janeiro, me deixou bem triste pois ele não estaria ali para conhecer o ambiente que eu iria trabalhar e também comemorar aquele sonho realizado. Ao mesmo tempo ele também ficou triste por eu não ter ido em sua premiação.
- Eu te desejo sorte. Você vai ganhar esse prêmio - disse ao telefone, enquanto eu estava colocando o meu sapato.
- Obrigado, meu amor. Também te desejo sorte, você vai ser a melhor fonoaudióloga de São Paulo, do Brasil inteiro. Todo mundo vai querer ir em seu consultório.
- Deus te ouça, branquinho - sorri. - Infelizmente eu não vou poder estar aí, você não vai estar aqui - respirei fundo - É a nossa profissão, eu entendo !
- Mas amanhã eu estarei aí, te dando muitos beijos. Vamos comemorar, hein ?
- Claro que vamos ! Amor, eu vou ter que ir agora. Os meus pais já estão me chamando, o Henry não para de chorar e os meus seios estão pesando. É hora de enfrentar os fotógrafos, a imprensa e também de amamentar o nosso bebê. Boa sorte, meu anjo.
- Que mulher importante, rapaz. Vai lá ! Beijo no meu filho, beijo em você.
- Não sei como agir na frente das câmeras. Mas vou tentar fazer alguma coisa.
- (risos) Só relaxa, princesa. Vai dar tudo certo !
- Obrigada pelo o apoio. Eu te amo muito. Me liga assim que pegar o prêmio.
- (risos) Pode deixar ! Beijos, te amo.
Encerramos a nossa ligação. Sai do quarto apressada, a minha amiga Michele estava com o futuro afilhado em seus braços, mas ele continuava chorando, com certeza era fome. Minha mãe pegou a minha bolsa, o meu irmão pegou alguns papéis que eu precisava levar para aquele dia de inauguração, e seguimos para a clínica. Como não era muito longe, chegamos bem rápido, mas continuei dentro do carro pois amamentava o meu filho que estava faminto.
Ao sair do carro, vários fotógrafos estavam em cima de mim. O meu pai pegou o neto que começou a chorar assustado com tanto barulho. Enquanto isso, acenava para algumas pessoas da alta sociedade que estavam presente.
Entrei na clínica e a minha amiga Gabriela me recebeu com abraço e emocionada por temos conseguido realizar o que queríamos. Pousamos para as fotos, conversamos com alguns doutores que ali estavam. Logo após pousei junto com a minha família e amigos. Esperávamos o prefeito da cidade de São Paulo aparecer para enfim inaugurarmos a nossa clínica.
- Fico feliz por você ter conseguido realizar o seu sonho - dizia a Michele, arrumando o meu cabelo e olhando por cima dos meus ombro.
- Obrigada por ter vindo ! Um dia será você com sua empresa.
- Que os anjos digam, amém ! Mas olha... tem uma pessoa que você não vai se agradar muito de ver. Mas relaxa, finge que nada está acontecendo e não se altera. Até porque você vem sentindo essas dores de cabeça, ninguém sabe o que pode acontecer.
- Quem veio ? Não me diz que... - olhei para trás e a Carol estava entrando em minha clínica, com um vestido elegante, com um sorriso cínico no rosto. Respirei fundo, relaxei os ombros e fui sorridente até aquela pessoa que queria me destruir.
- Oi, Larissa. Que lindo isso aqui - fez gestos com as mãos.
- Oi, Carol - sorri entre dentes. - O que veio fazer aqui ? - falava baixo, já que estava alguns fotografos tirando algumas fotos de nós duas. Ela sorria para todos eles.
- Eu vim te aplaudir, isso era algo que você queria muito. Lembro quando conversávamos e você sonhava que queria isso aqui. Conseguiu, meus parabéns.
- Vocês me dão licença um pouquinho ? Vou conversar com a minha amiga - segurei em seu braço e a levei até uma sala da clínica. - O que você veio fazer aqui, sua maluca ?
- Nossa ! Mudou de humor tão rápido ?
- Para com sua ironia ou eu te quebro a cara, menina.
- Quem vai gostar de saber disso é a imprensa que está lá fora.
- Tenta estragar a minha inauguração. Você não sabe o que eu faço.
- Larissa ! Vamos ter uma conversa civilizada ? Para de ficar me tratando assim.
- Como você quer que eu te trate ? Você sempre deu em cima do meu noivo, desde o começo do nosso relacionamento. Não sei o que é isso... É inveja ? Ele não te quer, Carol. Coloca isso na sua cabecinha, o Luan não te quer. É difícil entender isso ?
- É difícil entender isso ! Eu amo o Luan também, Larissa.
- Ama desde de quando criatura ?
- Desde a primeira vez que eu fiquei com o Luan. Ele é tão bom, ele me tratou muito bem, com tanto carinho, com delicadeza. Isso fez com que eu me apaixonasse a cada dia.
- (risos) A cada dia ? Você ficou com o Luan apenas uma vez, como a cada dia se apaixonava por ele ? Só pode ser maluca.
- A cada dia eu me apaixonava por ele, eu lembrava de tudo o que ele me dizia, de tudo o que fazíamos. Não foi só uma vez, foram várias vezes e até quando vocês ficaram separados, a gente transava, se amava. E ele não pensava em você nenhum... segundo.
- Nada do que você diga vai fazer com que eu desista do meu casamento. O que o Luan fez no passado pra mim não interessa. O que me interessa é que vamos nos casar em breve e ele me ama, assim como eu o amo. Portanto, se você quer continuar nessa festa... fica a vontade, mas por favor, não se faça de minha amiga. Pois não somos mais amigas. Ficou claro pra você ?
- Tentei conversar ! - levantou as mãos para o alto.
- Conversar o que ? Só chegou aqui dizendo o que fazia com o meu noivo. Não me interessa o que você fez com o Luan, é passado.
A porta se abriu e era a Michele que ficou um pouco assustada ao me ver dentro daquela sala com a Carol. Fechou a porta atrás dela e ficou nos olhando.
- Algum problema aqui ? - perguntou Michele.
- Só conversamos ! Estamos vivas - sorri para a Michele e sai da sala.
Encontrei os meus pais ao sair da sala, eles estavam me procurando. O Henry chorava um pouco, portanto o peguei e caminhei pela a clínica com ele, até que parasse de chorar. Foi quando o prefeito da cidade chegou e um tumulto se formou.
A inauguração estava indo bem, todos sorrindo, tendo conversas e pousando para fotos, a Carol continuava na festa, sentada em um lugar bem distante de todos, quando viu os meus sogros e a minha cunhada. Se levantou imediato e foi cumprimentá-los. Estava observando tudo que ela fazia. Marizete se assustou por ter sido recebida por ela e não por mim, foi então que levantei com o Henry em meus braços e fui até eles.
- Que bom que vocês vieram - cumprimentei os meus sogros e a minha cunhada. - Pensei que não iriam vim. Daqui a pouco vamos cortar o lacinho da clínica e assim oficialmente estará inaugurado a mais nova clínica de fonoaudiologia e dermatologia da cidade.
- Vejo o quanto está feliz, Larissa. E eu fico feliz por você - segurava uma das minhas mãos. - Quero conhecer todo esse lugar aqui, hein ?
- Vou mostrar tudo para vocês. Fiquem a vontade !
- Parabéns, Lari - disse o Amarildo sorridente e me abraçando de lado. - E aí, campeão do vovô. Deixa eu pegar essa coisinha mais linda. Estava com saudades.
Henry não chorava quando estava nos braços dos avós. Fizemos uma tour pela a clínica, mostrei cada lugarzinho daquele sonho para eles e a Carol nos acompanhava.
- O que ela está fazendo aqui ? - perguntou a Bruna disfarçando.
- Veio contar o que fazia com o seu irmão no passado. Queria uma conversa... mas você acha que eu vou ter uma conversa com uma pessoa que fica contando o que o Luan fazia quando estava solteiro ?
- É difícil... Contou para o Luan ?
- Não ! E talvez nem conte. Falar nele, pensei que um de vocês iriam acompanhá-lo.
- O meu pai ia... mas o Luan pediu que ele ficasse e acompanhasse a gente na inauguração desse sonho aqui. Tudo está lindo, menina. Parabéns !
- Obrigada ! - apertei a sua mão.
- Muito bonito, Larissa. Meus parabéns ! - minha sogra dizia.
- Obrigada, Marizete.
Os meus pais se juntaram com os meus sogros e foram curtir a festa. O prefeito enfim decidiu que iria cortar o laço da clínica e oficializar aquele lugar, eu e Gabriela nos juntamos ao prefeito e fizemos aquilo. Nos emocionamos, pois realmente aquilo era algo que queríamos muito. Fomos aplaudidas, tiramos fotos, e quando íamos estourar um champanhe, alguns fotógrafos foram se aglomerando em cima de um carro preto que estava se aproximando. Já sabia que era ele e aquilo me deixou feliz, pois tinha feito de tudo para está naquele momento ao meu lado. Ele sempre fazia de tudo para está ao meu lado.
Posso dar na cara da carol :@
ResponderExcluirFicou tão lindo o blog estou perdidamente apaixonada ��
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