terça-feira, 29 de dezembro de 2015

UMA DECLARAÇÃO

No dia seguinte acordei com a Marizete me chamando para irmos fazer a última prova vestido de noiva e também ver os últimos ajustes do casamento. Tudo estava nas mãos da minha mãe e da minha sogra, confiávamos nas duas. Ao meu lado na cama estava o meu filho que ainda dormia e o Luan que também dormia.
Sai da cama e fui até o banheiro onde fiz minhas higiene e coloquei uma roupa leve. Estava me sentindo ótima, nada de dores de cabeça, nada de tontura ou outra coisa. Eu estava me sentindo uma verdadeira noiva. Antes de sair do quarto, escrevi um bilhete para o Luan e deixei em cima do seu celular, já que era a primeira coisa que ele pegava ao acordar. Arrumei a cama para o Henry não cai e fui tomar um café da manhã que a minha sogra tinha preparado para mim.

- Como passou a noite ? Conversaram ? - perguntou minha sogra.

- Passamos a noite muito bem, conversamos, nos entendemos.

- Brigaram ? - perguntou Bruna.

- O Luan disse ontem que não iria mais casar com a Larissa.

- Ué, ele ficou maluco ? Ele precisa ficar ao seu lado, você precisa dele. Esse meu irmão é maluquinho das ideias, não liga, Larissa.

- (risos) Foi coisa passageira da cabeça dele. Eu o entendo, também ficaria desesperada se fosse ao contrário. Mas agora vai rolar casamento, sim.

- E o tratamento ? - Bruna conversava comigo enquanto comia.

- Quero fazer depois do casamento. Assim que tiver a cerimônia, se na recepção eu ainda me sentir bem, eu fico, depois de tudo isso eu vou para o hospital e faço a cirurgia.

- Você vai ficar boa logo - Marizete segurou a minha mão.

- Eu sei que vou sim.



Tomamos o nosso café da manhã e logo após seguimos para o atelier. A Eduarda já nos esperava com o vestido todo preparado, eu só tinha que provar novamente, pois na última vez estava dançando em meu corpo.

- Vamos ver se fica apertadinho - disse a Eduarda.


Ao colocar já senti uma diferença enorme. Estava tudo lindo o vestido, do jeito que eu imaginei em meus sonhos. Fizemos os últimos ajustes e estava pronto para usar no grande dia. Mas ficaria ali, guardadinho até lá. O nosso casamento no civíl seria já na próxima semana e com tanta correria de trabalhos e cerimônica, acabamos esquecendo desse detalhe e eu estava sem um vestido descente para a comemoração.
Fomos em uma loja e minha cunhada e sogra me fez vestir inúmeros vestidos até eu decidir qual iria ficar, não demorou muito e eu já estava com os olhos brilhando ao ver um da cor branca. Passamos na loja do terno do Luan, mas não me deixaram ver o que ele iria vestir, eu apenas vi o terno do meu pequeno, que estava lindo e ele iria ficar perfeito.


Voltávamos para casa, quando Bruna me mostrou uma foto minha e do Henry que estava no instagram do Luan. Fiquei curiosa para ver o que ele tinha postado e logo puxei da mão da minha cunhada, o celular.




      Sinto-me muito feliz por ter encontrado você em minha vida, por termos nos apaixonado, pelo o nosso amor ser recíproco, por vivermos em paz, em harmonia, por sermos como somos e levarmos a vida que levamos. Se alguma coisa nos faltava, com a chegada do Henry já não falta mais nada. O nosso amor está se tornando ainda mais intenso e sólido, ficaremos eternamente unidos pelo amor ao nosso filho. A única coisa mais que posso dizer, é que sou o homem mais feliz do mundo e quero que a nossa família e o nosso amor cresça ainda mais. Se você sempre foi a mulher minha vida vida, agora também é a mãe do meu filho. E que venham outros. Eu te amo !! ♥♥♥♥♥
#minhaspaixões #meusamores 




- Aí gente, eu não aguento isso ! - disse com os meus olhos marejados.

- Lindo não é ? Meu irmão te ama muito.

- Isso é verdade, o Luan é louquinho por você.

- (risos) E eu sou louca por ele, quando eu chegar vou enchê-lo de beijos.

- Viu os comentários ?

- Vi, elas são fofas.



Chegamos no condomínio e vimos o Luan saindo de casa com o Henry nos braços, ele mostrava as árvores para o filho, que estava com um bonezinho azul. O Luan ao nos ver, mostrou para o Henry que bateu palmas todo alegre, o pai fazia a alegria junto com ele.

- Olha quem chegou filhão, a mamãe. ÊÊ !!

- Que menino tão lindo ! - beijei o seu rostinho e ele gargalhou. - Sabia que a mamãe ama essa gargalhada ? Eu morro com essa gargalhada.

- O que foi no seu nariz ? - Luan me perguntou, passei a mão no nariz e ele estava sangrando. - É da aneurisma ?

- Nã-não sei ...

- Larissa, seu nariz sagra - dizia a Marizete ao sair do carro após pegar as nossas sacolas. - O que houve ? Vem aqui - segurou a minha mão e me levou para a sala de sua casa.

- Não, eu vou sujar tudo isso. Vou ao banheiro !

Enquanto ia ao banheiro escutava o Luan preocupado da sala.

- Isso já está se agravando, mãe. Larissa quer me matar, ela quer me matar ...

- Calma, Luan. Não passa isso para o seu filho - Bruna dizia.


Lavei o meu rosto e o sangue sumiu. Voltei para a sala, Bruna brincava com o Henry em seu colo, Marizete ao lado do filho que o acalmava e eu sorrindo olhei para eles.

- Você fica sorrindo, Larissa ? Eu vou te matar ! - disse o Luan desesperado.

- (risos) Só foi um sangue normal. Calma, meu amorzinho. Eu já pedi calma.

- A cada dia eu tenho mais medo disso.

- Não fica com medo, seja forte.

- Se você...

- Shii !! - coloquei o meu dedo em seus lábios. - Não fala isso, não vai acontecer.

- Eu espero ! - selou os meus lábios e eu sorri.















(...)


Os dias se passavam lentamente, as dores de cabeça eram com mais frequência, cancelei todas as minhas consultas na clínica. Passei uma semana de horrores com os meus pais, só conseguia viver deitada, ao ficar em pé sempre caia com tonturas. As coisas iam se agravando e aquilo deixava ainda mais o meu coração apertado. Faltava apenas oito dias para o casamento cívil e pouco de um mês para o casamento religioso. Não queria que o meu sonho de ser esposa acabasse por causa da doença. Eu iria lutar e eu iria conseguir viver esses momentos que sonhei.

Marizete me contava ao me visitar que o Luan voltava para casa desesperado, logo após de me ver, dizia que chorava todas as noites quando estava em São Paulo e quando estava fazendo shows ligava para a mãe e desabafava. Já em minha presença ele se mostrava forte, fazia tantas outras coisas para mim, me divertia, assim como divertia o nosso filho, duas companhias que me deixava extremamente feliz, além dos meus pais que estavam o tempo todo comigo, mas que me privaram de ficar muito tempo com o Henry nos braços.

Minha alimentação estava ótima, não tinha deixado de comer apesar das dores fortes. Fiz alguns exames que o neurologista tinha passado, um pré-operatório. Não poderíamos esperar muito tempo, eu poderia ter alguma coisa a qualquer momento e morrer. Mas insisti para o médico de que eu iria casar, faltava poucos dias.


Tudo estava normal para as pessoas de fora. A mídia não sabia do meu tal problema, os fãs do Luan também não sabiam de nada e era melhor assim sem muito alarde pelo os cantos, queria tudo no silêncio, eu tinha certeza que eu iria vencer essa. A Michele me dava um força enorme, todos os dias estava em minha casa, contando tudo o que estava fazendo e até me ajudou a levantar a minha autoestima uma semana antes do casamento civil.


- Menina ! Você vai casar no civil semana que vem, então arruma essa peruca, começa a testas suas maquiagens, troca a lente de contato por favor e sorri, amiga.

- (risos) Irei sorrir mesmo na doença - disse olhando para mim em frente ao espelho. - Olha como eu estou, que olheiras enormes, que cabelo feio.

- Quer que eu ligue para aquele meu amigo cabeleireiro e venha aqui arrumar essa juba de leão ? Está precisando hein amiga ?

- (risos) Pode ser, Mi. Ele só não pode puxar muito, minha cabeça anda muito louca ultimamente.

- Ele vai cortar essas pontas, vai te deixar uma gata.

Sorri em frente ao espelho por toda aquela alegria da minha amiga, mas depois o sorriso sumiu e a minha expressão de alegria mudou para tristeza.

- Mi !!

- Oi, meu amor ?

- Será que eu vou sobreviver ?

- Claro que vai, você é forte. Guerreira !

- Estou com medo. Eu tenho meu filho, eu tenho o Luan, tudo o que eu sonhei pra minha vida eu venho conquistando. Eu vou casar, Michele. Você sempre me ouviu falar sobre casamento, como eu queria, com quem eu queria. Todos os meus planos. E essa doença veio para atrapalhar tudo - não consegui me conter e chorei.

- Calma, amiga - me abraçou de lado. - Não chora ! Essa doença  para saber se você é forte o bastante, e eu posso dizer que você vai vencer ela com um chute na bunda. Vai dar tudo certo, confia nisso. Estamos com você, torcendo. Não fica nervosa,não chora, por favor.

Abracei a minha amiga e chorei em seu ombro, pela a primeira vez aquela doença começou a me assustar, mas como ela disse eu iria vencê-la e daria tudo certo.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

DIGA SIM PRA MIM

Naquele instante parecia que um caminhão de pedras tinha caído sobre mim, o sorriso que tinha em meu rosto saiu de imediato. Fiquei olhando para o Luan, esperando que ele soltasse uma gargalhada e disse que era uma de suas brincadeiras, mas não aconteceu.

- O que é isso, Luan ? Para de brincadeira ! - repreendeu sua mãe.

- É isso que vocês ouviram. Eu não quero casar mais - me olhou e depois saiu da sala com a cabeça baixa, mas antes que ele sumisse, fiquei em pé com o nosso filho e o chamei. Ele continuou como estava, de costas para mim, enquanto eu tentava entender tudo aquilo.

- Diz pra mim que você está brincando, Luan ! - meus olhos marejaram e apertei o meu filho em mim. - Planejávamos tanto isso e agora você joga tudo para o alto, faltando apenas um mês para o nosso casamento, Luan ? Diz agora que você está brincando.

- Meu filho, de uma hora para outra você diz isso ? - perguntou Amarildo.

- Pai, isso é um sonho dela.

- Luan, você está se ouvindo ? - perguntei.

- Calma, Larissa. Pode dá uma daquelas dores de cabeça em você, me dá aqui o Henry. Conversem com calma, por favor. Luan, leva a Larissa para o quarto e conversem.

- Não, mãe ! Está decidido.

- Isso é porque eu quero me casar e depois fazer a cirurgia ? - me aproximei dele que estava na escada, mas o Luan não me respondeu. - FALA ! Não fica calado, quer acabar tudo aqui ? Então me diz um motivo. Você não vai dizer que não quer mais casar e pronto, você vai me dizer um motivo. AGORA !

- Você é cabeça dura, Larissa. Eu não quero está em uma cerimônia, todo feliz, esperando a minha noiva e aí ela não aparece porque foi teimosa, teve uma de suas crises de dor de cabeça e teve que ir para o hospital fazer uma cirurgia com urgência. Eu não vou casar com você.

- Tudo bem ! A gente não se casa e eu não faço a cirurgia. Amanhã eu cancelo tudo, é isso que você quer ? Vamos prosseguir com o seu pedido, noivo.

- Eu quero você bem, meu amor - segurou o meu rosto e uma lágrima escorreu de seus olhos. - Eu não quero te perder depois do casamento, eu não quero te perder durante o casamento, eu não quero te perder nunca. Me entende !

Os meus olhos não paravam de admirar aquele rosto, como ele era lindo, como me fazia bem, como eu o amava. Abracei forte o meu noivo enquanto ele chorava em meu ombro, fazia carinho em suas costas tentando lhe acalmar.

- Eu te entendo, amor. Mas olha pra mim - Luan enxugava as lágrimas e eu o ajudei, seu rosto estava vermelho e eu sentia o seu desespero. - Vamos ter um momento feliz, amor. Eu vou poder fazer essa cirurgia sem medo de nada. Confesso que tenho medo de morrer durante essa cirurgia.

- Você não vai morrer, Larissa. Não vai ! - ele alisava o meu cabelo.

- Talvez, não.

- Larissa, você aguenta ? - perguntou o meu sogro.

- Aguenta o que, pai  ?

- Casar, lua de mel...

- Eu talvez aguente casar, mas a lua de mel é bom fazer depois que eu fizer a cirurgia. A gente marca um tempo para ficarmos juntos.

- E aí , você topa ? - perguntei rindo. - Quer casar comigo ?

- (risos) Eu quero casar com você, meu amor. Aguenta mesmo não é ? Sem emoções !

- Eu só não vou aguentar se você fizer esse susto em mim de novo.

- (risos) Desculpa, meu amorzinho - selou meus lábios. - Vamos deitar !

- Vou pegar o Henry !

- Deixa que eu pego !

- Boa Noite ! - disse para os meus sogros. - A Bruna sumiu, onde ela foi ?

- Está no quarto. Ela disse que amanhã conversa com você.

- Tudo bem ! Vou dormir agora, boa noite vocês.


Fui para o quarto do Luan que não estava por lá, talvez tenha ido colocar o Henry em seu quartinho, já que ele tinha adormecido nos braços de sua avó. Fui até o closet do Luan e busquei uma camisola que tinha deixado por ali. Tomei um susto ao sentir as mãos do meu noivo por meus ombros.

- Cheirosa ! - disse ao beijar o meu pescoço. - Procurando o que ?

- Uma camisola que deixei aqui.

- Ah ! Eu guardei em outro lugar. Vai usar pra mim ?

- Pretendia usar ...  - sorri, arrumando o meu cabelo em um coque. - Quero tomar um banho, tirar essa maquiagem. Quero relaxar.

- Eu te faço relaxar - me abraçou forte por trás. - Te faço uma massagem, te dou beijos por todo o corpo. Hmm... O que acha ?

- Você toma um banho comigo também ?

- Tomo, sim ! Talvez eu comece a te relaxar na hora do banho, mesmo.

- (risos) Só pensa besteira, anjinho - apertei seu nariz.

Comecei a me despir em sua frente, olhando em seus olhos. Ele mordia os lábios e fazia caro de desejo. Começou a tirar sua camisa social e os seus sapatos.

- Vamos comemorar a inauguração da minha clínica e o seu prêmio.

- É o que eu mais quero ! - Luan tirou toda a sua roupa ficando apenas de cueca, e eu apenas de lingerie. - A mulher mais linda que eu já conheci em toda a minha vida.

- (risos) Na verdade você já conheceu várias mulheres lindas, mas... obrigada pelo o elogio. Podemos ir para o banho ?

- Claro ! Primeiro a dama - dizia o Luan próximo da porta, parecia um príncipe, mesmo estando quase sem roupa.

- Ligou a babá eletrônica ?

- Liguei sim !

- Então você pode entrar no banheiro - dei passagem para o Luan que entrou no banheiro e logo me segurou em seus braços. - Cuidado, seu maluco. A gente pode cair.

- Eu te seguro, meu amor.


Luan ligou o chuveiro que caiu de primeiro uma água fria, nos fazendo quase sair correndo do banheiro. Fiquei de costas para  o meu amado e senti suas mãos passearem pelo o meu corpo.

- Não acha melhor irmos para a banheira ? - me perguntou.

- Você enche ? - perguntei rindo. - Vamos, eu te ajudo !

Enquanto namorávamos a banheira enchia. Eu já estava com as pernas entrelaçadas na cintura do Luan, que me segurava com suas mãos gordinhas e me prensava na parede. Os nossos beijos eram rápidos, cheios de malícia, nossas línguas se encontravam e dançavam em um ritmo perfeito.

- Acho que banheira encheu - olhei para o lado e ela já estava quase transbordando.

- (risos) Vamos derrubar a metade dessa água - ele já ia entrando, mas o parei.

- Falta essas coisinhas aqui - peguei os produtos que eu sempre deixava ali, já que eu passava bastante tempo com o Luan quando ele estava em São Paulo.Coloquei tudo que espumou bastante e o banheiro incendiou com cheiro de flores. - Agora podemos entrar !


O Luan entrou primeiro e eu logo em seguida ficando entre suas pernas.

- Uma massagem para relaxar a minha neném !

- Não vamos passar muito tempo aqui... - disse. - Eu quero fazer amor com você.

- Nossa ! Você não é de pedir.

- Peço, sim. Quando estou com vontade eu não tenho vergonha de pedir.

- E as vezes que fizemos você nunca estava com vontade ?

- Estava ! Mas você partia para ação.

- Ah ! Me chamou de lento agora ?

- (risos) Um pouquinho, amor.

- Vai ver agora o que é lento.


Meu noivo agiu quando me prendeu perto do seu peito e desceu as suas mãos pelo o meu corpo até chegar em minha intimidade.

- (risos) Suas mãos não são lentas e eu adoro isso - fechei os meus olhos.

- Anda muito safadinha, Dona Larissa Alves.

- Só com você, amor - ainda de olhos fechados, coloquei as minhas mãos por cima das mãos do Luan, enquanto ele fazia movimentos rápidos em minha intimidade.

- Sempre será comigo - mordeu a minha orelha e eu gemi baixinho.

- Vamos para cama ?

- Vamos !



Nos divertíamos quando estávamos juntos. Saímos da banheira, nos secamos um pouco e fomos para a cama, do jeito que Deus tinha nos feito, já não tínhamos vergonha um do outro, tínhamos uma cumplicidade perfeita. Caí na cama, mas o Luan me puxou para ficar em seu colo. Iniciei um beijo lento, calmo, não tínhamos pressa, queríamos aproveitar cada momento daquilo, Luan parecia não ter pressa também, pois me beijava sem preocupação. Sua mão estava acarinhando as minhas costas, mas logo desceram para a minha bunda, onde apertou.


- Você é tão linda ... - me apertou em seus braços.

- Tão sua, também.

- Muito minha, eu sinto isso em cada momento nosso. Eu te amo - segurou firme em meus cabelos. - Te amo, muito - mordeu o meu pescoço e beijou todo meu colo.

Com todo um jeito um Luan me penetrou ali mesmo, naquela posição, um pouco desconfortável,mas ele logo foi me deitando e movimentando mais rápido, fechei os meus olhos sentindo o prazer que o meu noivo me dava, trocamos posições e experimentamos novas coisas. Eu era toda dele.
Não demorou muito para que os nosso gemidos se cruzasse e baixinho chegamos ao ápice juntos. Ainda bem que tínhamos conseguido, na verdade, que eu tinha conseguido, pois a minha dor de cabeça estava novamente ali para atrapalhar tudo, não comentei com o Luan. Tomamos um rápido banho, fui até uma bolsinha que deixava com remédios e tomei um dos que dava um alivio. Me joguei na cama, mas logo escutamos um chorinho vindo da babá eletrônica, o Henry com certeza estava com fome, os meus seios estavam bem doloridos e cheios de leite.

- Foi por isso que tava saindo aquele leite ? - perguntou o Luan rindo, saindo do quarto para buscar o nosso filho. E assim que voltou o respondi.

- Sim ! Foi por isso que saia aquilo - peguei o meu filho que estava enroladinho, do jeito que o pai sabia. - Todo empacotadinho, presentinho da mamãe - lhe dei o peito que abocanhou assim que sentiu. - Guloso também !

- Ele é lindo, não é amor ?

- É sim. Um anjinho de Deus.


Após amamentar o Henry, colocamos ele entre nós e adormecemos depois de observar e comentar cada traço do rosto do nosso filho.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

NÃO CASO COM VOCÊ

Os meus sogros ficaram surpresos por ele ter saido da premiação, pego o jatinho e aparecido ali. Ele fez o possível para estar comigo naquele momento, eu sabia. Wellington saiu primeiro do carro, afastando os fotografos que não se cansavam de tirar foto um segundo, não queriam perder nenhum movimento da pessoa que estava chegando.
Ele saiu do carro sorridente ao lado do amigo e secretário, Roberval. Os dois estavam elegantes, de terno preto e pode perceber uma mudança no cabelo do Luan, talvez ele tenha cortado para poder pegar o tal prêmio. Acenou para algumas pessoas e foi se aproximando cada vez mais. O meu sogro estava com o meu filho em seus braços, que ao ver o pai deu uma risadinha e colocou as mãos no rosto, como se estivesse escondendo-se, os dois sempre brincavam de esconde-esconde, por isso aquela reação.

- Oi - Luan disse abraçando os meus pais e os seus pais. Pegou o filho dos braços do seu pai e o beijou com força, fazendo-o chorar. - Emocionado ao me ver filho ?

- (risos) Você o machucou - selei os seus lábios. - Tá tudo bem, meu amor.

- Desculpa o papai, meu filhão - Luan olhou para mim e passou suas mãos em meu rosto. - E aí ? Tudo certo por aqui ?

- Acabamos de inaugurar. Mas a festa está rolando. Como foi lá ? - estávamos parando perto de tanta gente que queria se aproximar dele.

- Ganhei um prêmio, depois te mostro. Me mostra esse lugar, é lindo por fora.

- Por dentro é mais lindo ainda, vem... vou te mostrar.


Levei o Luan para dentro da clínica, ele cumprimentava cada pessoa que estava ali e que também o olhava. Parou algumas vezes para tirar foto, acabei pegando o Henry do seus braços, mas ele chorou e acabou voltando para os braços do pai.


- Essa é minha sala - mostrei a porta que tinha o meu nome.

- Hmmm.. Agora você tem uma sala - disse sorrindo.

- É... vou mostrar para você - abri a porta e lá estava a Carol, sentada em minha cadeira, sorridente, com uma taça na mão.

- Carol ? O que faz aqui ? - perguntou o Luan.

Por mais que eu quisesse tirá-la daquela sala pelo os cabelos, eu não poderia fazer aquilo. Até porque os fotografos nos seguiam, os meus pais e os meus sogros também. Portanto, apenas sorri para ela, tentando convencer as pessoas que éramos amigas. O Luan estrava a minha reação e tudo o que acontecia.

- Larissa, vem aqui rapidinho - disse a Michele - Oi, Luan ! Com licença.

Michele me tirou da sala e me levou até o banheiro, parecia desesperada.

- O que aconteceu, Michele ?

- A Carol vai fazer uma besteira na frente da imprensa.

- E você me tirou dali ? Eu posso impedir isso.

- Se você falar alguma coisa vai ser pior.

- O que ela vai fazer ?

- Vai dizer que dormiu com o Luan, que está grávida e que ele não quer assumir.

- É o quê ? - sorri sem acreditar - Espera, eu vou lá !

Sai do banheiro e entrei em minha sala, a Carol estava ao lado do Luan brincando com o meu filho, que tinha simpatizado com ela. Enquanto isso a Gabriela explicava as pessoas como seria o funcionamento de cada sala da clínica.

- Vem aqui, Larissa - chamou a Gabriela, fui até ela e sorri para todos. - Fizemos essa parceria, pois era um sonho muito antigo que tínhamos. Então uma ajudaria a outra a realizar tudo isso, e conseguimos. Estamos muito felizes, não é ?

- É ... - olhei para o Luan séria, ele percebeu o meu olhar e disfarçou ao sair do lado da Carol. - É... estamos muito felizes por essa realização. É um ambiente muito bom... e... é isso. Eu espero que vocês tenham... realmente gostado.

Todos estavam saindo da minha sala, quando a Carol levantou a mão e disse que queria falar algo importante. Aquilo fez meu coração tremer e a minha cabeça já dava sinal.

- Me escutem, por favor !

- Pode falar, Carol - pedia o meu pai.

- Eu vou matar essa menina - dizia entre dentes para a minha mãe. - Mãe, eu vou fazer uma besteira com ela, nunca mais ... - fechei os meus olhos quando a dor de cabeça apertou.

- Larissa ! - minha mãe me segurou e aquilo chamou a atenção de todos.

- Ah, Larissa. Logo agora que eu iria falar uma coisa bonita ? - dizia a Carol.

- Tira ela daqui... - coloquei as mãos em minha cabeça. - Por favor !

- Carol saia por favor ! - o meu pai pedia.

Ela pegou a sua bolsinha e saiu furiosa da clínica. Enquanto a minha mãe me colocava sentada em uma cadeira, continuava com dores forte.

- Leva ela em um hospital - dizia o Luan desesperado com o nosso filho em seus braços. - Não vamos esperar mais, Larissa.

- Não vão esperar o que, gente ? - perguntou a minha mãe.

- Não ! Eu não quero ir ao hospital, eu estou bem. Foi só uma dorzinha.

- Larissa, não discute. Você vai para o hospital sim - Luan falava firme.

- Tudo bem ! Eu vou para o hospital - falava irritada.

Me despedi dos convidados e entrei no carro do meu pai que estava me levando para o hospital. A minha sogra ficaria com o Henry, enquanto o Luan me acompanhava. No banco de trás estava apenas eu e o Luan.

- Caso aconteça algo você é o culpado por não ter casamento - sussurrei em seu ouvido. Luan me olhou sério, como se não tivesse acreditando que eu tinha falado aquilo.

- Não me faça começar uma briga com você aqui, Larissa - sussurrou de volta.

Chegamos no hospital, caminhamos até a recepção e por essa hora a minha cabeça já não dóia mais. Enquanto estava sentada a minha mãe conversou com a recepcionista sobre o meu caso, o Luan alisava a minha mão, mas logo puxei.

- Ficou chateada comigo porque eu estou preocupado com essa sua dor de cabeça ?

- Luan, se for alguma coisa eu posso ficar internada e assim perder o nosso casamento.

- Você sente que é algo grave, porque não trata isso logo ? Casamento a gente pode adiar, se casa depois. Qual é o melhor, você morrer e a gente não se casar ou você se tratar e a gente se casar ? Escolhe !

- Amor ! - peguei a sua mão e apertei. - Eu tenho medo do que possa acontecer...eu... eu realmente sinto que é algo grave. Mas eu queria muito  casar logo, Luan. É o meu sonho, se eu morrer durante esse tratamento como vai ser ?

- Para de pensar isso, Lari. Vamos fazer exames...

- Se esses exames derem alguma coisa, por favor não conta nada para os meus pais - o interrompi e olhei em seus olhos. - Promete que não vai contar ? - segurei o seu rosto, mas ele logo tirou as minhas mãos e olhou para outro lugar. - Você vai contar, não é ?

- Isso não é coisa que se esconda, Larissa. São os seus pais !

- Eu não quero que eles fiquem chorando, achando que pode acontecer coisa pior.

- Quem chorando ? - perguntou o meu pai me causando um susto.

- O Henry... é... eu... eu pensei no Henry... talvez ele esteja chorando.

- Nada ! Aquele ali gosta muito dos avós paternos.

- É... O Luan me disse aqui...

- Já vai ser atendida ?

- Acho que sim. Dona Laura já está vindo aí ! - disse o Luan.

- Vamos filha ? A moça vai nos levar até o médico.

Fiquei em pé, mas o Luan continuava sentado olhando para o nada.

- Você não vem, Luan ?

- Vai lá com ela, Luan - disse o meu pai. Ele se levantou e eu logo peguei em sua mão, beijei a testa do meu pai e fomos para a sala do médido que iria nos atender. Um clínico.


Estava com muito medo do que o médico poderia me falar. Eu sentia que não era nada bom, que os exames que eu fizesse iria acusar alguma coisa, essa dor de cabeça, não era nada normal. Entramos na sala do médico, que nos atendeu com muita simpatia.

- Olha quem está aqui... A nova fonaudiologa de São Paulo e o Luan Santana - ele apertou as nossas mãos. - Sou o Dr. Anderson. Prazer conhecer vocês.

- Prazer, doutor. Essa é a minha mãe, Laura.

- Prazer conhecer a senhora, sentem-se - fizemos o que ele pediu e ficaram olhando para mim, eu tinha que começar a falar, óbvio. - O que mandam ?

- É... eu... sinto... - tentava falar, mas não conseguia.

- Ela sente dores de cabeça com frequência, doutor. E são dores forte, ela não consegue ficar em pé por muito tempo que cai, ela segura a cabeça como se ela fosse sair do lugar a qualquer momento...

- Minha vista fica escura - interrompi engolindo a seco. - Eu fico muito tonta, ás vezes não dá vontade de comer. E isso vem incomodando muito.

O Dr. Anderson anotava tudo em um bloquinho. E quando percebeu que paramos, ele olhou para nós, principalmente para mim. Se levantou de sua cadeira, buscou uma laterninha e colocou a luz em meus olhos, fechei imediato ao sentir dores nos olhos.

- Isso é neurologico. Tem mais algum sintoma que você vem sentindo ?

- Muito sono e sinto uma dormência em meus braços.

- Teve convulsões ?

- Nenhuma !

- Larissa não é ?

- Sim !

- Como eu disse isso é com um neurocirugião, eu vou te encaminhar. Talvez... não é certeza o que eu estou falando. Mas talvez você esteja com um aneurisma cerebral.


Minha mãe tomou um choque, colocando a mão na boca, ficou nervosa, chorou ao ouvir o que o médico tinha dito. O Luan se levantou com ela e saíram da sala.

- Aneurisma, Doutor ? É sério, isso ?

- Não é certeza ! Vai ter que fazer os exames para saber se realmente você está com isso.  Mas fique tranquila, uma cirurgia resolve isso e você fica bem. Amanhã procure um amigo meu, que é neuro. Vou ligar para ele e dizer que você é minha amiga, para que ele agilize tudo isso.

- Tudo bem ! Só... mais uma perguinha.

- Fica a vontade !

- Eu me caso á um mês, eu não queria adiar o meu casamento. Se os exames confirmarem isso, posso fazer a tal cirurgia após o meu casamento ?

- É arriscado, Larissa. Isso não se pode esperar. Converse com o médico que irá ficar responsável por você. Aqui está o encaminhamento.

- Obrigada ! - fiquei em pé e o doutor também.

- Boa Sorte !

- Obrigada, vou precisar - sorri para ele e apertei sua mão.

Sai de sua sala e o Luan estava com a minha mão, que bebia água. Ele estava com olhos marejados, a minha mãe chorava ainda. Ele ao me ver, me abraçou forte e chorou em meu ombro.

- Calma, meu amor - passei a mão em suas costas. - Não vai acontecer nada.

- Eu te amo ! - selou os meus lábios várias vezes. - No começo eu pensei que você poderia está grávida de novo. Mas depois... com todas essas dores, desconfiei. Eu vou estar com você o tempo todo.

- Eu sei disso - o beijei. - Mãe ! - olhei para ela que bebia água. - Não fica assim, mãe. Vai dar tudo certo, você vai ver. Não precisa ficar preocupada.

- Ô minha filha ! - me abraçou forte. - Eu amo muito você, Larissa.

- Eu... também, mãe. Não fica assim.

Saímos do corredor e fomos até o meu pai. Ao contarmos ele ficou calado, parecia não acreditar. Mas dentro do carro expliquei o que o médico tinha me dito.

- Ele disse que pode não ser isso. Vamos ficar tranquilos e fazer os exames.

- Você vai operar ? - perguntou o meu pai.

- O mais breve possível - respondeu o Luan. - Faço o que for pra você se operar logo.

- Eu quero me operar após o casamento. É daqui há um mês, eu posso casar.

- Não ! Você vai operar, depois casa, Larissa - falou o meu pai.

- Eu disse isso... mas ela não me ouve.

- Pai, é a minha vontade. Eu quero casar com o Luan, e eu vou casar e depois fazer a cirurgia. Nem que eu faça isso assim que sair da igreja, mas eu preciso concluir cada etapa da minha vida.

- Essa é a sua etapa agora, Larissa - falou o Luan.

- Não vamos discutir, amor. Já está decidido.



Ninguém mais falou daquele assunto. Seguimos para a casa dos meus sogros onde estava o meu filho, resolvi dormir por lá. Queria ficar ao lado do meu filho e do meu noivo. Me despedi dos meus pais e fiquei na sala, amamentando o meu filho e conversando com o Luan, meus sogros e a minha cunhada. Quando o Luan ficou em pé, mordeu os lábios e falou algo que deixou o meu coração tristonho.

-  Eu não vou casar com você, Larissa.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

INAUGURAÇÃO DA CLÍNICA

A minha clínica finalmente estava pronta. Era próximo a casa dos meus pais e só ficaria dificíl para ir até a clínica, quando eu estivesse morando com o Luan, em nosso apartamento, um pouco distante dali. Mas, por enquanto tudo estava indo bem. Começaria atender na semana seguinte e o que me deixou feliz, é que a minha agenda estava lotada.
A inauguração da clínica seria em uma quinta-feira, dia de uma premiação do Luan no Rio de Janeiro, me deixou bem triste pois ele não estaria ali para conhecer o ambiente que eu iria trabalhar e também comemorar aquele sonho realizado.  Ao mesmo tempo ele também ficou triste por eu não ter ido em sua premiação.


- Eu te desejo sorte. Você vai ganhar esse prêmio - disse ao telefone, enquanto eu estava colocando o meu sapato.

- Obrigado, meu amor. Também te desejo sorte, você vai ser a melhor fonoaudióloga de São Paulo, do Brasil inteiro. Todo mundo vai querer ir em seu consultório.

- Deus te ouça, branquinho - sorri. - Infelizmente eu não vou poder estar aí, você não vai estar aqui - respirei fundo - É a nossa profissão, eu entendo !

- Mas amanhã eu estarei aí, te dando muitos beijos. Vamos comemorar, hein ?

- Claro que vamos ! Amor, eu vou ter que ir agora. Os meus pais já estão me chamando, o Henry não para de chorar e os meus seios estão pesando. É hora de enfrentar os fotógrafos, a imprensa e também de amamentar o nosso bebê. Boa sorte, meu anjo.

- Que mulher importante, rapaz. Vai lá ! Beijo no meu filho, beijo em você.

- Não sei como agir na frente das câmeras. Mas vou tentar fazer alguma coisa.

- (risos) Só relaxa, princesa. Vai dar tudo certo !

- Obrigada pelo o apoio. Eu te amo muito. Me liga assim que pegar o prêmio.

- (risos) Pode deixar ! Beijos, te amo.

Encerramos a nossa ligação. Sai do quarto apressada, a minha amiga Michele estava com o futuro afilhado em seus braços, mas ele continuava chorando, com certeza era fome. Minha mãe pegou a minha bolsa, o meu irmão pegou alguns papéis que eu precisava levar para aquele dia de inauguração, e seguimos para a clínica. Como não era muito longe, chegamos bem rápido, mas continuei dentro do carro pois amamentava o meu filho que estava faminto.
Ao sair do carro, vários fotógrafos estavam em cima de mim. O meu pai pegou o neto que começou a chorar assustado com tanto barulho. Enquanto isso, acenava para algumas pessoas da alta sociedade que estavam presente.
Entrei na clínica e a minha amiga Gabriela me recebeu com abraço e emocionada por temos conseguido realizar o que queríamos. Pousamos para as fotos, conversamos com alguns doutores que ali estavam. Logo após pousei junto com a minha família e amigos. Esperávamos o prefeito da cidade de São Paulo aparecer para enfim inaugurarmos a nossa clínica.


- Fico feliz por você ter conseguido realizar o seu sonho - dizia a Michele, arrumando o meu cabelo e olhando por cima dos meus ombro.

- Obrigada por ter vindo ! Um dia será você com sua empresa.

- Que os anjos digam, amém ! Mas olha... tem uma pessoa que você não vai se agradar muito de ver. Mas relaxa, finge que nada está acontecendo e não se altera. Até porque você vem sentindo essas dores de cabeça, ninguém sabe o que pode acontecer.

- Quem veio ? Não me diz que... - olhei para trás e a Carol estava entrando em minha clínica, com um vestido elegante, com um sorriso cínico no rosto. Respirei fundo, relaxei os ombros e fui sorridente até aquela pessoa que queria me destruir.

- Oi, Larissa. Que lindo isso aqui - fez gestos com as mãos.

- Oi, Carol - sorri entre dentes. - O que veio fazer aqui ? - falava baixo, já que estava alguns fotografos tirando algumas fotos de nós duas. Ela sorria para todos eles.

- Eu vim te aplaudir, isso era algo que você queria muito. Lembro quando conversávamos e você sonhava que queria isso aqui. Conseguiu, meus parabéns.

- Vocês me dão licença um pouquinho ? Vou conversar com a minha amiga - segurei em seu braço e a levei até uma sala da clínica. - O que você veio fazer aqui, sua maluca ?

- Nossa ! Mudou de humor tão rápido ?

- Para com sua ironia ou eu te quebro a cara, menina.

- Quem vai gostar de saber disso é a imprensa que está lá fora.

- Tenta estragar a minha inauguração. Você não sabe o que eu faço.

- Larissa ! Vamos ter uma conversa civilizada ? Para de ficar me tratando assim.

- Como você quer que eu te trate ? Você sempre deu em cima do meu noivo, desde o começo do nosso relacionamento. Não sei o que é isso... É inveja ? Ele não te quer, Carol. Coloca isso na sua cabecinha, o Luan não te quer. É difícil entender isso ?

- É difícil entender isso ! Eu amo o Luan também, Larissa.

- Ama desde de quando criatura ?

- Desde a primeira vez que eu fiquei com o Luan. Ele é tão bom, ele me tratou muito bem, com tanto carinho, com delicadeza. Isso fez com que eu me apaixonasse a cada dia.

- (risos) A cada dia ? Você ficou com o Luan apenas uma vez, como a cada dia se apaixonava por ele ? Só pode ser maluca.

- A cada dia eu me apaixonava por ele, eu lembrava de tudo o que ele me dizia, de tudo o que fazíamos. Não foi só uma vez, foram várias vezes e até quando vocês ficaram separados, a gente transava, se amava. E ele não pensava em você nenhum... segundo.

- Nada do que você diga vai fazer com que eu desista do meu casamento. O que o Luan fez no passado pra mim não interessa. O que me interessa é que vamos nos casar em breve e ele me ama, assim como eu o amo. Portanto, se você quer continuar nessa festa... fica a vontade, mas por favor, não se faça de minha amiga. Pois não somos mais amigas. Ficou claro pra você ?

- Tentei conversar ! - levantou as mãos para o alto.

- Conversar o que ? Só chegou aqui dizendo o que fazia com o meu noivo. Não me interessa o que você fez com o Luan, é passado.

A porta se abriu e era a Michele que ficou um pouco assustada ao me ver dentro daquela sala com a Carol. Fechou a porta atrás dela e ficou nos olhando.

- Algum problema aqui ? - perguntou Michele.

- Só conversamos ! Estamos vivas - sorri para a Michele e sai da sala.


Encontrei os meus pais ao sair da sala, eles estavam me procurando. O Henry chorava um pouco, portanto o peguei e caminhei pela a clínica com ele, até que parasse de chorar. Foi quando o prefeito da cidade chegou e um tumulto se formou.
A inauguração estava indo bem, todos sorrindo, tendo conversas e pousando para fotos, a Carol continuava na festa, sentada em um lugar bem distante de todos, quando viu os meus sogros e a minha cunhada. Se levantou imediato e foi cumprimentá-los. Estava observando tudo que ela fazia. Marizete se assustou por ter sido recebida por ela e não por mim, foi então que levantei com o Henry em meus braços e fui até eles.

- Que bom que vocês vieram - cumprimentei os meus sogros e a minha cunhada. - Pensei que não iriam vim. Daqui a pouco vamos cortar o lacinho da clínica e assim oficialmente estará inaugurado a mais nova clínica de fonoaudiologia e dermatologia da cidade.

- Vejo o quanto está feliz, Larissa. E eu fico feliz por você - segurava uma das minhas mãos. - Quero conhecer todo esse lugar aqui, hein ?

- Vou mostrar tudo para vocês. Fiquem a vontade !

- Parabéns, Lari - disse o Amarildo sorridente e me abraçando de lado. - E aí, campeão do vovô. Deixa eu pegar essa coisinha mais linda. Estava com saudades.

Henry não chorava quando estava nos braços dos avós. Fizemos uma tour pela a clínica, mostrei cada lugarzinho daquele sonho para eles e a Carol nos acompanhava.

- O que ela está fazendo aqui ? - perguntou a Bruna disfarçando.

- Veio contar o que fazia com o seu irmão no passado. Queria uma conversa... mas você acha que eu vou ter uma conversa com uma pessoa que fica contando o que o Luan fazia quando estava solteiro ?

- É difícil... Contou para o Luan ?

- Não ! E talvez nem conte. Falar nele, pensei que um de vocês iriam acompanhá-lo.

- O meu pai ia... mas o Luan pediu que ele ficasse e acompanhasse a gente na inauguração desse sonho aqui. Tudo está lindo, menina. Parabéns !

- Obrigada ! - apertei a sua mão.

- Muito bonito, Larissa. Meus parabéns ! - minha sogra dizia.

- Obrigada, Marizete.


Os meus pais se juntaram com os meus sogros e foram curtir a festa. O prefeito enfim decidiu que iria cortar o laço da clínica e oficializar aquele lugar, eu e Gabriela nos juntamos ao prefeito e fizemos aquilo. Nos emocionamos, pois realmente aquilo era algo que queríamos muito. Fomos aplaudidas, tiramos fotos, e quando íamos estourar um champanhe, alguns fotógrafos foram se aglomerando  em cima de um carro preto que estava se aproximando. Já sabia que era ele e aquilo me deixou feliz, pois tinha feito de tudo para está naquele momento ao meu lado. Ele sempre fazia de tudo para está ao meu lado.

sábado, 19 de dezembro de 2015

NÃO ESTÁ BEM

Os móveis que compramos já estava chegando no apartamento. O quarto do Henry já estava todo montado, todo decorado. Ele ficava encantado quando entrava em seu quarto, pois tinha nuvens no teto, alguns anjinhos. Queria que ele se sentisse em um céu.Mas enquanto não estava tudo pronto, evitava levar o Henry, devido a poeira e o sujo que estava ali, aquilo poderia prejudicá-lo.

Na clínica tudo estava indo bem, só estávamos montando o nosso escritório. Essa minha aproximação com a Gabriela, causou um certo ciúmes na minha melhor amiga, que agora agora estava atolada de coisas da faculdade, mas não deixávamos de nos falar, inclusive ela sabia de todos os meus problemas, principalmente das minhas dores de cabeça e mesmo contra sua vontade, guardava segredo. Fui na casa dos meus sogros ao saber que o Luan já tinha chegado de uma longa semana de shows.


- Vocês estão bem ? - perguntou a Marizete ao me atender em sua casa.
- Estamos sim. O Henry está ótimo - respondi sorridente.
- Falo de você e o Luan também. Como estão ? Semana passada quando estavam desembrulhando os presentes, ele chegou em casa irritado e ao mesmo tempo preocupado com você.
- Ah ! É que...Eu vou começar a trabalhar na clínica e não tinha conversado com ele sobre isso. Ficou chateado porque escondi, mas eu só queria fazer uma surpresa.
- Uma clínica ? Que legal ! E as viagens com o Luan ?
- Não vou poder viajar com o Luan. Vou ter meu trabalho em breve aqui, o que eu também tanto sonhei, tenho o meu filho que precisa muito de mim. Fica impossível de ficar viajando com tantas coisas que acontecem aqui.
- Entendo ! Deixa esse pequeno comigo. Vai no Luan, ele já deve ter acordado.
- Deixa eu levar o Henry, ele está com saudades do pai.
- Tudo bem ! Vou esperar a Bruna chegar, tenho que ir até o shopping comprar uma coisa diferente que o Luan pediu assim que chegou. E amanhã vamos ver como anda os preparativos do casamento, esqueceu ?
- Nossa ! Eu tinha esquecido, vou ter que provar o meu vestido amanhã e tantas coisas. Estou esquecendo o meu casamento - gargalhei.
- (risos) Fica tranquila, querida. Você está cheia de compromissos. Mas vai dar tudo certo. Não se preocupa com isso.
- Obrigada pela força, Marizete. A senhora é uma ótima sogra. Agora eu vou lá no meu noivinho, porque eu estou morrendo de saudades.



Peguei o Henry que estava no colo da minha sogra, fui até o quarto do Luan. Estava tudo escuro e ele dormia todo jogado na cama, apenas de cueca.
- Vamos acordar o papai, meu amor ? - liguei a luz do quarto e o Luan logo abriu um dos olhos, ao me ver cobriu o seu corpo. - Eu já vi esse corpinho, gatinho.
Ele deu uma risadinha e logo colocou o braço no roso por causa da claridade que o incomodava. Sentei na cama e coloquei o Henry de bruços na cama, mas começou a chorar e o Luan o pegou levantando alto e arrancando gargalhadas do filho, como sempre.


- Olha esse sorriso !! Eu te amo, meu filho - beijou o rostinho dele e o colocou de bruços em seu peito. Olhou para mim e segurou as minhas mãos. - E você como está ?
- Eu estou bem, atolada de coisas, mas estou bem. E você ?
- Estou melhor agora por ter vocês aqui - beijou a minha mão - E a clínica ?
- Estou terminando de arrumar. Quero você na inauguração, hein ?
- Vou fazer o possível para estar lá.
- Tudo bem ! Agora eu quero um beijinho do meu amor - me aproximei do meu amado e o beijei, estava cheia de saudades.
- Hmm... - parou o beijo - Hoje a noite temos que experimentar o cardápio do casamento.
- Que delícia ! Vou comer muito docinho.
- (risos) Só não fala depois que está gorda.
- Ultimamente venho comendo e perdendo peso facilmente, estou impressionada comigo - coloquei a mão na barriga e percebendo o quanto eu estava magra.
- Você está mais magra mesmo. Cuidado com isso. As dores de cabeça, passaram ?
- Passou sim - menti.
- Que bom ! Fiquei preocupado com você - beijou novamente a minha mão.
- Não precisa se preocupar. Estou ótima.


Deitei ao lado do Luan e ficamos brincando com o nosso filho, observava aqueles dois, sorrindo um para o outro e sentia uma felicidade imensa dentro de mim. A minha família estava ali do jeito que pedi á Deus, fui capaz de construir a minha família.
E em meios á tantos pensamentos, a minha cabeça latejou de forma bruta, a vista escureceu me assustando. Depois voltei a enxergar embaçado. Sentei de imediato na cama.


- Luan, minha cabeça - coloquei as mãos em minha cabeça.
- De novo, amor ? - perguntou assustada sentando na cama junto com o Henry em seus braços. - Calma ! Respira fundo.
- Eu não consigo respirar fundo, amor. Dói muito !
- Você vai ao médico, Larissa.
- Pega na minha bolsa um remédio. Sempre passa... PEGA !


Luan correu até a minha bolsa e pegou o tal remédio que pedi. Pegou a água que estava sempre ali ao lado de sua cama, caso ele precisasse, tomei e deitei na cama com os olhos fechados. Ainda dóia de forma assustadora.

- Passou ?
- Um pouco !
- Cara, o que é isso ? Você foi ao médico saber o que está acontecendo com você ?
- Fui ! E é apenas estressa, ansiedade. Tudo isso vai passar quando tudo estiver resolvido. Já está passando - respirava fundo.
- Dorme, Larissa. Dor de cabeça sempre passa quando a gente dorme.
- Vou tentar dormir !


E com o carinho do meu filho e do meu noivo, acabei adormecendo, acordando em cima da hora de provar o cardápio do nosso casamento. Acordei um pouco tonta e com pequenas dores na cabeça.

- Já se sente melhor ? - perguntou o Luan colocando sua camiseta, ele já estava arrumado, cheiroso e apenas me esperava. - Se não estiver se sentindo bem, eu ligo, cancelo, marco outro dia.
- Não, amor ! Eu vou sim. Já me sinto melhor.
Ele sentou-se na cama, arrumou o meu cabelo e me fez olhá-lo nos olhos.
- Faz outros exames, isso não está certo. Alguma coisa vêm acontecendo e não é bom. Essas dores não é legal. Estou assustado, preocupado com você.
Sorri, segurando a sua mão e beijando em seguida.
- Não se assusta, amor.
- Você rir ? Isso pode ser grave, Larissa.
- Pode ser que seja grave, mas eu não quero você assustado, preocupado. Vai dar tudo certo, pode ser tudo isso que a médica disse mesmo. Estresse, ansiedade. Acontece !
- Precisamos de outra viagem. Você precisa relaxar - beijou o meu pescoço.
- Precisamos ! - sorri, me encolhendo dos seus beijos. - Onde está meu bebê ?
- Com a minha mãe. Vamos ? Minha mãe fica com o Henry enquanto vamos experimentar as coisas gostosas que o buffet nos oferece.
- Vamos ! - selei os seus lábios e saímos do quarto.

Dentro do carro o Luan escutava o seu sertanejo, eu comia uma pipoca que tinha encontrado dentro do seu carro e curtia aquele momento de música e comida ao mesmo tempo. Pensei no que o Luan tinha me dito no quarto. Poderia ser algo bastante grave todas essas dores. Mas não queria adiar o meu casamento, caso eu estivesse com algo mesmo grave.

- Chegamos, amor ! - Luan me chamou a atenção. - No mundo da lua, muié ?
- (risos) Pensando !  - sai do carro.
- Em quê ? Posso saber ? - perguntou, segurando a minha mão.

Fomos recebidos por uma moça muito simpática chamada, Karine. Fizemos um tour pelo o lugar maravilhoso que tínhamos escolhido para a recepção dos nossos convidados. Na verdade, a cerimonia e a recepção seriam no mesmo lugar. Tinha a área que o Luan imaginou se casar, tudo verde, uma capelinha e tantas outras coisas que nos deixaram maravilhados. Seguimos para a parte ''BOA'', como dizia o Luan, a parte da comida. Nos deliciamos com tantas coisas que vimos ali.
Assinamos contrato após comer tanta coisa gostosa. E mais uma etapa da preparação do casamento concluía-se . Voltamos para casa e acabei adormecendo novamente no quarto do Luan, após amamentar e cuidar muito bem do meu filhote.

domingo, 6 de dezembro de 2015

PLANOS

O nosso passeio em família tinha chegado ao fim. Tínhamos nos divertido muito, apesar de tantas coisas que aconteceram durante essa viagem. Mas agora voltávamos para a nossa rotina, nossa realidade, o trabalho.

Ainda morava com os meus pais enquanto eu não decidia o que eu queria para o meu relacionamento. Na verdade, já tínhamos decidido, ou eu tinha decidido. O Luan sempre tentava me convencer de morarmos juntos antes de nos casarmos e essa viagem me fez tomar a decisão de que eu iria morar com o Luan, em um apartamento maravilhoso que ele tinha escolhido, ali em São Paulo, próximo de nossos pais. Mas eu só faria isso, porque os preparativos para o casamento já estava começando, eu tinha a certeza de que iria casar com ele e não apenas nos juntarmos.

Foram tantas decisões e novidades assim que chegamos em São Paulo. Uma amiga, Gabriela, uma Dermatologista, me convidou para fazermos a nossa clínica. Isso sempre foi o meu sonho, ter o meu cantinho para trabalhar estava em meus planos, até surgir o emprego maravilhoso ao lado do Luan. Eu, uma fã apaixonada pelo o ídolo e querendo ficar ao lado dele todo tempo, acabei aceitando e deixando alguns planos para trás.
Mas ao pisar em São Paulo e ter a ligação da Gabriela, decidi que iria concluir todos os meus planos pendentes. Os meus pais sempre me apoiaram e até iriam me ajudar para construir a minha clínica, mas agora eu tinha o Luan, mais uma cabeça para tentar convencer a fazer parte de tudo isso, eu queria ter o seu apoio.

- Quem ligou, amor ? - perguntou o Luan, arrumando a sua mala.
- Uma amiga querendo desabafar - menti
- A Michele ?
- Não ! - dobrei uma roupa e o entreguei para colocar em sua mala. - Falando na Michele. Ela anda sumida, não é ? Não nos falamos mais por telefone. Será que está com algum paquerinha e esqueceu da amiga ? - fiz um bico, fazendo o Luan rir. - Quando começamos a ficar eu não esqueci dela.
- Ela deve está atolada de coisas da faculdade. Você também ficou assim um dia, lembra ? Projetos, defensa de TCC, formatura, baile, roupa e tantas outras coisas que vocês mulheres se preocupam além das coisas que tem que se preocupar de verdade.
- Não entendi !

- (risos) Esquece, princesa - beijou o meu rosto. - Acho que eu estou esquecendo de alguma coisa. Estou esquecendo de algo ?
- Está esquecendo que falta apenas cinco minutos para o Wellington passar aqui e te arrancar dessa casa. Você está atrasado, Luan.
- Sério ? Cara, estou com a sensação de que estou esquecendo alguma coisa.
- Será que não é o meu beijo ? - me aproximei do meu amado e passei a mão em seu rosto. - Acho que é o meu beijo, mesmo.
- (risos) Deve ser mesmo ! - demos um beijo quente e sem intenção de parar por ali.

Fomos interrompidos por batidas na porta e mesmo sem querer nos afastar, tivemos que nos afastar ao escutar uma voz conhecida, a voz da nossa criança. Luan, com o maior sorriso abriu a porta e encontrou a sua mãe com o nosso filho em seus braços. Henry, batia palmas e tinha um sorrisinho banguelo no rosto.

- Ele não para de bater palmas depois que o Amarildo cantou ''Parabéns Pra Você''. E ainda tenta cantar a música. Vim mostrar para vocês.
- Meu Deus ! Meu filho, como você é precoce. Só tem três meses, apenas - disse o pai.

Ficamos babando em nosso filho, como sempre. Ele era lindo, sábio e nos fazia muito feliz. A nossa felicidade foi trazida por ele, com aqueles olhinhos apertado, aquele sorriso que encantava qualquer pessoa e a sua inocência.
Passamos alguns minutos brincando com o nosso filho. Quando o Wellington chegou em um carro preto, o motorista que iriam levá-los. O Luan não era o único atrasado.

- Se cuida, meu amor - selou os meus lábios. - Cuida do nosso filho, direitinho.
- Você também se cuida. Quando chegar na cidade lá, me liga.
- Tudo bem ! Te amo - me beijou mais uma vez e se despediu do filho e dos pais.





( QUATRO  SEMANAS DEPOIS )

      Estávamos no chão do nosso novo lar, desembrulhando alguns presentes que tínhamos ganho antes do casamento. Algumas pessoas que não iriam comparecer a cerimônia, nos mandou alguns recadinhos acompanhado de presentes úteis para nossa casa... nosso apartamento. Foi então que contei sobre a clínica que estava sendo construída há três semanas.

- Por qual motivo não me contou ? - perguntou parando de desembrulhar um dos presentes.
- Eu só queria te contar quando o projeto  já estivesse caminhando.
- Por que, Larissa ?
- Porque, eu sempre sonhei com isso, Luan. Era um dos meus objetivos que eu queria muito alcançar. E... coloquei em minha cabeça que se muitas pessoas ficassem sabendo, o projeto não iria dá certo.
- Eu sou seu noivo, Larissa. Tudo iria dá errado se me contasse ?
- Não é isso... Eu...
- Beleza ! Não precisa ficar tentando se explicar. Já entendi que não vamos ter conversas sobre os nossos trabalhos, na verdade, você não vai me contar sobre o seu trabalho, pois pode dá errado se me contar. Entendi ! - ele jogou o embrulho do presente ao seu lado e se levantou.

- Luan, não é isso. Eu vou contar sobre o meu trabalho. Mas esse eu queria fazer uma surpresa, mesmo.
- Larissa, já percebeu que eu não sei quais são os teus planos ?  Eu entendo que seja uma coisa pessoal, mas nós vamos nos casar, tudo precisa ser compartilhado. Eu não sabia desse seu desejo de ter uma clínica.
- Eu já tinha conversado com você sobre isso.
- Comigo ?
- Sim ! Sabia que não iria lembrar. Eu te falei no dia que transamos pela a primeira vez e você me perguntou sobre os meus planos, sobre os meus desejos, e eu te contei com maior prazer, com um sorriso no rosto por saber que você estava querendo conhecer um pouco mais de mim. Não lembra de nada do que eu falei naquele dia. Para mim foi especial, Luan. Mas pra você, não.

Tentei levantar mais não consegui. Uma tontura forte, que embaçou a minha vista, me fez sentar novamente e colocar as mãos na cabeça, como se fosse uma forma de fazer o ''mundo'' parar de rodar naquele momento.

- Não vem com esse papinho, não. Eu lembro ! Você não me contou nada sobre os seus planos, sobre os seus desejos. Me disse que eu iria descobrir com o tempo. O tempo está passando e eu ainda não sei muita coisa sobre você.
- E porque vai casar comigo ? O teu filho está te prendendo á mim ? Não se prende, não. Eu não quero que você se prenda á mim, por causa do nosso filho.
- EU VOU CASAR COM VOCÊ, PORQUE EU TE AMO. SE NÃO FOSSE ISSO, EU NÃO CASARIA, ÓBVIO. VOCÊ NÃO SABE O QUANTO ME IRRITA, QUANDO ME FAZ ESSA PERGUNTA. PORQUE VAI CASAR COMIGO ?
- Aí, para de gritar ! - coloquei a mão no ouvido, a minha cabeça doía bastante, os meus olhos também doíam. Me levantei novamente e consegui ficar em pé, mas com a mão na cabeça, pois a dor era terrível. - Eu entendi... Você não gostou do que eu falei, tudo bem. Agora me deixa em paz. Vai em casa, toma um banho, fica um pouco com o nosso filho. Me deixa aqui... com a minha dor de cabeça.
- Você está sentindo alguma coisa ?
- Não ... - coloquei a mão na boca e corri até o banheiro.
- Larissa ! Você está grávida ?
- Não ! Eu não estou grávida, inclusive eu estou na TPM. Faça o favor de sair daqui e me deixar sozinha. Eu preciso ficar sozinha, Luan.

Entreguei a chave do seu carro e a sua carteira, o levei até a porta do nosso apartamento, o expulsando de lá. Eu realmente queria ficar sozinha, a minha cabeça não estava nada bem, eu não estava nada bem. Mas eu só queria ficar sozinha.

- Você vai ficar bem, sozinha ?
- Eu vou... Qualquer coisa eu ligo. Não se preocupa.
- Tudo bem ! - beijou a minha testa e eu fechei a porta.

Essas dores de cabeça estava aparecendo com muita frequência, além de dores nos olhos, muita náusea e vômitos. Eu não estava grávida, pois assim que apareceu esses sintomas fui até a minha ginecologista e tudo estava normal, era apenas o estresse do dia-a-dia como ela mesmo tinha dito. A Michele sabendo de todas essas coisas que eu estava sentindo, não saia de cima de mim, estava sempre me ligando e me orientando á ir ao médico, nada era normal. Mas lhe acalmei quando a minha ginecologista disse que era apenas estresse, eu só teria que relaxar e viver bem

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

NINGUÉM VAI SEPARAR A GENTE

Amamantei o Henry e quando estava preparando o meu filho para ficar com a minha mãe. Ela bateu na porta do quarto, o Luan foi atender,  deixando-a entrar.
 
- Lendo meus pensamentos,Dona Laura ? - perguntei sorrindo enquanto arrumava o Henry em meus braços.
- O que aconteceu ? - olhou de mim para o Luan.
- Eu estava arrumando o Henry para deixá-lo com a senhora. Quero conversar um pouco com o Luan.
      Ainda olhando de mim para o Luan, ela sorriu e se aproximou para pegar o meu filho.

- Você tem sorte que o Henry é um pouco tranquilo. Assim que terminar sua conversa com o Luan, passa lá no quarto. Também quero conversar com você - o Henry foi para os braços da minha mãe, tranquilamente. Até sorriu para o pai, quando o Luan beijou a mãozinha dele.
     Levei a minha mãe e o meu filho até a porta do quarto, beijei o rostinho do meu filho e fechei a porta olhando diretamente para o Luan. Que estava tranquilo, sentou-se na cama e mexeu em seu celular, esperando que eu começasse a conversar, até porque para ele eu estava errada ou eu era mesmo a errada.

- Podemos conversar agora ?
- Claro ! - me olhou e logo em seguida largou o celular na cama. - Senta aqui !
     Andei em passos curtos e sentei em sua frente, ele que estava com as pernas abertas como se eu fosse ficar entre elas.
- O que manda ? - olhei para ele e senti que ele estava preparado com a nossa conversa, ele sabia o que iria me responder.
- Luan, eu não quero você perto da Carol. E não me venha dizer que ela não te fez nada. Você não vê que ela quer acabar com a nossa família, com o nosso relacionamento ? Isso não é nada pra você ?
- Vem aqui ! - me chamou com um sorriso de canto e um olhar safado.
- Luan, isso é uma conversa seria.
- Eu só quero que se aproxime !

    Me sentei no meio das pernas do Luan e olhei em seus olhos, que logo passou a mão em meu rosto e colocou os meus cabelos para trás.

- Não me enrola !
- Larissa, sua insegurança pode matar a nossa relação.
- E você... - ele colocou o dedo indicador nos meus lábios.
- Deixa eu falar !
- Desculpa !
- Então... Sua insegurança pode matar o nosso relacionamento e é isso que eu não quero. Larissa, eu quero viver contigo o resto da minha vida. E só uma pessoa pode nos separar, e eu garanto que Deus não quer nos ver separados novamente.
- E porque você fica de conversinha com ela ? Eu não gosto e me sinto mesmo insegura.
- Fui conversar com ela, pedindo que parasse de te provocar e de achar que um dia eu possa ter alguma coisa com ela. Você chegou fazendo o maior escândalo, sem saber o que estávamos conversando.
- Você dizia isso mesmo ?
- Dizia, meu amor. Larissa, eu sei que é difícil acreditar de novo, ter confiança, depois do que aconteceu, mas eu te peço. Confia em mim, acredita em mim, eu só quero te fazer feliz e quero ser feliz ao teu lado.

      Luan segurou minhas mãos e levou até a boca, onde deixou um beijo doce e delicado.

- Incrível !
- O que é incrível ? - perguntou ainda segurando minha mão.
- Você é incrível ! Me desculpa ser tão insegura e tão burra. Já deve ter aparecido notícias do meu barraco com a Carol. Eu serei a má pessoa e ela será a boazinha. - Pior que já saiu uma notinha sobre isso, inclusive... Foi a própria Carol que publicou e aí gerou outras notícias.
- Não acredito ! - ia me levantando para gritar a minha raiva ao ouvir aquilo, mas ele não deixou e segurou forte a minha mão.
- Para com isso, amor. A Carol quer ver destruição, quer te ver com raiva e te sujar com as minhas fãs. Você não vai mais falar com ela. Promete pra mim ? - ele segurou o meu rosto, esperando uma resposta minha - Promete, Larissa. Você não vai mais fazer isso. Não faz bem para o nosso filho e principalmente para nós dois, pensa nisso.
Respirei fundo e selei os lábios dele  em resposta da sua pergunta.
- Fica tranquilo !
- Eu te amo !
- Também te amo, meu amor. O que quer fazer agora ? - perguntou fazendo sua famosa cara de safado, o que me fez gargalhar.
- (risos) Essa cara linda, esse corpo lindo e gostoso. Essa boca rosada e pequena. Acho que quero bagunçar essa cama. O que acha ? - abri um sorriso.
- Acho perfeito. Acho uma reconciliação perfeita.

   Ele sorriu entre  o meu pescoço, me fazendo arrepiar com o seu ar quente. Passei as minhas mãos dentro do seu cabelo e o sentindo arrepiar também com o meu toque. Minha boca foi em sua orelha, mordi de leve e ele soltou um gemido seguido de uma risada.
      Em meio aos beijos e amassos, nos despimos e fizemos um amor gostoso. Sem ninguém nos interrompendo, sem brigas, sem cara feia. Apenas amor, simplesmente amor.