terça-feira, 1 de março de 2016

UMA NOVA HISTÓRIA

Com tanto tempo sem apimentar o meu relacionamento, sem nada de novo. Era óbvio que o casamento iria esfriar ou como dizem, cair na rotina. E foi isso que aconteceu. Porém, para não acabar o encanto do casamento, sugeri ao Luan que casássemos de novo, que tivéssemos uma outra cerimônia, uma recepção de verdade, acompanhado de uma lua de mel ( que não tivemos) sem nenhum problema para nos atrapalhar. Precisávamos esquentar um pouco mais a nossa relação. Tínhamos passado por tantas coisas, por tanto medo, que ficamos com receio de conversar sobre como andava o nosso relacionamento.

Mas ao comentar com o Luan o que eu queria, ele tomou aceitou prontamente. Assim como eu, o Luan também queria viver de novo aquela emoção, mas sem nenhum medo nos impedido de viver cada momento daquele ( que deveria ter sido ) grande dia.

E para começar apimentando, resolvi acompanhá-lo em um desses seus shows, dessas suas viagens pelo o país. Começando pelo o nordeste, o calor do nordeste, fazia muito tempo que não ia por aquela região e estava animada. Meu marido foi com sua equipe pela madrugada e eu pegaria o voo para Fortaleza pela tarde, iria acompanhada do meu filho e de uma babá que tínhamos contratado, a Monalisa, uma excelente profissional e muito amiga. Para que eu não me sentisse ''só'' durante aquela viagem, convidei a Michele que decidiu que iria no final de semana para uma cidade próxima dali, onde estaríamos, ela ficaria conosco até irmos para casa.

Antes de sair de casa eu tive que aparecer em minhas redes sociais, mostrar que eu estava realmente bem e agradecer por tanto carinho e energia positiva que tinham passado, durante todo aquele processo.




Seguimos rumo a Fortaleza, onde fomos recebidos com corações e muitos presentes. Fiquei impressionada com o carinho de todos que estavam ali me esperando, nem imaginava que os fãs do Luan sentiam tudo aquilo por mim, pela a família que construí com o ídolo delas. Mas fiquei feliz e retribui tudo o que elas me passavam.

- Cuida bem do Henry e do Luan, viu Lari ? - uma menina baixinha segurou em minha cintura e me olhava nos olhos.

- Vou cuidar muito bem deles. Só que vocês tem que cuidar muito bem do Luan pra mim, enquanto eu não estiver. Beleza ? - sorri para elas.

- Se ele deixar a gente cuida muito bem dele - elas tinham um tom de malícia, o que me fez rir e logo depois me despedi delas, estavam me esperando em frente ao aeroporto para levar até o hotel que o Luan estava.

- Obrigada por tudo, meninas. Agora eu vou indo, até mais tarde no show.

Todas elas bem comportadas e simpáticas, acenaram, me deram um último abraço e por fim me deixaram ir até o rapaz que estava com uma plaquinha, com o meu nome. Ele nos levou até um carro preto que nos esperava. O Henry, ficou um pouco chatinho por conta do calor que fazia, não queria ficar nos braços de ninguém, para ele não ficar emburradinho, tirei a sua roupinha e lhe deixei apenas de fralda com uma cuequinha por cima.

Ao chegar no hotel conversei com mais meninas que esperavam o Luan, conversei rápido com todas elas, pois o Henry não parava de chorar com tanta gente em cima dela e ainda com aquele calor que ele não era tão acostumado e fui para a recepção. Ali, no hall do hotel, encontrei o Wellington, que nos levou até o nosso quarto.

- Lívia, esse aqui é o seu quarto - disse Wellington, levando a Lívia para o quarto ao lado do meu, talvez poderia ser impressão minha, mas ele estava dando em cima dela.

- É ao lado do nosso, qualquer coisa que precisar é só chamar. E eu te passo o rápido - pisquei o olho para ela. - Cuidado !

Com o Henry em meus braços, entrei no quarto empurrando a minha mala, o Luan estava concentrado em seu celular e tomou um susto quando a mala caiu no chão.

- Que susto, caramba ! - saiu da cama e me ajudou com a mala. - E aí, papai ? Porque está quase nu, hein ? Quer seduzir as meninas que estão lá embaixo, é ? - beijou o rosto do filho, que naquele dia não estava com muito humor e colocou a mão no rosto do pai. - O que aconteceu com ele ?

- Está estressadinho por conta da viagem, o calor. O Henry chorou tanto - fechei a porta atrás de mim e fui até a cama o colocando ali.

- Vamos brincar, meu amor ?

Enquanto o Luan estava brincando com o Henry, tentando tirar um pouco o estresse do filho. Tirei algumas roupas da mala e também os meus remédios, fechei de imediato, não queria que a surpresa que preparei para o Luan, fosse revelada para ele.

- Amor, você sabe que a Michele vem ficar com a gente, não é ?

- Sei. O que vocês vão aprontar por aqui ?

- Vamos nos bronzear, tomar banho de mar, nos divertir muito - me joguei na cama e olhei para o teto. - Quer vim com a gente ? - o olhei.

- Acha mesmo que eu vou deixar minha mulher de biquíni por aí ? Claro que não, uai. Vou dá um jeito de ir me divertir com vocês - beijou minha testa.

- Eu estou magrinha, não é ? - fiz bico.

- (risos) Eu não entendo vocês mulheres. Reclamam quando estão cheinhas e reclamam quando estão magrinhas.

- Eu quero um corpo legal, mas eu estou muito magra. Tipo, parece que eu estou doente ainda, que não consigo me alimentar. Sei lá - tirei a blusa e o short. - O que acha ? - dei a famosa voltinha. - Estou ?

- Está muito gata com essa lingerie. Me aguarda, mais tarde. Trouxe a Monalisa ?

- (risos) Trouxe !


Fiquei de lingerie na cama com o Luan e o Henry, conversando sobre os desenhos que o nosso filho assistia concentrado, nem piscava os olhos e achávamos engraçado, como um desenho animado deixava uma criança tão impressionada ao ponto de não querer tirar os olhos da televisão. Coloquei a cabeça em sua perna, fechava os olhos com os carinhos que recebia do meu marido.

- Lu, sobre o nosso casamento... você acha legal fazermos de novo, mesmo ? - mudei de assunto, queria saber em que nível estávamos em nossa relação.

- Vamos fazer de novo. Eu me caso quantas vezes for preciso com você.

- Eu te amo muito, sabia ? - olhei para mim, encontrando o seu rosto que estava para mim de cabeça para baixo.

- Eu também meu amor - recebi um selinho - Minha vidinha - selinho - Quero viver contigo para sempre, até que a morte nos separe.

- E que a morte não nos separe. Nem depois da morte eu quero viver sem você - Luan sorriu e me deu um selinho demorado. - É meio meloso isso não é ? Mas eu gosto de expressar o que eu sinto por você, meu amorzinho.

- E eu gosto de ouvir isso, minha vidinha.


Olhamos para o lado e o Henry estava dormindo.

- Não era pra ter deixado ele dormir.

- Ué, porque ?

- Mais tarde ele não vai dormir, não vai deixar a Monalisa fazer nada e nem a gente, porque ele vai querer ficar com nós dois. Vamos acordá-lo ? - sentei na cama.

- Não, amor. Olha como ele está dormindo tão bonitinho, deixa o Henry dormir em paz. Vem aqui, vem - me puxou para que eu ficasse em seu colo.

- Seu filho está aqui do lado. Não vamos fazer nada. Não agora !

- Eu só quero te beijar - mordeu a minha orelha.

- Você quer me morder e não me beijar. Deixa eu arrumar ele aqui, não quero que o meu filho caia - arrumei o lado esquerdo do Henry, fazendo uma proteção para que ele não caísse.


- Agora vem aqui !


Luan me colocou em seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo. E nos beijamos como se estivéssemos com sede, nossas línguas se entrelaçaram deixando o beijo ainda mais quente. Suas mãos passavam por todo o meu corpo e quando parava apertava forte. Sua língua quente por algumas vezes parava em minha orelha  e me arrancava alguns gemidos. Senti o meu marido se animar, mas naquele momento não poderíamos fazer nada. Então encerrei o beijo e sai do seu colo.

- O que foi, amor ?  Vem aqui, Larissa - me pedia fazendo cara de bravo.

- (risos) Não, Luan. Vou jogar água em você, está pegando fogo.

- Lógico, fica assim na minha frente. Estamos há 6 meses sem fazer nada. Estou contando com sua recuperação, fora algumas semanas antes do casamento.

- Subindo pela as paredes.

- Estou mesmo ! - arqueou a sobrancelha e levantou-se da cama indo para o banheiro. -  E para de ficar olhando pra minha cueca.

- (risos) Ué, você é meu marido eu posso te olhar de cueca,sem cueca.

- Fica aí conversando. Vou tomar um banho e tentar te esquecer.

Fui até a porta do banheiro impedido que ele fechasse.

- Você não vai me esquecer nunca, meu amorzinho - selei seus lábios.

- É não vou mesmo. Vem aqui no banheiro, rapidinho. Por favor !

- Não, Lu. Vai tomar o seu banho - tirei suas mãos da minha cintura.

Ele fechou a porta um pouco irritado e eu fui para cama, onde acompanhei o meu filho em um sono, do jeito que estava mesmo, apaguei.

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