quinta-feira, 30 de julho de 2015

CONVERSA COM A SOGRA

Aquela conversa com o Luan não me levaria á lugar nenhum, decidi ir dormir, até porque o dia seguinte seria longo, eu teria que decidir qual casa ficaria, mas antes de decidir aquilo, teria uma conversa com a Marizete. Provavelmente ela tentaria me convencer de morar com o filho, e se o assunto realmente fosse aquele, eu diria tudo o que aconteceu e o porquê de nossa distância.

Minha sogra ou ex-sogra me ligou pela manhã, me acordou até, mas nem me importei, ela combinou que almoçássemos juntas no shopping e que iria me ajudar a fazer as compras do Henry.
- Então nos encontramos nesse restaurante que a senhora acabou de dizer.
- Te espero por lá, minha linda.
- Beijos, até mais tarde
Fiz minha higiene e fui para a sala onde encontrei a minha mãe lendo uma revista e tentando fazer roupinha de tricó, fiquei lhe observando de longe, até que ela tomou um susto.
- Nossa, minha filha. Fica aí parada, você branca desse jeito pensei que fosse uma alma. Não faz isso mais, Larissa - disse colocando a mão no coração.
- (risos) Ué, não fiz nada demais. Só estava observando a minha mãe querida, tentando fazer uma roupinha de tricô - fiquei atrás do sofá e abracei a minha mãe.
- Queria fazer uma roupinha para o Henry.
- Você quer ajuda ?
- Não minha filha, vai tomar o seu café da manhã. Tem que alimentar bem esse menino e também se cuidar para não ficar com anemia. A gravidez é o momento que a anemia ataca mais, vai comer - a minha mãe era tão cuidadosa comigo e com o Lucas, meus olhos enchiam de lágrimas toda as vezes que ela se preocupava comigo daquele jeito.
- Mãe ! - sentei ao seu lado.
- Pode falar...
- Quando o Henry nascer, eu quero ser igualzinha a você. Essa mãe maravilhosa que é para mim e para o Lucas. Tão cuidadosa, nos mima tanto, nos educa tanto. O meu filho vai ficar tão feliz de ter uma vovó assim.
- Para, filha - disse emocionada. - Você vai ser maravilhosa porque é maravilhosa, se tornou uma mulher incrível, independente, sempre com um sorriso no rosto, mesmo que dentro desse coração pudesse estar despedaçado, guerreira, menina forte. Eu tenho orgulho de ser sua mãe, meu amor.
E naquela altura do campeonato, como dizem. Eu e a minha mãe já estávamos chorando, abraçadas um a outra, meu pai que tinha esquecido algo em casa, até nos pegou naquele momento choradeira.
- Perdi alguma coisa ? - perguntou meu pai.
- Só estávamos nos declarando um para a outra.
- (risos) Não sei quem está mais emotiva, você ou sua mãe.
- As duas - respondemos juntas.
- Bom, deixa eu ir. Estou atrasada - ele beijou a testa das dois e seguiu para o seu trabalho. Ele também era outro que eu adorava muito, compreensivo e soube me educar bem, assim como o meu irmão. Adorávamos ele, tão trabalhador.
Enquanto tomava o meu café da manhã fiquei conversando com a minha mãe, até ela tocar no assunto do pai do meu filho, da nossa distância, eu iria ser logo direta, era a minha mãe e não tinha motivo algum de esconder o que aconteceu.
- Mãe, o Luan ficou com uma menina em um quarto de hotel. Por isso que estamos distante um do outro, eu dei um tempo em nosso relacionamento. Ele precisa pensar se realmente gosta de mim, pensar e sentir na verdade.
- E ele prometeu na frente do seu pai que nunca iria te decepcionar.
- Eu fiquei muito mal, muito mesmo. Mas parece que o meu filho toda vez que se mexia, ele pedia que eu não ficasse mal, que eu não chorasse, não ficasse triste.
- Você vai voltar com ele ?
- Mãe, eu o amo. Quero que esse tempo que eu dei passe logo, quero conversar com ele voltarmos a nos falar, quero viver com o Luan.
- Filha, eu quero muito a sua felicidade. Não quero te ver sofrer.
- Vamos ver o que esse tempo vai acontecer.


Como combinado encontrei a Marizete no restaurante o qual ela tinha dito, primeiro almoçamos e logo após começamos uma conversa.
- Eu queria entender o que está acontecendo com você e o Luan. Estão tão distantes, eu perguntei a ele, mas não quis me responder, disse que era só o tempo.
- Pois é, Marizete. Eu e o Luan estamos dando um tempo.
- Não querendo ser intrusa na relação de vocês, mas porque estão dando esse tempo ?
Respirei fundo  e pensei muito antes de contar o que aconteceu para a Marizete.
- A senhora promete que não vai brigar com o Luan ? Ele está com tantas coisas na cabeça, esse concert que ele vai fazer, o filho que vai nascer, a nossa relação.
- Depende ! Eu não admito que o Luan lhe trate mal, que tenha lhe feito mal. Conversava isso com o Luan desde que ficou adolescente e levou a primeira namoradinha em casa.
- (risos) Mas ele vai saber que foi eu quem disse a senhora - ela segurou a minha mão.
- Larissa, me conta por favor. Eu não vou chegar em casa brigando com o Luan.
- Ele levou uma mulher para o quarto de hotel e eles passaram a noite junto.
- O Luan fez isso ? - perguntou ela perplexa. - Não ! Menina, mas o Luan te ama.
- Talvez não, Dona Marizete. Se me amasse de verdade não faria isso.
- Larissa, você sabe como os homens são. Perdoa ele, eu sinto que o Luan realmente te ama, quer viver ao teu lado. O meu filho nunca chegou em mim para dizer que estava completamente apaixonado e que tinha achado a mulher da vida dele.
- É difícil demais perdoar isso. Se eu perdoar e voltarmos, será que não vai fazer a mesma coisa ? Eu o amo muito, muito mesmo. Mas eu preciso dá um castigo, eu disse para o Luan que só nos falaria quando o Henry nascesse.
- Mas é muito tempo, Larissa.
- Daqui há três meses, passa rapidinho.
- Vão ter que conversar, quero que voltem.
- O tempo é quem vai nos dizer, se temos que ficar juntos ou separados.
Após aquele almoço entre conversas, a Marizete me acompanhou em algumas lojas para comprarmos mais roupas e outras coisas que seria usado no Henry, até berço, guarda-roupa escolhemos ali. Encomendamos tudo e a Marizete insistiu e pediu que fosse levado para o seu endereço.

Um comentário:

  1. Maria tem que dar uns cascudos no Liam e tô começando a ficar com dle Keller

    ResponderExcluir