quinta-feira, 28 de maio de 2015

CAFÉ

No dia seguinte acordei com beijos em meu pescoço e aquela risadinha que eu conhecia muito bem. Fui abrindo os meus olhos ao sentir que os beijos estavam em minha barriga.
- Vamos acordar a mamãe - ele dizia baixinho, dei uma risada e ele olhou para mim. - Opa ! Ela já acordou, vamos dá bom dia para ela.
- Amor ! Assim você vai me fazer chorar.
- Acorda meu amor, vamos tomar café da manhã juntos ?
- Junto com os meus pais e o meu irmão ?
- (risos) Isso ! Faz tempo que não me reuno com eles.
- É verdade ! E o meu irmão tem uma coisa para te falar.
- O que ?
- Você vai saber - disse rindo e selando os seus lábios.
- Estou com fome - fez careta e beijou meu rosto.
- Vamos comer !
      Fiz minhas higienes assim como o Luan, e fomos para a cozinha, sentimos o cheirinho do café da minha mãe, e o Luan logo passou a mão na barriga. Na sala encontramos o meu pai e o meu irmão que estava concentrado em seu celular e já pronto para ir á escola, ele ainda fazia ensino médio, estava terminando na verdade.
- Bom dia ! - falou o Luan para os homens que estavam na sala.
- Opa, Luan. Bom dia !
- Lucas, você já pode falar com o seu cunhado, sobre aquele assunto.
- Que assunto ? - perguntou o Luan, sentando no sofá.
- É verdade, vou aproveitar com esse momento que a minha mãe está fazendo o café da manhã. Para falar para o meu cunhado - comecei a rir do jeito ''culto'' do meu irmão falando. - Cara, vou ser direto. Você poderia colocar o nome do meu sobrinho, de Lucas. Eu acho bem interessante esse nome, muito bonito por sinal, e ele tem que ser igual ao tio. Sabe né ?
- (risos) A gente nem sabe se é menino ou menina ainda, cara. Mas eu não pretendo colocar esse nome no meu filho não, caso seja menino. Esse menino é feio.
- Feio ? Vou te mostrar o feio depois.
- Lucas ! - falei assustada com os modos dele.
- Ô cara, assim não né ? - falou o meu pai.
- (risos) Relaxa gente, sei que ele está brincando.
- Crianças, o café está na mesa.
      Na cozinha tomamos o café da manhã, em meio a conversas. O meu pai e o Luan se davam muito bem, e eu agradecia por aquilo. Nunca tiveram briguinhas, desentendimentos. O meu pai dizia aquele velho ditado: briga de marido e mulher ninguém mete a colher.
    No caso ele quis dizer, que não se meteria na minha relação com o Luan, que eramos adulto e que sabíamos nos resolver caso acontecesse algo em nosso relacionamento.Mas ele sempre alertava o Luan, para que ele não me fizesse sofrer e só me fazer feliz. Aquilo foi dito em mesa também, mas em tom de brincadeira. Deixando o Luan um pouco envergonhado por falar de nossa relação.
- E o casório, cunhado ? - perguntou o Lucas.
- Lucas, vai para a escola. Já está na hora. - falei
- (risos) Cara, o casório sai quando o bebê nascer.
        Fiquei surpresa, o Luan ainda não tinha me falado aquele detalhe. Na verdade nunca falavamos de casamento, foi tudo tão rápido entre nós dois, que esquecemos esse importante detalhe da nossa relação. Obviamente, as pessoas falariam se não chegassemos a casar, achariam estranho. Mas concordei com o que o Luan falou em mesa, eu queria esperar o nosso filho nascer, para que assim pudessemos nos casar.
- O que você acha, sogrão ? - perguntou o Luan.
- Bom ! Quando a Laura ficou grávida da Larissa, nós fomos morar juntos. Aquele tempo era assim, engravidou, já teria que morar juntos, casar. Mas hoje em dia, não acontece mais isso, eu acho errado. Engravidar e não está juntos, as pessoas acham isso super normal, eu não. Mas vocês decidem o que fazer da relação, querem casar ? Casem ! Eu apoio totalmente o casamento de vocês. Não querem casar ? Tudo bem ! Não estão preparados para isso, mas saibam que o filho de vocês precisa da união dos dois.
       Todos na mesa ficam em silêncio e o meu pai deu uma risada.
- Luan ! Eu só quero que você faça a Larissa feliz, por favor. É só o que eu peço pra você. Não é porque é minha filha, mas ela merece toda a felicidade do mundo. Assim como o meu filho também, quero que ele forme uma família e seja um homem digno.
- Entendi, Paulo. Já dei a minha palavra uma vez. Eu vou fazer a sua filha feliz, muito feliz. Eu posso errar, pode acontecer altos e baixos, como em todo relacionamento, mas eu sempre vou tentar concertar os meus erros e dá o meu melhor para que a nossa relação seja saúdavel e que eu veja todos os dias um sorriso de felicidade e satisfação no rosto da sua filha.
- Conto com você - os dois apertaram as mãos. E eu já estava chorando ao lado do Luan, minha mãe também estava emocionada.
- Caramba ! Está de parabéns, pai - disse o Lucas aplaudindo o nosso pai. - Mas, eu preciso ir para a escola. Vamos ?
- Vamos lá, filho.
          Depois do nosso café da manhã, voltamos para o meu quarto, onde o Luan me deixou falando sozinha, enquanto estava no celular, rindo de algo.
- Estou falando com você, Rafael.
- (risos) Desculpa, amor. É os meninos aqui no grupo.
- Posso vê o que estão falando ?
- Nada demais - me mostrou, vi algumas coisas. - Estão zuando o coitado do Baron, vocês não prestam.
- (risos) É bom brincar de vez em quando.
     Beijei o rosto do Luan e mordi sua bochecha, ele me olhou um pouco sério e passou a mão no rosto. Eu sabia que ele não gostava quando eu fazia aquilo, mas gostava de ver a sua carinha de sério.
- Já falei, Larissa ! - ele disse emburrado.
- (risos) Você é muito manhoso, menino. Não doeu !
- Deixa eu fazer em você - me olhou levantando a sobrancelha.
- Depois dessa olhada sexy, todo sério. Eu deixo você fazer tudo.
        Sem falar nada o Luan me colocou em seu rosto e segurou o meu rosto, a mordida dele era violenta e doía muito, sempre colocava a mão no rosto para que ele não me mordesse.
- Uai, deixa eu fazer. É a minha vez agora.
- Você morde muito forte, amor.
- E você não morde ?
- (risos) Não, Luan !
         Ele conseguiu tirar a minha mão do meu rosto e selou os meus lábios, logo em seguida uma mordida forte, tive que puxar o cabelo dele para que parasse, ele iria me deixar sem lábios.
- LUAN !
- Não doí ?
- Eu não mordi na boca.
- Mas é pra você vê que doí.
- Não gostei !
- Ah Meu Deus ! Minha menininha, ficou bravinha - Luan me segurava em seu colo, como se eu fosse uma criança. - Ficou bravinha foi amor ? Amor do Luan !
        Tinha começado com suas graças, fazia voz de criança para mim.
- (risos) Que horrível você falando assim.
- Você fala assim comigo, vou falar assim com você também.
- Para de falar assim - selei os seus lábios, várias vezes.
Até virar um beijão, quente, com muita pegada. E ao terminar, ele me olhou sorrindo.
- Você me faz muito feliz - Luan falava olhando em meus olhos.
- Você também me faz muito feliz.




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