sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O QUE VOCÊ FEZ ?

Abri a porta do quarto do Luan e fiquei espiando ele cantar aquela música, creio que era composição própria, já que estava com caneta e caderno e anotando algumas notas.
- Se nada é eterno, promete ser meu nada,
Meu único refúgio a beira de uma estrada
Te coloquei nas virgulas de cada sonho meu
Eu quero ter você de janeiro a janeiro
Dos meus planos mais lindos, você é o primeiro
Te coloquei nas virgulas de cada sonho meu ...

Ele terminou de cantar aquela linda canção e pegou o seu celular, discando algo, até o meu celular começar a tocar escandalosamente, o fazendo assustar e olhar para a porta. Olhei o meu celular e era ele quem estava ligando, começamos a rir. Entrei em seu quarto e fechei a porta, indo até a sua cama, sentando ao seu lado.
- Meu amor ! - se aproximou de mim, me dando um selinho.
- Estava compondo ?
- Foi, cheguei com uma ideia de música e corri para o quarto.
- Sua mãe me disse, deixou tudo jogado lá embaixo.
- (risos) Eu ia esquecer se fizesse outra coisa.
- Entendo, como você está ? - perguntei dando beijos em seu rosto.
- Cansado e apaixonado - se jogou na cama e me puxou para que
eu deitasse ao seu lado.
- (risos) Imagino que esteja cansado, vai tomar um banho e dormir um pouquinho. Agora apaixonado, você poderia me dizer por quem ? - apoiei a minha cabeça, e fiquei de lado, olhando ele que fitava o teto.
- (risos) Por você, minha coisa linda - arrumou o meu cabelo que descia para o meu olho. Me aproximei de seu rosto e demos um beijão.
      Após o beijo o Luan beijou o meu pescoço e ficou um tempão sentindo o meu cheiro ali, enquanto a sua mão fazia uma massagem gostosa no meu cabelo.
- Que mulher cheirosa, tá louco - puxou um pouco o meu cabelo.
- (risos) Você está um barbudo cheiroso, meu amor - mordi sua bochecha. - Esse bigode já pode fazer assim.
     Enrolei um pouco as pontas do seu bigode, enquanto dava gargalhadas. Luan foi para a frente do espelho e riu do que eu tinha feito.
- Você gosta de me zoar não é ?
- Eu ? Nunca faço isso, agora você vive zoando comigo e com os outros. Agora vamos sair desse quarto, você precisa vê a sua sogra que está lá embaixo e morrendo de saudades de você. E também a sua mãe me mandou lhe chamar para jantar.
- Laura, aqui ? Milagre, não é ?
- (risos) Pois é ...
- Milagre você também por aqui, amor - me deu um abraçou apertado e me levantou para o alto, me fazendo dá leves tapinhas em seu ombro. - Vamos lá ! Dá um beijo na minha sogrona, que eu tanto amo...
- Você ama mesmo a sua sogra ou está brincando com a minha cara ? - cerrei os meus olhos para ele, que sorriu, e que sorriso lindo.
- Eu amo mesmo a minha sogra, ela nunca fez nada de ruim pra mim.
- É, ela não fez não e espero que continue assim, amando a sua sogra - bati em seu peito. - E vamos antes que sua mãe chegue aqui e te arraste pela a orelha para comer.
- Pior que ela faz isso mesmo.
       Saímos do seu quarto e fomos conversando até a escada, mas quando estava no último degrau, o Luan que estava atrás de mim, segurou o meu ombro:
- Eu quero saber o que a moça fez durante essas semanas de folga - apertou o meu nariz. - E vai me contar tudo, sempre que eu ligava dizia que estava ocupada.
- Mentira ! Eu conversei com você sempre, todos os dias quando você me ligava.
- Menos a noite, ás 23h por aí... Você me dizia está muito ocupada.
- Ah ! Estava com um carinha na minha casa, sabe ? Nos divertimos bastante.
- O QUE ? - minha mãe e a Marizete que estava na sala, olharam para a escada assustada pelo o grito do Luan. - Vocês ouviram isso ? Dona Laura, eu vou bater na sua filha.
- (risos) Mãe, não é verdade que o Wesley foi no
meu apartamento e ficou uns dias lá ? - abracei o Luan de lado.
- Larissa ! - minha mãe me repreendeu.
- Wesley ? O nome desse cara é Wesley ?
- Foi o primo dela, Luan. Nada demais, pode ficar tranquilo que esse primo não gosta da fruta que você gosta.
- Queria que eu tivesse ciúmes ? - me olhou.
- Só um pouquinho - ri.
- Vamos jantar ...
- Já comemos, Marizete - minha mãe disse. - Vem aqui, Larissa. Olha que fantasia linda que os pais do Luan vão usar.
- Não, não !  Vão pelo menos comer o doce que eu fiz. Vem ...
           Amarildo me cumprimentou, já que eu tinha ido até o quarto do Luan e não tinha falado com ele. Eu e a minha mãe ficamos ali na mesa junto a eles, que jantavam e conversavam. Logo após a janta, o Luan pedia desesperadamente que eu dormisse em sua casa, mas eu teria que voltar para a casa dos meus pais:
- Poxa, amor ! Eu passei esse tempo todo longe de você e agora que eu volto, que eu tenho a chance de dormir contigo, de ficar contigo, você não quer ficar.
- Luan, eu preciso passar esse tempo com o pessoal lá em casa.
- Foram três semanas de folga, Larissa. O que você fez que não ficou com a sua família ?
              Eu e o Luan estávamos  na área da piscina conversando, enquanto a minha mãe estava na sala com os pais do Luan e a Bruna. Eu não tinha contado para o Luan sobre as minhas aventuras, sobre as pessoas novas que conheci, então aquela era a hora de contar tudo o que eu fiz, nessas três semanas de folga.

3 comentários:

  1. O que sera que luan vai achar dessas aventuras, continua por favor����!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. .. Awm!!! Que coisa mais linda!! Amei demais, continua!

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