EM JURERÊ

Com ajuda da minha mãe já começava a arrumar minha mala, agora faltava só um dia para que eu fosse ao encontro do Luan. Apesar de está um pouco chateado com ele, outras fotos apareceram, com mulheres se oferecendo, mas fiz o que minha mãe pediu, que eu fingisse que não estivesse vendo e nem sabendo de nada. Michele apareceu na casa dos meus pais e me ajudou também com a mala.
- Faz o que tua mãe falou, Larissa. Porque se cada foto que aparecer do Luan e outras mulheres vocês brigarem, nunca vai dá certo esse relacionamento. Ele com certeza não ficou com ninguém, então coloca isso na sua cabeça, que o Luan gosta de você e que ele não vai te trair.
- É meio difícil quando o seu namorado é tão assediado por mulheres que só querem se aproveitar dele, que não gosta do trabalho dele, que com certeza fala mal dele. Você lembra de quando a gente viajava para vê-lo, o que escutamos de algumas mulheres como aquelas que estava na lancha com ele. Lembra não é ?
- Lembro ! Mas ele não escolheu nenhuma delas para ser a namorada dele, para assumir na mídia, aos fãs. Ele escolheu você, uma fã, simples, linda e que não tem interesse nenhum na grana que ele ganha, nem na fama dele.
- Uma fonoaudiologa, lembrando ... - ri.
- Isso também, mas ele te conhecia como fã e não como fono. Ele nem sabia o que você fazia da vida. Quando você chegar em Santa Catarina, quando você vê ele, não fala nada, trata ele bem, com amor, carinho. Leva até uma surpresinha pra ele.
- Surpresinha ?
- É uma surpresinha - disse maliciosa.
- (risos) Você é maluca.
                 Minha mãe apareceu no quarto e a Michele acabou falando para ela, sobre a tal surpresinha que eu poderia fazer ao Luan.
- Minha filha, você tem mesmo uma vida sexual ativa com o Luan ?
- Mãe, ele é meu namorado, acho que é normal.
- Você perdeu a virgindade com ele, Larissa ? - ela perguntou com a mão na boca, nem respondi e ela já estava surpresa.
- Não !
- Como não ?
- Teve o meu primeiro namoradinho.
- Meu Deus ! E quando o Luan soube ?
- Não disse nada. Tinha que dizer ? Ele também não era virgem - falei rindo.
- Só que para homem é normal não é ?
- Que pensamento machista, Dona Laura. A senhora acha que nos tempo de hoje, o povo só prática o sexo depois do casamento ? E principalmente as mulheres ?  - Michele falou, arrancando sorrisos da minha mãe e meu também.
- Se previna, minha filha. É só isso que eu tenho que te dizer. Vocês são jovens, um filho agora não. Apesar que eu queria um netinho.
- Agora não, mãe. Só estamos namorando, calma.
- A senhora poderia dá uma dica de surpresa para ela fazer ao namorado não é ?
             Minha mãe me olhou e segurou a minha mão.
- Vamos ao shopping ? Eu e a Michele iremos te ajudar a escolher uma lingerie muito bonita para usar.
- Vamos agora ? Eu tenho que ir na faculdade, Dona Laura - Michele se levantou.
- Você veio de quê ?
- Taxi
- Te deixamos na faculdade e vamos ao shopping - disse.
            E assim fizemos, deixamos a Michele na faculdade e partimos para o shopping. Fiquei constrangida de escolher lingerie ousadas na frente da minha mãe. Ela sabia o que iria acontecer. O meu celular tocou quando eu estava no provador, colocava uma camisola preta que eu tinha adorado. O Luan quem ligava, naquele instante resolvi não atender. Ele perguntaria onde eu estava e eu não iria conseguir mentir.


(...)

Já estava no avião indo para Santa Catarina, o Luan estava revoltado comigo pois eu não atendi os seus telefonemas da noite anterior. Mandei um aúdio no whatsapp, dizendo que já estava indo ao seu encontro, e ele me respondeu com um joinha.
          Cheguei no hotel tinha algumas meninas que estavam esperando o Luan e conversavam com a banda que estava no mesmo hotel. Wellington já me esperava para me levar até  o quarto do Luan. Fomos conversando até lá.
             Wellington segurava a minha mala e eu batia na porta do quarto do Luan, que abriu com a cara amassada e fez um ''xiado'' que me fez rir.
- Obrigada, Wellington - peguei a mala.
- Por nada ! - fechei a porta assim que ele foi embora.
- Virou panela de pressão agora, meu amor ? - perguntei rindo.
- Vou  falar nada pra você, Larissa. Eu estou puto com você, puto...
        Se jogou na cama ficando de bruços.
- Ô meu amor, porquê ? - sentei ao seu lado e lhe enchi de beijos.
- Porque não atendeu meus telefonemas ?
- Eu andava muito ocupada.
- Andava muito ocupada, Larissa ? Com o quê ? - se virou e me olhou sério.
- Ah, andava fazendo umas coisas interessantes, já que você fazia isso por aqui.
- O que eu fazia por aqui ?
- Eu não sei, quer me dizer ?
- (risos) Aíaí, Larissa.
- Aíaí, Larissa ? Aprontou, Luan Rafael ?
- Me dá um beijo - pediu rindo.
- Você aprontou, amor ?
- (risos) Não, amor. Eu não aprontei, fui naquele dia na balada que o Fernando e Sorocaba tocou, cantei com eles. Depois fomos em um restaurante, só isso. Juro !
- Tudo bem ! Eu tenho uma surpresa pra você.
- É surpresa ? O que ? - me deu um beijo no canto da boca
e depois mordeu meus lábios.
- Só depois do show.
- Depois do show ?
- É, sim.
- Não pode ser antes ?
- Você vai cansar e não pode fazer o show cansado.
- Ah ! Já entendi - falou rindo. - Eu prefiro antes do show, sabia ?
- Você prefere em qualquer  horário, seu safado.
- Vou tomar um banho e a gente aproveita melhor.
- Tudo bem - sorri.
- Não quer vim ?
- Não, já tomei banho. Vou só trocar de roupa.
- Beleza !
        Enquanto o Luan tomava banho, eu trocava de roupa, colocando um vestido que tinha comprado no shopping, um começo do que seria a surpresa antes do show ou depois, caso a saudade falasse mais alto entre nós.