quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

JANTA NA CASA DELE

Acabei adormecendo em seu peito quando ele começou a fazer carinho em minhas costas. Aquele lugar era a minha morada preferida, os braços do meu amado, o melhor travesseiro era o seu peito, assim eu poderia ouvir o compasso do seu coração. Ele também dormiu ao meu lado, e me apertava em seus braços como se eu fosse o seu ursinho de pelúcia.
               Acordamos juntos quando ouvimos o latido do Puff e vozes, provavelmente os pais do Luan tinha chegado. Sentei na cama e ri ao ver o Luan de bruços e largado. Ouvi batidas na porta do quarto do Luan e logo em seguida uma voz feminina, talvez a Marizete:
- Luan ? - bateu mais duas vezes. Procurei a minha roupa e me vesti, e balancei o Luan por algumas vezes, ele estava com um edredom enrolado em sua cintura. - Lu, acorda !
- O que foi ? - perguntou sonolento.
- Sua mãe está aí na porta, batendo algumas vezes.
       Em silêncio o Luan se virou e olhou para o teto, enquanto eu me vestia.
- Vamos moçinho, acorda, se veste.
- Que preguiça, cara.
         De tanto atormentar o Luan para sair da cama, ele foi direto para o banheiro e passou alguns minutos saiu de toalha enrolada na cintura, com o cabelo molhado.
-  Você vai me deixar em casa ?
- Janta aqui com a gente.
- Eu não quero incomodar.
- Vai incomodar com o que ?
- E Luan vou ficar morta de vergonha na frente dos seus pais.
- Vergonha, Lari ? - entrou em seu closet, procurando uma roupa.
- Você sabe...
- Besteira, depois do jantar eu te levo.
           Luan se arrumou e saímos do seu quarto, encontrando o cachorrinho ''simpático'' no corredor que começou a latir:
- (risos) Fica quietinha, ele vai só sentir o seu cheiro.
- E se ele me morder ? - segurei firme o braço do Luan enquanto ele ria. O Puff passou por mim cheirou os meus pés, Luan segurou a minha mão e saímos andando enquanto o cachorrinho me seguia.
- Viu ? Ele não morde. Vem Puff !
- Luan - a mãe dele apareceu nas escadas.
- Oi mãe. Trouxe o que pra mim ? -  ele não soltava a minha mão.
- Oi Larissa, como vai ? - veio até mim quando parei no último degrau.
- Estou bem e a senhora ? - lhe dei um abraço apertado, após soltar a mão do Luan.
- Estou bem graças a Deus. Estavam dormindo ?
- Foi, assistimos um filme aqui na sala com a Bruna e depois
fomos para o quarto, acabamos dormindo.
- Então acordei vocês ?
- Não, já estávamos acordando.
- Ah ! Vão sair ou ficam para o jantar ? Trouxe comida japonesa, e o Luan já deve está atacando, sumiu que nem vimos - olhei para os lados e realmente o Luan tinha sumido, segui a Marizete até a cozinha e encontramos o Amarildo com o Luan, eles já comiam.
- Larissa ! O Luan nem me avisou que você estava aqui.
- Luan, isso são modos ? Primeiro você some e depois não fala para o seu pai que a moça estava aqui ? Amarildo, ela vai jantar com a gente.
- Fique a vontade, Larissa - disse o Amarildo se levantando e me cumprimentando com um abraço. O Luan me olhou e sorriu.
- Desculpa ! Estava faminto, senta aqui, amor - sentei ao seu lado e ele já foi colocando a comida em minha boca.
- Posso fazer uma pergunta aos dois ? - perguntou o Amarildo, fazendo o Luan lhe olhar assustado. Talvez ele soubesse o que o seu pai queria nos perguntar.

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