domingo, 31 de agosto de 2014

FOTO DO CAMARIM



 Já estávamos no local do show, a Michele dentro do camarim do Luan observava tudo o que estava em uma penteadeira, o tapete que tinha o seu nome, o banner:
- É tudo tão... lindo  - ela dizia passando a mão no banner, e depois abaixando e passando a mão no tapete, eu estava sentada na cadeira que o Luan usaria e ria do desespero da minha amiga.
- Você vai ficar maluquinha.
- Isso aqui é muito lindo, surreal.
- É verdade ! Você viu essa foto do Luan ? - me levantei indo até um banner enorme com uma foto do Luan. - Ele de barbinha, ficou legal né ?
- Lindo, lindo. Você poderia ficar com ele ou eu, quem sabe né ?
- (risos) Maluca ! Que ficar com ele ? Ele é meu patrão, Michele. Sua louca.
- Um patrão desse. Senhor ! Preciso de um desse pra minha vida, eu pegaria fácil.
- Você anda muito taradinha, viu ? Cuidado, jovem.
Ângelo entrou no camarim e viu a Michele.
- Eu lembro de você - ele disse para ela segurando a sua mão.
Ficamos conversando  até o Cláudio entrar no camarim avisando que o Luan já tinha chegado, ele se despediu de mim e de Michele e foi para o seu trabalho. Michele ao ouvir aquilo sentou-se no sofá e parecia uma estátua, Roberval entrou no camarim com algumas malas:
- Oi  Larissinha - ele beijou meu rosto. - Oi linda, tudo bem ?
- Olá, Rober.
- Vou te ajudar com as malas - disse.
- Não ! Luan já vai entrar aqui e você já começa com o seu procedimento - Roberval disse rindo.
- Então eu te ajudo, Rober.
- Não precisa linda, sério mesmo. Mas me ajudem a colocar os produtos do Luan em cima da penteadeira dele, por favor - ele saiu do camarim, enquanto eu e a Michele arrumava tudo em cima da penteadeira. Abriram a porta mais uma vez e eu pude ouvir os gritos e ele entrar todo sorridente. Se jogou no sofá e ficou me olhando arrumar as coisas, apenas sorri pra ele:
- Luan, essa daqui é a Michele a minha amigona.
- Ô Michele, como vai menina ? - ele se levantou indo até ela cumprimentá-la com um beijo, Michele me olhou parecia que ia ter um infarto a qualquer momento.
- Estou bem, Luan.
- Mais tarde vamos todos pra minha chácara, beleza ?
- Tudo bem.
- Ah ! Luan, muito obrigada pelo o convite – disse para o Luan.
- Não precisa agradecer, quero todos da minha equipe lá.
Já estava tudo pronto no camarim, e o Luan sentou-se em sua cadeira giratória, começou a arrumar o seu cabelo do seu jeito, bem concentrado. Já a Michele ficava quietinha no sofá, observando cada movimento dele, assim como eu também, estávamos hipnotizadas:
- Ele é tão lindo – ela sussurrou.
- E gostoso ... lindo e gostoso.
- Oi ? Quem é gostoso ? – perguntou o Roberval entrando no camarim.
- Gostoso ? – Luan nos olhou.
- É ouvi você falando alguma coisa gostoso.
- Ah ! Gostoso ? – olhei para a Michele, estava sem jeito. – Ah ! Gostoso, era o suco que eu tomei hoje no restaurante do hotel, muito gostoso.
- Entendi ...
- Vamos lá, Luan ? – me levantei indo até ele.
- Já vou ser torturado.
- Torturado ? Você quer que eu lhe torture ?
- Eu disse que serei torturado – ele apontou o seu dedinho gordo pra mim.
- Moço, esse dedinho aqui agora vai ficar quietinho – segurei firme e ele riu.
- Lari ! Ultimamente eu venho sentindo um desconforto quando eu
dou as notas mais agudas sabe ? Minha voz fica meio que cortando.
- Você deve está cantando e saindo do tom, colocando força pra cantar as notas mais agudas, e claro que vai haver esse desconforto. Tem que ter muito cuidado, porque isso pode prejudicar muito você. Depois desse desconforto você sentiu algum incomodo pra engolir ?
- Um pouquinho – Luan fez careta, parecia assustado com o que eu estava dizendo.
- Você fez nebulização ?
- Fiz, isso eu fiz deu uma melhorada.
- Muito bem, toma bastante água pra hidratar bem a garganta e meio que molhar as pregas vocais. Assim você não vai sentir muito desconforto. Claro, água natural, sem gelo, ok ?
- Certo
- Vamos começar.
E mais uma vez estava ali ao lado do Luan, preparando sua voz. Fizemos a oração e ele subiu ao seu lado para brilhar ao lado daqueles fãs que lhe esperavam.
- Seu trabalho é lindo, você cuida tão bem do Luan – disse Michele.
- Da voz dele não é ? – ri.

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