Já no dia seguinte do nosso casamento cívil, fui surpreendida por um café da manhã delicioso na cama da nossa nova casa, acompanhada do meu marido e do meu filho, comemos algumas frutinhas e brincamos, esquecendo de todos os problemas que estávamos passando.
- Você está feliz ? - Luan me perguntou ao me ver brincar com o nosso filho.
- Eu estou radiante de felicidade, meu amor. Não sabe o quanto eu esperei por isso sabia ? Casar com um homem que me amasse e que eu amasse também - suspirei e ainda com um sorriso nos lábios, passei a mão por seu rosto. - Obrigada, por ter cumprido a promessa do meu pai, de me fazer a mulher mais feliz do mundo. Eu estou sendo !
- Isso me deixa contente. Mas te digo que é você que me faz feliz a cada dia. E eu amo vocês, demais - selou os meus lábios e deu um sorriso bobo - Quando você estiver bem recuperada da cirurgia, qual o lugar que você quer que eu te leve ?
- Para a nossa lua de mel ? - perguntei sorrindo, eu parecia uma namoradinha boba.
- Sim !
- Eu vou escolher um dos lugares mais lindo do planeta, um lugar que você gosta bastante e que me faz gostar também.
- Orlando ? - me perguntou com uma sobrancelha arqueada.
- (risos) Amo quando você me olha assim, com essa sobrancelha arqueada. Mas não é esse lugar, se você adivinhar eu te dou uma coisinha.
- (risos) Assim não vale ! - mordeu os meus lábios e ouvimos um resmungado, olhamos para o Henry e ele fazia uma careta, parecia não gostar da nossa aproximação.
- Com ciúmes, meu amor ? - apartei meu filho em mim e beijei seu rosto, mas ele ainda continuava com a cara emburrada para o pai e resmungado cada vez mais alto.
- (risos) Não acredito, filho. O papai só estava fazendo um carinho na mamãe.
Henry estava com uma careta, mas parecia botar força concentrado no pai, e foi então que entendi que ele não estava emburrado, mas sim fazendo suas necessidades na fralda, por isso tanta concentração. Luan, por não saber ainda, tentava tirar um sorriso do filho, mas ele fazia carinho de choro ao ser interrompido pelo o pai.
- Ele não está com ciúmes, amor - disse rindo e colocando o nosso filho deitadinho na cama. - O Henry está fazendo cocozinho. ÊÊ !!
- E você comemora ? - deu um pulo da cama e eu ri da sua cara assustado.
- Claro ! Isso é sinal de que o meu filho não tem prisão de ventre. Não é, meu amor ? Vamos mostrar para o papai o que ele tem para limpar.
- Eu limpar ?
- Sim, você é o pai. E os papais ajudam as mamães a limpar o bebê.
- Achei que ele estava com ciúmes - procurou uma camisa no guarda-roupa e amarrou em seu rosto, lhe olhei séria. - Ué, o que foi ? Não quero sentir o cheiro disso não.
- É o seu filho, Luan - tentei tirar a camisa do seu rosto.
- Não, Larissa. Se não for do meu jeito, não limpo nada.
- Tudo bem ! Vou ficar aqui observando o seu serviço.
- É fica aí, mesmo. Apenas observando eu vou fazer direitinho, você vai ver.
- (risos) Confio em você. Filho, fica tranquilo a mamãe está aqui - Henry me olhou e deu uma gargalhada. Luan olhou para o filho e beijou a barriga dele.
- Rindo de mim ? Eu sou bom rapaz !
Foi uma manhã divertida. Ensinei para o Luan como fazia e ele conseguiu deixar o Henry todo limpinho outra vez, e se orgulhou. Filmei tudo para ele poder rever aquele momento ao lado do filho.
- Você não contou qual o lugar ... - Luan me seguia pelo o apartamento.
- Pantanal, amor ! Eu quero levar o Henry para conhecer aquele lugar que o pai tanto gosta. A gente passa um repelente no bebê e fica tudo de boa. Topa ?
- (risos) Claro que topo ! A gente leva a família ?
- Sim, o meu pai gosta muito de ir por lá também.
- Que massa, cara ! Vou levar o Henry para pescar, vou ensinar ele direitinho, quando ele estiver grandão já vai saber tudo sobre pesca.
E ali o Luan ficou fazendo planos para quando fossemos para o Pantanal. Sabia o quanto ele gostava daquele lugar, o quanto ele gostava de respirar o vento do Pantanal e ouvir as árvores balançando. Não tinha lugar melhor para levar a nossa família.
(TRÊS DIAS DEPOIS)
Tinha ido acompanhar o Luan em um dos seus shows em Santa Catarina. Enquanto ele estava se apresentando, eu observava o seu público, todos cantando, vibrando, aplaudindo a cada término de música. Passou uma rápida memória de quando eu estava em frente ao palco, com os olhos cheios de lágrimas, tentando chamar atenção dele e quando eu tinha essa atenção, comemorava entre as minhas amigas e ficava toda boba por um sorriso e um beijo ter sido pra mim.
Os meus pensamentos foram interrompidos por um jovem que colocou uma cadeira ao lado da minha, sorriu para mim e eu simpática também sorri para ele. Mas, o jovem parecia que queria algo a mais. E quando eu estava prestando atenção na música do Luan, ele passou a mão por meu braço desnudo, olhei sem graça e tentando entender o que ele queria comigo.
- Algum problema ? - perguntei.
- Você é aquela fonoaudióloga bem conhecida de São Paulo ?
- Eu sou a fonoaudióloga, mas não sei se sou bem conhecida - respondi sorrindo.
- Claro que é bem conhecida - se aproximou de mim e falou comigo perto do meu rosto, já que fazia muito barulho e não entendíamos muito bem o que estava sendo dito.
- Obrigada !
- Você é muito bonita pessoalmente. Quero marcar uma consulta, como faço ?
- É de São Paulo ?
- Não, mas eu vou até lá para me consultar com você.
- Ah ! Isso é uma cantada ? - perguntei diretamente e fazendo cara de poucos amigos. - Se for uma cantada, quero que você olhe para aquele cara ali do palco.
- O Luan Santana ? Você é namorada dele não é ?
- Eu sou casada com ele e amo muito o meu marido. E olha para aquele outro rapaz, que está lá do outro lado dele, aquele moreno alto - apontei para o Wellington. - Viu ?
- Vi ! Vocês são amantes ? - perguntou rindo e ainda com o rosto aproximado.
- Não ! Mas se você se aproximar de mim de novo, eu chamo ele pra você pode comer mato lá fora. Entendeu ? Agora por favor, sai de perto de mim.
- É grossa, ein ?
- Só com que merece. Agora vaza ! - acenei para ele com um sorriso cínico.
O rapaz ficou um pouco ao meu lado e eu percebi os olhares do Luan para mim, com certeza ele viu de longe a nossa conversa. A noite com certeza seria longa, eu teria que contar tudo o que aquele jovem conversou comigo, e conhecendo bem o Luan, não iria gostar muito quando soubesse da história.
Terminando o show, Wellington me levou para o camarim. Fiquei esperando o Luan, que logo chegou com uma cara nada boa, enxugava o seu rosto e tomava água olhando sério para mim.
- Porque me olhe assim ? - perguntei, mas já sabendo o motivo.
- O que aquele cara conversava com você, posso saber ? - perguntou o Luan um pouco alterado, enquanto arrumava o cabelo.
- Não conversamos nada demais. Ele apenas me pediu uma informação sobre a clínica e eu dei essa informação de boa. Calma !
- No seu ouvido ? Ele pediu uma informação bem próximo do seu ouvido ? Da sua boca, não é ? E porque ele não pediu informação ao Roberval que estava perto de você. Tinha que conversar contigo ?
- Ele me pediu uma informação sobre a clínica.
- Pareceu que ele conversava sobre algo a mais. Vai contar, Larissa ? - parou de andar pelo o camarim e me olhou esperando uma resposta.
- Eu não vou contar porque não existiu a conversa que você está idealizando em sua cabeça. Não aconteceu nada demais, vai acreditar em mim ou é difícil ?
- Tudo bem, Larissa.
- Não estou entendendo esse seu ciúmes.
- Vamos !! - ele disse pegando a minha bolsa que estava no sofá o qual eu estava sentada. Levantei, mas passei em sua frente indo direto para a van.
No hotel resolvi contar sobre o atrevimento do rapaz,o que deixou o Luan um pouco nervoso, mas depois pensou que não poderia fazer mais nada, apenas colocar o Wellington ao meu lado quando eu estivesse o acompanhando.
- E você dizendo que não tinha mais nada - disse, passando a mão por meus braços, quando estávamos dentro de uma banheira e eu em sua frente, entre suas pernas.
- Não queria que você ficasse nervoso.
- Não suporto ver um outro cara perto de você... - olhei para o Luan e franzi a testa, o que lhe fez rir. - O que foi ?
- Isso é doentio !
- Não gosto de ver outro cara perto de você, quando eu sinto que ele está com segundas intenções - me apertou em seus braços. - Tenho medo de você me deixar.
- (risos) Não vou te deixar, bobo. Casei com você faz quatro dias, Luan.
- Só tenho medo, amorzinho - beijou o meu rosto.
- Não precisa ter medo. Eu amo só você - beijei as suas mãos.
-
Que venha a cirurgia, amém!
ResponderExcluirQue venha a cirurgia, amém!
ResponderExcluirQue venha a cirurgia e que dê tudo certo. Continua!
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