Eu a esperava no altar e a olhava vindo até mim, com um sorriso lindo em seus lábios, com um olhor marejado, me deixou com o coração quase nas mãos, eu a esperava, sempre esperaria. A mulher da minha vida caminhava até mim, caminhava até ao nosso amor. E quando o seu pai lhe entregou para mim, apertei sua mão com toda a minha força e deixei um beijo em sua testa.
Tivemos uma cerimonia belíssima, que nos emocionou bastante. Era tanto amor envolvido entre ambos e tantas bênção de Deus, que até esquecemos dos problemas que estávamos passando em relação a saúde da Larissa.
Após a cerimonia seguimos para a recepção dos convidados, onde cumprimentamos cada um deles com a maior felicidade que sentíamos, todas aquelas pessoas foram testemunha do nosso amor diante a palavra que o Padre nos disse. Durante a festa de recepção nos divertimos bastante, o tempo todo a Larissa sorria, o tempo todo ela me olhava, com aquele olhar apaixonado o qual eu sempre fui encantado.
- Eu te amo demais, meu amor - com a testa encostada na dela, olhava em seus olhos e expressava o meu sentimento por ela. - Obrigado por ter aceitado ser a minha mulher, eu prometo que vou te amar sempre.
- Eu sei que vai, meu anjinho - senti seus lábios em meu nariz. - Você quer ter outro filho, quando o Henry completar um aninho ?
- Já pensando em outro filho ? - perguntei rindo.
- (risos) Pior que estou ! Deu vontade de sentir o bebê mexendo na barriga, sabe ?
- Eu topo fazer outro filho com você, topo criar esse filho com você, topo tudo, meu amor. Quer fazer agora ? - pergunte rindo passando minha mão por seu rosto.
- Bobo ! Por enquanto vamos usar camisinha e eu tomar a pílula.
- Não foi proibido por causa do problema ? - apontei para sua cabeça.
- Por enquanto ! Esquece isso, Luan.
- Não tem como, Lari. Temos que ir para o hospital... - olhei em meu relógio. - Daqui a pouco. Você tem que se operar antes que te dê alguma coisa.
- Eu estou bem, vamos chegar na hora de fazer a cirurgia. E vou chegar muito feliz, então vamos aproveitar enquanto temos tempo ?
Não falei nada, apenas lhe beijei em resposta. Após tantos beijos desapareci por um instante, iria terminar as últimas palavras do meu voto. Um tempo depois voltei para o centro do salão chamando atenção de todos. Olhei algumas vezes para o papel rabiscado em minhas mãos, mas eu tinha algo mais forte para lhe falar.
- Deixa pra lá, não vou ler isso aqui. Vou dizer tudo o que está guardado aqui dentro do meu coração - joguei o papel e todos riram, segurei a sua mão e olhei em seus olhos para que ela pudesse sentir o que eu queria lhe passar. - Amor, minha Larissinha, eu quero te dizer que... eu quero estar sempre ao teu lado. E quero que saiba que quando você ficar sem chão, eu vou estar aqui para segurar sua mão. Quando você achar que tudo acabou eu vou estar aqui para te mostrar um novo recomeço, quando chorar, eu vou estar aqui para te fazer sorrir, eu prometi isso não é ? - ela afirmou após enxugar sua lágrima. - Quando achar que não tem ninguém, eu vou estar aqui para te mostrar que mesmo não sendo muito, você me tem. Quando quiser desistir, eu vou estar aqui para te mostrar todos os motivos pelo qual deve continuar. E quando achar que vai morrer... - senti sua mão apertar ainda mais a minha. - Eu vou estar aqui para te mostrar o lado bom da vida, quando tiver medo, vou estar aqui pra te proteger e cuidar de você. Não importa o que faça, não importa a distância, não importa as dificuldade, eu sempre vou estar ao seu lado, sempre, meu amor.
O rosto da Larissa foi perdendo o sorriso, suas mãos iam se soltando aos pouco da minha e ela foi caindo em um desmaio, caiu em meus braços totalmente apagada. O meu desespero foi grande ao ver a minha esposa daquele jeito, eu sabia que poderia acontecer algo grave a qualquer momento, eu só não estava preparado.
- Larissa ! - sentei no chão colocando ela em meu colo. Os seus pais se aproximaram desesperado, enquanto o meu pai ligava para uma ambulância.
- Filha, filhinha. Acorda, meu amor - a sua mãe dizia segurando sua mão.
- Amor, não faz isso - senti um desespero tremendo dentro de mim. - Acorda !
- Já liguei para a ambulância, estão vindo.
- Ela não vai aguentar pai. Eu levo ela, eu levo - coloquei a Larissa em meu colo e sai andando até o primeiro carro que eu encontrasse.
- Filho, não ! Você não vai sair assim.
- E eu não vou deixar minha mulher morrer. Ela desmaiou e se tiver agravado ainda mais o caso dela ? Seu Pedro, liga para o médico dela, diz que estamos indo para o hospital agora.
- Luan, é muito longe daqui pra lá filho.
- Faz alguma coisa gente - sentei no gramado com a Larissa em meus braços, a sua mãe trouxe álcool para que ela pudesse acordar, mas não dava resultado. - Larissa, responde por favor. Meu Deus !
A ambulância que tínhamos pedido demorou para chegar, portanto não esperei, coloquei a Larissa dentro do carro do seu pai e pedi que levássemos ela para o hospital que seria o seu tratamento. Até lá a Larissa não acordou, mas tinha pulso. Demorou cerca de uma hora para que chegassemos ao hospital e como tínhamos falado com o seu médico ele já o esperava.
- O que aconteceu com ela ?
- Doutor, a gente estava na recepção do casamento. Quando eu acabei de falar com ela, desmaiou em meus braços. E não acorda desde de lá.
- Talvez ela tenha entrado em coma. Vamos examiná-la.
Não deixaram que eu entrasse na sala a qual levaram ela. Mas fiquei em uma salinha reserva com o Pedro, Laura e os meus pais. A aflição era grande, todo tempo ia em uma enfermeira e pedia que eu fosse a procura de informações da minha mulher, mas ela sempre dizia que não tinha nenhuma informação sobre ela. Uma hora de espera, já tinha tirado o meu terno e minha gravatá.
- Família da Larissa Alves ? - perguntou uma assistente social com o seu prontuário.
- Somos ! - levantei apressado. - Como ela está ?
- Já está na sala de cirurgia. Eu peço que vão para casa descansar, porque vai demorar muito. E quando voltar tragam roupa, produtos de higiene.
- Vai demorar quanto tempo ? - perguntou Dona Laura.
- Umas 10 horas. É um procedimento muito delicado, principalmente no caso dela, tinha tomado todo o cerébro e ela entrou em coma. Os médicos estão tentando reverter isso e fazer com que ela acorde logo após a cirurgia.
- Meu Deus ! Ela vai acordar, vai lembrar da gente ? Vai lembrar do casamento ?
- A Larissa pode acordar lembrando de tudo, mas também pode acordar sem lembrar de nada. Mas com o tempo as lembranças vão voltando. Não se preocupem. Peço que vão para casa. Ligamos se ela sair antes da sala de cirurgia.
- Vamos, Luan - disse o seu pai.
- Não queria ir embora. Tiraram o vestido dela ?
- Tiramos ! Vou pegar para vocês levar.
- Tudo bem !
- Com licença.
A enfermeira buscou o vestido de noiva e pediu que fossemos para casa. Não iria guardar o que estava sentindo, por isso coloquei para a fora tudo o que estava guardado dentro do meu peito. Chorei como se eu fosse um recém nascido, não queria perdê-la, não queria que ela esquecesse dos nossos momentos, do nosso casamento e principalmente do nosso filho. Portanto, entrei na casa dos meus pais rezando, pedindo a proteção da minha mulher, pedindo que ela acordasse e que lembrasse de tudo.
As últimas horas foram as piores. Não conseguia descansar, não conseguia tirar a roupa que estava mais cedo, apenas ficava abraçado com o vestido, pensando em como ela estava. Foi então que a minha mãe apareceu na porta do meu quarto, me chamando para ir até a sala.
- O que foi, mãe ? Fala logo !
- Ela acordou e eles estão pedindo para irmos.
- Ela lembrou ?
- Não falaram nada. Apenas pediram para irmos. Vamos ? Os pais da Larissa estão levando as coisas dela. Toma um banho, tira essa roupa filho.
Fiz o que a minha mãe pediu, tomei um banho rápido e coloquei uma outra roupa. Os meus pais me levaram até o hospital a qual fomos recebidos pelo os médicos que tinha operado a Larissa e pelo os seus pais. Eles estavam com uma aparência boa. E eu pedia em pensamentos que todas as notícias também fossem boas.
- Oi tudo bem com vocês ? Descansaram ? - perguntou uma enfermeira simpática.
- Descansamos. E as notícias ? - perguntei.
- A Larissa acordou antes do esperado do médico. E isso é muito bom. Tivemos que raspar a cabeça dela e uma psicóloga daqui a pouco vai até o quarto dela, porque sabemos o quanto é vaidosa e aí precisa de um acompanhamento para que ela não entre em depressão.
- Raspou ? - perguntou a mãe dela. - Meu Deus ! Será que eu posso conversar com ela ? A Larissa sempre me ouve.
- A mãe dela é uma boa psicóloga - disse.
- Então eu irei entrar com a senhora. Vocês conversam e depois entra os outros de um em um. Tudo bem ? - concordamos. - Vamos !
A Dona Laura ficou muito tempo dentro do quarto da filha e quando sai ficou um pouco na porta e começou a chorar. Seu Pedro foi até ela perguntando o que tinha acontecido, ela caminhou até mim e me deu um abraço apertado.
- O que foi, pelo amor de Deus ? - abracei forte.
- Ela disse que não quer te ver.
- Não quer o que ? - afastei minha sogra e lhe olhei chorando.
- Ela raspou a cabeça e disse que não quer te ver enquanto o cabelo dela não crescer.
- Deixa eu tentar falar com ela ?
- Não, Luan. A Larissa pode ficar agitada, deixa passar um tempo.
- Eu casei com ela hoje e a gente não pode ser por causa de um cabelo ? Não ! Eu vou lá sim - fui até o quarto da Larissa, bati e abri a porta.
- Luan, por favor - disse a enfermeira.
- Não deixa ele entrar !
- Amor ! Eu não ligo pra isso. Para de coisa, por favor ? Não foi o seu cabelo que me conquistou, Larissa. Eu te amo demais pra perceber isso. Posso entrar ?
Ela estava com o rosto coberto pelo o lençol do hospital e foi tirando aos poucos e me olhou chorosa. Entrei no quarto e fui até a minha esposa, segurando a sua mão e beijando.
- Que susto, meu amor.
- Luan, eu não quero que você me veja assim. Vai embora, por favor.
- Não me pede isso, Larissa. Olha só, eu fiquei desesperado lá fora quando me falaram que você não lembraria de mim, não lembraria do casamento.
- Falaram isso ?
- Vou deixá-lo a sós - disse a enfermeira.
- Sim, isso poderia acontecer quando você acordasse. Mas que bom que... - peguei uma cadeira e sentei ao seu lado. - Que bom que você acordou e lembrou de tudo. Você lembra não é ? Do nosso casamento ? Nosso filho ?
- Lembro, lembro sim. Como esquecer isso ? Acho que nem se tirasse a minha memória eu esqueceria. Eu te amo demais, meu amor - levou a minha mão até sua boca.
- Olha só não fica pensando no seu cabelo, certo ? Pensa em ficar boa e sair logo daqui. Pensa em agradecer a Deus por ter dado tudo certo, por termos casado como você queria, por termos o nosso filho. Por tudo ! Seu cabelo é o de menos, vai crescer logo.
- Eu espero !
- Claro que vai.
Sai para os meus pais e o seu pai ver a Larissa e depois entrei ficando mais um tempo com ela. Alguém tinha que fica por ali, mas não me deixaram pois ela iria tomar banho em algumas horas.
- Uai, tenho vergonha dele não gente. O Luan já me deu banho algumas vezes - disse maliciosa e todos riram. - Mas é bom minha mãe ficar aqui hoje, amor. Vai lá, dorme e amanhã vem aqui, certo ?
- Tudo bem, meu amor. Fica bem - beijei sua testa e ia saindo do quarto.
- Eii ! Volta aqui, eu quero um beijo do meu marido - fui até ela e a beijei fazendo as enfermeiras baterem palmas. - Gente, eu amo demais esse homem. E amor, quando eu sair daqui a gente vai ter uma lua de mel muito boa.
- (risos) Vai descansar. Qualquer coisa liguem pra mim, certo ? Boa noite para vocês.
Fui para casa e levei o meu filho para dormir comigo. Ficamos em claro, ele se divertia com a minha barba, as vezes puxava e começava a rir quando eu fazia careta. Fiquei admirando o meu filho durante a noite toda, ele adormeceu, acordou e pediu o leite, depois adormeceu de novo e assim eu cai no sono ao seu lado também, quando já amanhecia
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
sábado, 23 de janeiro de 2016
CIRURGIA DE URGÊNCIA
Eu a esperava no altar e a olhava vindo até mim, com um sorriso lindo em seus lábios, com um olhos marejado, me deixou com o coração quase nas mãos, eu a esperava, sempre esperaria. A mulher da minha vida caminhava até mim, caminhava até ao nosso amor. E quando o seu pai lhe entregou para mim, apertei sua mão com toda a minha força e deixei um beijo em sua testa.
Tivemos uma cerimonia belíssima, que nos emocionou bastante. Era tanto amor envolvido entre ambos e tantas bênção de Deus, que até esquecemos dos problemas que estávamos passando em relação a saúde da Larissa.
Após a cerimonia seguimos para a recepção dos convidados, onde cumprimentamos cada um deles com a maior felicidade que sentíamos, todas aquelas pessoas foram testemunha do nosso amor diante a palavra que o Padre nos disse. Durante a festa de recepção nos divertimos bastante, o tempo todo a Larissa sorria, o tempo todo ela me olhava, com aquele olhar apaixonado o qual eu sempre fui encantado.
- Eu te amo demais, meu amor - com a testa encostada na dela, olhava em seus olhos e expressava o meu sentimento por ela. - Obrigado por ter aceitado ser a minha mulher, eu prometo que vou te amar sempre.
- Eu sei que vai, meu anjinho - senti seus lábios em meu nariz. - Você quer ter outro filho, quando o Henry completar um aninho ?
- Já pensando em outro filho ? - perguntei rindo.
- (risos) Pior que estou ! Deu vontade de sentir o bebê mexendo na barriga, sabe ?
- Eu topo fazer outro filho com você, topo criar esse filho com você, topo tudo, meu amor. Quer fazer agora ? - pergunte rindo passando minha mão por seu rosto.
- Bobo ! Por enquanto vamos usar camisinha e eu tomar a pílula.
- Não foi proibido por causa do problema ? - apontei para sua cabeça.
- Por enquanto ! Esquece isso, Luan.
- Não tem como, Lari. Temos que ir para o hospital... - olhei em meu relógio. - Daqui a pouco. Você tem que se operar antes que te dê alguma coisa.
- Eu estou bem, vamos chegar na hora de fazer a cirurgia. E vou chegar muito feliz, então vamos aproveitar enquanto temos tempo ?
Não falei nada, apenas lhe beijei em resposta. Após tantos beijos desapareci por um instante, iria terminar as últimas palavras do meu voto. Um tempo depois voltei para o centro do salão chamando atenção de todos. Olhei algumas vezes para o papel rabiscado em minhas mãos, mas eu tinha algo mais forte para lhe falar.
- Deixa pra lá, não vou ler isso aqui. Vou dizer tudo o que está guardado aqui dentro do meu coração - joguei o papel e todos riram, segurei a sua mão e olhei em seus olhos para que ela pudesse sentir o que eu queria lhe passar. - Amor, minha Larissinha, eu quero te dizer que... eu quero estar sempre ao teu lado. E quero que saiba que quando você ficar sem chão, eu vou estar aqui para segurar sua mão. Quando você achar que tudo acabou eu vou estar aqui para te mostrar um novo recomeço, quando chorar, eu vou estar aqui para te fazer sorrir, eu prometi isso não é ? - ela afirmou após enxugar sua lágrima. - Quando achar que não tem ninguém, eu vou estar aqui para te mostrar que mesmo não sendo muito, você me tem. Quando quiser desistir, eu vou estar aqui para te mostrar todos os motivos pelo qual deve continuar. E quando achar que vai morrer... - senti sua mão apertar ainda mais a minha. - Eu vou estar aqui para te mostrar o lado bom da vida, quando tiver medo, vou estar aqui pra te proteger e cuidar de você. Não importa o que faça, não importa a distância, não importa as dificuldade, eu sempre vou estar ao seu lado, sempre, meu amor.
O rosto da Larissa foi perdendo o sorriso, suas mãos iam se soltando aos pouco da minha e ela foi caindo em um desmaio, caiu em meus braços totalmente apagada. O meu desespero foi grande ao ver a minha esposa daquele jeito, eu sabia que poderia acontecer algo grave a qualquer momento, eu só não estava preparado.
- Larissa ! - sentei no chão colocando ela em meu colo. Os seus pais se aproximaram desesperado, enquanto o meu pai ligava para uma ambulância.
- Filha, filhinha. Acorda, meu amor - a sua mãe dizia segurando sua mão.
- Amor, não faz isso - senti um desespero tremendo dentro de mim. - Acorda !
- Já liguei para a ambulância, estão vindo.
- Ela não vai aguentar pai. Eu levo ela, eu levo - coloquei a Larissa em meu colo e sai andando até o primeiro carro que eu encontrasse.
- Filho, não ! Você não vai sair assim.
- E eu não vou deixar minha mulher morrer. Ela desmaiou e se tiver agravado ainda mais o caso dela ? Seu Pedro, liga para o médico dela, diz que estamos indo para o hospital agora.
- Luan, é muito longe daqui pra lá filho.
- Faz alguma coisa gente - sentei no gramado com a Larissa em meus braços, a sua mãe trouxe álcool para que ela pudesse acordar, mas não dava resultado. - Larissa, responde por favor. Meu Deus !
A ambulância que tínhamos pedido demorou para chegar, portanto não esperei, coloquei a Larissa dentro do carro do seu pai e pedi que levássemos ela para o hospital que seria o seu tratamento. Até lá a Larissa não acordou, mas tinha pulso. Demorou cerca de uma hora para que chegássemos ao hospital e como tínhamos falado com o seu médico ele já o esperava.
- O que aconteceu com ela ?
- Doutor, a gente estava na recepção do casamento. Quando eu acabei de falar com ela, desmaiou em meus braços. E não acorda desde de lá.
- Talvez ela tenha entrado em coma. Vamos examiná-la.
Não deixaram que eu entrasse na sala a qual levaram ela. Mas fiquei em uma salinha reserva com o Pedro, Laura e os meus pais. A aflição era grande, todo tempo ia em uma enfermeira e pedia que eu fosse a procura de informações da minha mulher, mas ela sempre dizia que não tinha nenhuma informação sobre ela. Uma hora de espera, já tinha tirado o meu terno e minha gravatá.
- Família da Larissa Alves ? - perguntou uma assistente social com o seu prontuário.
- Somos ! - levantei apressado. - Como ela está ?
- Já está na sala de cirurgia. Eu peço que vão para casa descansar, porque vai demorar muito. E quando voltar tragam roupa, produtos de higiene.
- Vai demorar quanto tempo ? - perguntou Dona Laura.
- Umas 10 horas. É um procedimento muito delicado, principalmente no caso dela, tinha tomado todo o cérebro e ela entrou em coma. Os médicos estão tentando reverter isso e fazer com que ela acorde logo após a cirurgia.
- Meu Deus ! Ela vai acordar, vai lembrar da gente ? Vai lembrar do casamento ?
- A Larissa pode acordar lembrando de tudo, mas também pode acordar sem lembrar de nada. Mas com o tempo as lembranças vão voltando. Não se preocupem. Peço que vão para casa. Ligamos se ela sair antes da sala de cirurgia.
- Vamos, Luan - disse o seu pai.
- Não queria ir embora. Tiraram o vestido dela ?
- Tiramos ! Vou pegar para vocês levar.
- Tudo bem !
- Com licença.
A enfermeira buscou o vestido de noiva e pediu que fossemos para casa. Não iria guardar o que estava sentindo, por isso coloquei para a fora tudo o que estava guardado dentro do meu peito. Chorei como se eu fosse um recém nascido, não queria perdê-la, não queria que ela esquecesse dos nossos momentos, do nosso casamento e principalmente do nosso filho. Portanto, entrei na casa dos meus pais rezando, pedindo a proteção da minha mulher, pedindo que ela acordasse e que lembrasse de tudo.
As últimas horas foram as piores. Não conseguia descansar, não conseguia tirar a roupa que estava mais cedo, apenas ficava abraçado com o vestido, pensando em como ela estava. Foi então que a minha mãe apareceu na porta do meu quarto, me chamando para ir até a sala.
- O que foi, mãe ? Fala logo !
- Ela acordou e eles estão pedindo para irmos.
- Ela lembrou ?
- Não falaram nada. Apenas pediram para irmos. Vamos ? Os pais da Larissa estão levando as coisas dela. Toma um banho, tira essa roupa filho.
Fiz o que a minha mãe pediu, tomei um banho rápido e coloquei uma outra roupa. Os meus pais me levaram até o hospital a qual fomos recebidos pelo os médicos que tinha operado a Larissa e pelo os seus pais. Eles estavam com uma aparência boa. E eu pedia em pensamentos que todas as notícias também fossem boas.
Tivemos uma cerimonia belíssima, que nos emocionou bastante. Era tanto amor envolvido entre ambos e tantas bênção de Deus, que até esquecemos dos problemas que estávamos passando em relação a saúde da Larissa.
Após a cerimonia seguimos para a recepção dos convidados, onde cumprimentamos cada um deles com a maior felicidade que sentíamos, todas aquelas pessoas foram testemunha do nosso amor diante a palavra que o Padre nos disse. Durante a festa de recepção nos divertimos bastante, o tempo todo a Larissa sorria, o tempo todo ela me olhava, com aquele olhar apaixonado o qual eu sempre fui encantado.
- Eu te amo demais, meu amor - com a testa encostada na dela, olhava em seus olhos e expressava o meu sentimento por ela. - Obrigado por ter aceitado ser a minha mulher, eu prometo que vou te amar sempre.
- Eu sei que vai, meu anjinho - senti seus lábios em meu nariz. - Você quer ter outro filho, quando o Henry completar um aninho ?
- Já pensando em outro filho ? - perguntei rindo.
- (risos) Pior que estou ! Deu vontade de sentir o bebê mexendo na barriga, sabe ?
- Eu topo fazer outro filho com você, topo criar esse filho com você, topo tudo, meu amor. Quer fazer agora ? - pergunte rindo passando minha mão por seu rosto.
- Bobo ! Por enquanto vamos usar camisinha e eu tomar a pílula.
- Não foi proibido por causa do problema ? - apontei para sua cabeça.
- Por enquanto ! Esquece isso, Luan.
- Não tem como, Lari. Temos que ir para o hospital... - olhei em meu relógio. - Daqui a pouco. Você tem que se operar antes que te dê alguma coisa.
- Eu estou bem, vamos chegar na hora de fazer a cirurgia. E vou chegar muito feliz, então vamos aproveitar enquanto temos tempo ?
Não falei nada, apenas lhe beijei em resposta. Após tantos beijos desapareci por um instante, iria terminar as últimas palavras do meu voto. Um tempo depois voltei para o centro do salão chamando atenção de todos. Olhei algumas vezes para o papel rabiscado em minhas mãos, mas eu tinha algo mais forte para lhe falar.
- Deixa pra lá, não vou ler isso aqui. Vou dizer tudo o que está guardado aqui dentro do meu coração - joguei o papel e todos riram, segurei a sua mão e olhei em seus olhos para que ela pudesse sentir o que eu queria lhe passar. - Amor, minha Larissinha, eu quero te dizer que... eu quero estar sempre ao teu lado. E quero que saiba que quando você ficar sem chão, eu vou estar aqui para segurar sua mão. Quando você achar que tudo acabou eu vou estar aqui para te mostrar um novo recomeço, quando chorar, eu vou estar aqui para te fazer sorrir, eu prometi isso não é ? - ela afirmou após enxugar sua lágrima. - Quando achar que não tem ninguém, eu vou estar aqui para te mostrar que mesmo não sendo muito, você me tem. Quando quiser desistir, eu vou estar aqui para te mostrar todos os motivos pelo qual deve continuar. E quando achar que vai morrer... - senti sua mão apertar ainda mais a minha. - Eu vou estar aqui para te mostrar o lado bom da vida, quando tiver medo, vou estar aqui pra te proteger e cuidar de você. Não importa o que faça, não importa a distância, não importa as dificuldade, eu sempre vou estar ao seu lado, sempre, meu amor.
O rosto da Larissa foi perdendo o sorriso, suas mãos iam se soltando aos pouco da minha e ela foi caindo em um desmaio, caiu em meus braços totalmente apagada. O meu desespero foi grande ao ver a minha esposa daquele jeito, eu sabia que poderia acontecer algo grave a qualquer momento, eu só não estava preparado.
- Larissa ! - sentei no chão colocando ela em meu colo. Os seus pais se aproximaram desesperado, enquanto o meu pai ligava para uma ambulância.
- Filha, filhinha. Acorda, meu amor - a sua mãe dizia segurando sua mão.
- Amor, não faz isso - senti um desespero tremendo dentro de mim. - Acorda !
- Já liguei para a ambulância, estão vindo.
- Ela não vai aguentar pai. Eu levo ela, eu levo - coloquei a Larissa em meu colo e sai andando até o primeiro carro que eu encontrasse.
- Filho, não ! Você não vai sair assim.
- E eu não vou deixar minha mulher morrer. Ela desmaiou e se tiver agravado ainda mais o caso dela ? Seu Pedro, liga para o médico dela, diz que estamos indo para o hospital agora.
- Luan, é muito longe daqui pra lá filho.
- Faz alguma coisa gente - sentei no gramado com a Larissa em meus braços, a sua mãe trouxe álcool para que ela pudesse acordar, mas não dava resultado. - Larissa, responde por favor. Meu Deus !
A ambulância que tínhamos pedido demorou para chegar, portanto não esperei, coloquei a Larissa dentro do carro do seu pai e pedi que levássemos ela para o hospital que seria o seu tratamento. Até lá a Larissa não acordou, mas tinha pulso. Demorou cerca de uma hora para que chegássemos ao hospital e como tínhamos falado com o seu médico ele já o esperava.
- O que aconteceu com ela ?
- Doutor, a gente estava na recepção do casamento. Quando eu acabei de falar com ela, desmaiou em meus braços. E não acorda desde de lá.
- Talvez ela tenha entrado em coma. Vamos examiná-la.
Não deixaram que eu entrasse na sala a qual levaram ela. Mas fiquei em uma salinha reserva com o Pedro, Laura e os meus pais. A aflição era grande, todo tempo ia em uma enfermeira e pedia que eu fosse a procura de informações da minha mulher, mas ela sempre dizia que não tinha nenhuma informação sobre ela. Uma hora de espera, já tinha tirado o meu terno e minha gravatá.
- Família da Larissa Alves ? - perguntou uma assistente social com o seu prontuário.
- Somos ! - levantei apressado. - Como ela está ?
- Já está na sala de cirurgia. Eu peço que vão para casa descansar, porque vai demorar muito. E quando voltar tragam roupa, produtos de higiene.
- Vai demorar quanto tempo ? - perguntou Dona Laura.
- Umas 10 horas. É um procedimento muito delicado, principalmente no caso dela, tinha tomado todo o cérebro e ela entrou em coma. Os médicos estão tentando reverter isso e fazer com que ela acorde logo após a cirurgia.
- Meu Deus ! Ela vai acordar, vai lembrar da gente ? Vai lembrar do casamento ?
- A Larissa pode acordar lembrando de tudo, mas também pode acordar sem lembrar de nada. Mas com o tempo as lembranças vão voltando. Não se preocupem. Peço que vão para casa. Ligamos se ela sair antes da sala de cirurgia.
- Vamos, Luan - disse o seu pai.
- Não queria ir embora. Tiraram o vestido dela ?
- Tiramos ! Vou pegar para vocês levar.
- Tudo bem !
- Com licença.
A enfermeira buscou o vestido de noiva e pediu que fossemos para casa. Não iria guardar o que estava sentindo, por isso coloquei para a fora tudo o que estava guardado dentro do meu peito. Chorei como se eu fosse um recém nascido, não queria perdê-la, não queria que ela esquecesse dos nossos momentos, do nosso casamento e principalmente do nosso filho. Portanto, entrei na casa dos meus pais rezando, pedindo a proteção da minha mulher, pedindo que ela acordasse e que lembrasse de tudo.
As últimas horas foram as piores. Não conseguia descansar, não conseguia tirar a roupa que estava mais cedo, apenas ficava abraçado com o vestido, pensando em como ela estava. Foi então que a minha mãe apareceu na porta do meu quarto, me chamando para ir até a sala.
- O que foi, mãe ? Fala logo !
- Ela acordou e eles estão pedindo para irmos.
- Ela lembrou ?
- Não falaram nada. Apenas pediram para irmos. Vamos ? Os pais da Larissa estão levando as coisas dela. Toma um banho, tira essa roupa filho.
Fiz o que a minha mãe pediu, tomei um banho rápido e coloquei uma outra roupa. Os meus pais me levaram até o hospital a qual fomos recebidos pelo os médicos que tinha operado a Larissa e pelo os seus pais. Eles estavam com uma aparência boa. E eu pedia em pensamentos que todas as notícias também fossem boas.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
MINHA PROMESSA ETERNA
Hoje era o grande dia do meu casamento, além disso, eu teria a minha cirurgia logo após a cerimônia. Duas coisas que estavam me atormentando por dentro, não sabia se eu estava mais nervosa com o meu casamento ou se eu estava nervosa com a cirurgia. Talvez os dois estivessem me enlouquecendo naquele momento.
O meu dia de noiva começou bem cedo, até porque a cerimônia seria pela tarde. Estava na casa dos meus pais e eles acompanhado do meu irmão, me acordaram com um café da manhã delicioso.
- Hoje é o grande dia, filha - disse o meu pai com lágrimas nos olhos.
- É pai ! Eu vou falar isso o dia todo, mas eu esperei tanto por isso.
- Eu sei ! E está casando com uma pessoa que você ama e que te ama também, do jeito que você sempre sonhou - falou a minha mãe.
- O Luan já tinha te levado daqui de casa, agora é de vez - meu irmão falou, enquanto estava com o meu filho em seus braços.
- Mas eu não vou abandonar vocês. Estarei sempre aqui - minha mãe passou a mão por meu rosto e pela as minhas olheiras.
- Você está pálida, filha. Aguenta a emoção de hoje ?
- Aguento sim, mãe. Eu sou forte - sorri. - Dá aqui o meu filhinho.
- Hoje a mamãe vai passar um dia ocupada.
- Mas eu vou levar ele, mãe. Ele é muito pequenininho pra ficar longe de mim, não é meu amor ? - apertei meu filho em meus braços, ele estava a cara do Luan, cada traço era o pai. - O Luan ligou ?
- Ele ainda está dormindo.
- Será que teve despedida de solteiro ?
- Não ! Ontem teve um show e assim que acabou foi para casa.
- Uma despedida de solteiro no camarim, no show.
- (risos) Luan vai te aguentar com esse ciúmes ? - perguntou meu irmão.
- O meu marido é muito bonito para ficar por aí, eu tenho que ficar de olho, vai que alguma biscate toma ele de mim. Eu quebro a cara dela, e você me ajuda não é neném ? O papai é só da gente - apertei a mãozinha do Henry.
- Me dá o Henry, você precisa comer. Hoje temos um dia longo.
Tomei o café da manhã caprichado da minha família e logo após seguimos para o local o qual seria o casamento, um pouco longe de São Paulo. Vi os últimos detalhes, estavam colocando as flores nas entradas e deixando ainda mais bonita. Eu e o Luan não tivemos brigas em relação ao lugar da cerimônia, assim que vimos aquele ficamos encantados e escolhemos de cara. Para quem não iria estar ali, como os fãs do Luan, queria que eles ficassem sabendo de todo o detalhe do casamento do ídolo.
Deus irá abençoar a nossa união nesse lugarzinho. Acharam lindo ?! Estou encantada com toda a decoração, fizeram tudo a nossa cara mozii @luansantana ♥♥♥♥♥ Falta pouquinho !! O coração tá dando cambalhotas já hahaha ... Ansiedade nível mil #vamoscasar #éhoje
- Elas ficam ansiosas para saber de cada detalhe não é ? - perguntou a minha mãe.
- É sim. Eu achei que seria difícil delas me aceitarem, porque além da família do Luan ter que me aceitar, gostar de mim, eu tinha a outra família do Luan que é muito maior da que ele tem em casa. Mas me aceitaram, mãe. Do meu jeitinho, me aceitaram.
- Do seu jeitinho, meigo, simpático, amiga, sincera. Elas queriam uma pessoa assim ao lado dele, que demonstrasse tudo isso para elas e que fosse isso para ele. Agora você tem cúmplices, hein ?
- (risos) Agora eu tenho minhas cúmplices, o que o Luan fizer eu já estou sabendo antes dele me contar. É um pouco estranho isso, mas é bom.
Fomos até o meu pai que estava com o meu irmão e o meu filho, olhavam algumas árvores que tinha por ali, todas lindas e que nos deixavam maravilhados.
- Estão babando nesse lugar ? - perguntei.
- O pai deu uma acerola para o Henry, se você visse a careta que ele fez.
- Pai ! Não pode dá isso ao Henry, ele só tem quatro meses - peguei ele dos braços do meu pai.
- Pedro, não pode fazer isso. Não ainda !
- Não sabia, gente.
- Vamos tomar aguinha, filho - sai caminhando com o Henry pelo o hotel fazenda, quando encontramos a minha sogra e a minha cunhada. - Por aqui essa hora ?
- Sabíamos que você estava aqui. Viemos trazer o Luan e ver como anda os preparativos. Isso aqui está lindo, Larissa - falou a minha sogra.
- É verdade, está tudo lindo. Eu queria ver o Luan, posso ? - fiz bico, pois sabia qual seria a resposta.
- CLARO que não, cunhadinha. O Luan foi para o outro lado do hotel, vocês só vão se ver na hora do casamento.
- Ele teve despedida de solteiro ?
- Acho que teve alguma festinha no camarim, chegou um pouco embriagado - confessou Bruna, sendo repreendida pela a mãe. - Ué, o Luan disse que ia contar pra ela, mãe.
- Deixava ele contar, Bruna.
- Desculpa, Larissa !
- (risos) Sem problemas, gente. Eu não tive uma.
- Faremos então, vou ligar para a Michele e as suas amigas. Fazemos uma festa em seu quarto, uma despedida de solteiro daquelas.
- O que você vai dizer ao seu irmão ? - perguntou a minha sogra.
- Que fizemos uma despedida de solteiro, uai.
Com toda aquela alegria da minha cunhada, fomos para o meu quarto, onde seria a tal despedida de solteiro. Minutos depois, o quarto estava cheio de gente, comemorando, brindando. Enquanto eu estava sentada em frente a um espelho, com o Henry em meus braços, sendo penteada por um cabeleireiro simpático que me arrancou altas gargalhadas e fez o meu filho rir também. Mas com toda aquela gente, com tantas conversas, a minha cabeça começou a doer bastante e pareceu que o meu filho tinha sentido também, pois começou a chorar, fazendo todo mundo ficar em silêncio.
- Vem aqui para a vovó - minha sogra o pegou, ela balançava ele de um lado para o outro, mas o Henry só sabia me olhar e chorar.
- Ele me quer ! Bruna, pega a minha bolsa por favor - peguei o Henry, colocando ele em meu colo e balançando de um lado para o outro. Bruna, me entregou a bolsa e tomei um remédio que iria aliviar aquilo.
- Sentindo-se bem ?
- Estou sim, só foi uma dorzinha de cabeça.
- Então é melhor pararmos - disse Bruna.
- Amiga ! Esse cabelo está ficando lindo - Michele tinha acabado de chegar.
- O Fábio está arrasando.
- Muito !
Após o penteado o Henry já estava dormindo, o coloquei na cama e fui para as unhas ali mesmo no quarto. Eu não poderia sair de lá, até a hora de casar. Ao sentar na cadeira, senti um pouco de tontura que me fez segurar na parede.
- Lari, o que você sente ? - Michele segurou a minha mão.
- Senti uma tontura, mas já passou - respirei fundo e sentei na cadeira.
Ás duas horas da tarde a minha avó de Minas Gerais, que fazia anos-luz que não havia, apareceu em meu quarto, era a minha avó por parte de pai e eu só tinha, os olhos não cheguei a conhecer. Minhas tias apareceram elogiando o Luan, elas tinham o visto no hall do hotel recebendo os amigos.
- Ele é muito lindo e te ama demais, eu senti isso.
- Obrigada, tia. Nos amamos,muito.
Todo tempo chegava mais gente, todo tempo eu conhecia mais pessoas da família do Luan. Todos arrumados, chegavam para me conhecer, já que ainda não tinham me visto. Após saírem, a moça do atelier chegou com o meu lindo vestido de noiva.
- Vamos colocar o vestido ? - perguntou a Michele empolgada e que estava lindo em um vestido verde longo. Ela seria minha madrinha de casamento também.
- Vamos ! - olhei para ela - Esperei tanto por esse momento.
- Ele vai se realizar hoje. Agora vamos adiantar, o seu noivo está lindo e esperando ansiosamente por você.
- Já está no altar ?
- Vai entrar em instantes.
- Quero chorar !
- Depois dessa maquiagem linda ? Engole esse choro.
Com ajuda da moça do atelier, da minha mãe, sogra e melhor amiga, coloquei o vestido e ainda escrevi em um adesivo colocando no vestido, o nome das meninas que queriam casar, algumas tias do Luan, prima, algumas amigas da Bruna e minha, era uma brincadeira maluca das amigas da noiva e assim fiz. Tiramos fotos antes de ir para o grande momento da minha vida.
- Eu preciso correr, meu filho não pode entrar sem mim - disse a Marizete que estava impecável, com um vestido longo azul. - Cadê meu neto ?
- Aqui está nosso neto - minha mãe falou.
- Meu filho, como você está lindo - fui até ele beijando sua cabecinha.
- O Luan quer entrar com ele também. Vamos, Henry ?
- Vai lá com a vovó, daqui a pouco a mamãe aparece - beijei seu rosto, minha cunhada saia do quarto quando a gritei. - BRUNA ! O Luan está com o celular ?
- Não, porque ?
- É que a Michele vai postar uma foto minha para as fãs dele. Ele não pode ver antes, não é ? - perguntei rindo.
- Posta depois, Larissa.
- Eu queria deixar elas informadas.
- Pode postar sem medo,ele está sem celular - saiu do quarto, indo com a mãe.
Saí do quarto junto com a Michele, minha mãe e uma cerimonialista, fomos para o hall do hotel, onde não tinha ninguém.
- Fica de costas para mostrar apenas o detalhe de trás.
Assim fiz, deixando a Michele tomar conta da minha rede social e postar o que ela quisesse durante a cerimônia. O instagram do Luan estava cheio de fotos e vídeo dele, que a equipe também postava.
- Cuidado no que vai postar, sua maluca.
- Vou postar que você desistiu - falou dando gargalhadas.
Ela postou a foto que tinha tirado de mim e me deixou emocionada com a legenda que tinha colocado.
Oi, aqui é a Michele Orniéski. Estou lindo ali casar a minha amiga, a minha melhor amiga, que sonhou tanto com esse momento. Sonhou em encontrar o amor da vida dela, sonhou em encontrar o homem ideal para ser o pai do seus filhos, ser o seu grande amigo e viver um felizes para sempre. E que engraçado esse destino, ela vai casar com o ídolo dela. Há cinco anos atrás, coincidentemente nesta data, 15 de outubro, estávamos indo em buscar do nosso abraço, íamos para o show do Luan, para receber pelo menos um aceno de longe e assim voltar para casa sorrindo feito uma boba e satisfeita de ter viajado quilômetros. Hoje, você recebe vários abraços, sincero, com tanto amor e sinceridade ( e até eu ganho esse abraço também, sem ciúmes hihihi). Hoje você ganha beijos, carinhos, olho no olho, sorrisos, aperto de mão, mãos dadas, dormem juntos, acordam juntos, tomam café juntos, conversam de madrugada, fazem tantas coisas juntas, tudo isso sem ter que viajar quilômetros. E como estou feliz por você, minha amiga. Feliz por você ter encontrado no seu ídolo o homem ideal para viver ao seu lado o resto da sua vida e cuidar do seu filho Henry ( que estar a cara dele ) e de outros filhos que virão. E como eu estou feliz, amiga. Feliz por ele ter encontrado em você, uma fã, a mulher ideal para viver ao lado dele o resto da vida, ser a mãe dos filhos dele. Desejo que você seja MUITO feliz, como já é ao lado dele e como ele já é ao seu lado. Que sejam felizes !!
Li tudo aquilo e ao terminar abracei a minha amiga, controlando para não chorar, passou tantas lembranças em minha cabeça.
- Sem chorar ! Vamos casar ?
- Vamos ! - respirei fundo e caminhei até a porta do hotel.
O meu pai já estava a minha espera, todo elegante de terno, segurou a minha mão e naquele instante as minhas pernas ficaram bambas, um frio na barriga, um nervoso, deixando a minha mão totalmente suada.
- O que foi pai ? - perguntei ao ver seu sorriso que estava se desfazendo.
- Nada, minha filha.
- Você está lindo.
- E você maravilhosa.
- O senhor está satisfeito com o genro que escolhi ?
- Luan sempre te fez feliz e está cumprindo o que me prometeu quando te pediu em namoro e fico aliviado por isso. Entregarei a sua mão para ele, sabendo que você será bem cuidada.
- Então vamos ?
- Estou pronto !
A cerimonialista foi nos mostrando um caminho de flores, seguiríamos até chegarmos no tão esperado lugar. Demos alguns passos, saindo de trás de uma árvore enorme que tirava a nossa visão do que local da cerimônia. E ao aparecer, vi todas aquelas pessoas em pé, todas elas seriam testemunha da nossa comunhão. Meus olhos passaram por todos os convidados, até chegar nele, que estava no altar, sorridente e ao mesmo tempo chorão e lindo. Ah, como ele estava lindo, perfeito, me esperando. A melodia da música ''tudo o que você quiser'' começou a tocar, apenas a melodia, que me levou até ele, flutuando.
Luan, cumprimentou o meu pai, que beijou a minha mão e foi para perto da minha mãe. Ele, beijou a minha testa e eu o olhei sorrindo. Cada um enxugou a lágrima um do outro.
- Você está linda - falou e mordeu os lábios segurando para não chorar.
- Você também, meu amor.
Entrelaçamos as nossas mãos, entreguei o buquê para a minha mãe e ficamos em frente ao Padre, que tirou da bíblia um versículo que nos tocou.
- Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas, havendo línguas, cessarão, havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos. (1 Coríntios 13 ) - o Padre pediu para que nos ajoelhássemos, onde colocaram suas mãos sobre nós e fizeram uma oração. Foi aí que eu e o Luan não aguentamos e choramos de alegria, choramos de felicidade pelo o nosso amor está sendo abençoado por Deus.
- Noivos caríssimos, viestes á Igreja para que o vosso propósito de contrair matrimônio seja firmado com o sagrado selo de Deus. Cristo, vai abençoar o vosso amor conjugal. Ele, que já vos consagrou pelo santo Batismo, vai agora dotar-vos e fortalecer-vos com a graça especial de um novo Sacramento para poderdes assumir o dever de mútua e perpétua fidelidade e as demais obrigações do matrimônio.
Diante da Igreja, vou, pois, interrogar-voz sobre as vossas disposições.
Luan Rafael e Larissa , viestes aqui para celebrar o vosso matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo ?
- Sim - respondemos.
- Vós que seguis o caminho do matrimônio, estais decidido a amar-vos e a respeitar-vos, ao logo de toda a vossa vida ?
- Estamos - sorrimos.
- Estais dispostos a receber amosorosamente os filhos como dom de Deus e educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja ?
- Sim !
- Uma vez que é vosso próposito contrair o santo matrimônio, uni as mãos direitas e manifestais o vosso consentimentos na presença de Deus e da sua Igreja.
Unimos as nossas mãos e olhamos um para o outro. Foi então que entrou um carrinho de bebê, com o nosso filho que segurava uma almofada com nossas alianças, a Bruna empurrava o carrinho.
- Eu, Luan Rafael, recebo-te por minha esposa a ti Larissa, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.
- Eu, Larissa, recebo-te por meu esposo a ti Luan Rafael, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.
O Padre abençoou as nossas alianças e pedia para o Luan ler o que estava escrito em um livrinho, enquanto ele colocava a aliança em meu dedo.
- Larissa, recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo - beijou a minha mão.
- Luan, recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo - também beijei a sua mão.
- Confirme o Senhor, benignamente, o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja, e Se digne enriquecer-vos com a sua bênção. Não separe o homem o que Deus uniu - o Padre convidou os presentes a louvar e ao terminar ele nos abençoou mais uma vez com uma oração para encerrar. - Bendigamos ao Senhor.
- Graças a Deus - todos falaram.
- O noivo pode beijar a noiva
Demos o nosso beijo,o tão esperado beijo do casamento religioso. Saímos tão felizes daquele lugar, com chuvas de arroz, concretizando ainda mais o nosso amor. Seguimos para a recepção, comemorar a nossa felicidade.
Cumprimentamos todos os convidados que viam falar conosco e ainda não tínhamos dado nenhuma palavra um para o outro, guardaríamos o momento. Após cumprimentarmos, fomos tirar foto com a nossa família, com os amigos, deixando tudo registrado. O nosso sorriso não cabia no rosto, todo tempo sorrindo para foto e para tudo o que estava acontecendo naquele dia.
Luan sumiu por alguns instantes, mas logo apareceu com um microfone em uma mão e na outra um papel rabiscado. Ele pediu silêncio a todos, que prontamente fizeram curiosos para saber o que iria acontecer.
- Eu quero fazer os meus votos. Não fazem isso ? - ele olhou para os lados esperando resposta, apertei a sua mão e sorri confirmando. - Posso ler ?
- Pode, meu amor.
- Deixa pra lá, não vou ler isso aqui. Vou dizer tudo o que está guardado aqui dentro do meu coração - todos riram ao vê-lo jogando o papel. - Amor, minha Larissinha, eu quero te dizer que... eu quero estar sempre ao teu lado. E quero que saiba que quando você ficar sem chão, eu vou estar aqui para segurar sua mão. Quando você achar que tudo acabou eu vou estar aqui para te mostrar um novo recomeço, quando chorar, eu vou estar aqui para te fazer sorrir, eu prometi isso não é ? - como uma manteiga derretida eu estava. - Quando achar que não tem ninguém, eu vou estar aqui para te mostrar que mesmo não sendo muito, você me tem. Quando quiser desistir, eu vou estar aqui para te mostrar todos os motivos pelo qual deve continuar. E quando achar que vai morrer... eu vou estar aqui para te mostrar o lado bom da vida, quando tiver medo, vou estar aqui para te proteger e cuidar de você. Não importa o que faça, não importa a distância, não importa as dificuldades, eu sempre vou estar ao seu lado, sempre, meu amor.
Não consegui selar os seus lábios, foi tudo muito rápido, quando ia agradecendo por todo aquele amor por mim, cai em seus braços, em um desmaio. Apagando tudo que estava em minha frente.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
SENTINDO CIÚMES
Já no dia seguinte do nosso casamento cívil, fui surpreendida por um café da manhã delicioso na cama da nossa nova casa, acompanhada do meu marido e do meu filho, comemos algumas frutinhas e brincamos, esquecendo de todos os problemas que estávamos passando.
- Você está feliz ? - Luan me perguntou ao me ver brincar com o nosso filho.
- Eu estou radiante de felicidade, meu amor. Não sabe o quanto eu esperei por isso sabia ? Casar com um homem que me amasse e que eu amasse também - suspirei e ainda com um sorriso nos lábios, passei a mão por seu rosto. - Obrigada, por ter cumprido a promessa do meu pai, de me fazer a mulher mais feliz do mundo. Eu estou sendo !
- Isso me deixa contente. Mas te digo que é você que me faz feliz a cada dia. E eu amo vocês, demais - selou os meus lábios e deu um sorriso bobo - Quando você estiver bem recuperada da cirurgia, qual o lugar que você quer que eu te leve ?
- Para a nossa lua de mel ? - perguntei sorrindo, eu parecia uma namoradinha boba.
- Sim !
- Eu vou escolher um dos lugares mais lindo do planeta, um lugar que você gosta bastante e que me faz gostar também.
- Orlando ? - me perguntou com uma sobrancelha arqueada.
- (risos) Amo quando você me olha assim, com essa sobrancelha arqueada. Mas não é esse lugar, se você adivinhar eu te dou uma coisinha.
- (risos) Assim não vale ! - mordeu os meus lábios e ouvimos um resmungado, olhamos para o Henry e ele fazia uma careta, parecia não gostar da nossa aproximação.
- Com ciúmes, meu amor ? - apartei meu filho em mim e beijei seu rosto, mas ele ainda continuava com a cara emburrada para o pai e resmungado cada vez mais alto.
- (risos) Não acredito, filho. O papai só estava fazendo um carinho na mamãe.
Henry estava com uma careta, mas parecia botar força concentrado no pai, e foi então que entendi que ele não estava emburrado, mas sim fazendo suas necessidades na fralda, por isso tanta concentração. Luan, por não saber ainda, tentava tirar um sorriso do filho, mas ele fazia carinho de choro ao ser interrompido pelo o pai.
- Ele não está com ciúmes, amor - disse rindo e colocando o nosso filho deitadinho na cama. - O Henry está fazendo cocozinho. ÊÊ !!
- E você comemora ? - deu um pulo da cama e eu ri da sua cara assustado.
- Claro ! Isso é sinal de que o meu filho não tem prisão de ventre. Não é, meu amor ? Vamos mostrar para o papai o que ele tem para limpar.
- Eu limpar ?
- Sim, você é o pai. E os papais ajudam as mamães a limpar o bebê.
- Achei que ele estava com ciúmes - procurou uma camisa no guarda-roupa e amarrou em seu rosto, lhe olhei séria. - Ué, o que foi ? Não quero sentir o cheiro disso não.
- É o seu filho, Luan - tentei tirar a camisa do seu rosto.
- Não, Larissa. Se não for do meu jeito, não limpo nada.
- Tudo bem ! Vou ficar aqui observando o seu serviço.
- É fica aí, mesmo. Apenas observando eu vou fazer direitinho, você vai ver.
- (risos) Confio em você. Filho, fica tranquilo a mamãe está aqui - Henry me olhou e deu uma gargalhada. Luan olhou para o filho e beijou a barriga dele.
- Rindo de mim ? Eu sou bom rapaz !
Foi uma manhã divertida. Ensinei para o Luan como fazia e ele conseguiu deixar o Henry todo limpinho outra vez, e se orgulhou. Filmei tudo para ele poder rever aquele momento ao lado do filho.
- Você não contou qual o lugar ... - Luan me seguia pelo o apartamento.
- Pantanal, amor ! Eu quero levar o Henry para conhecer aquele lugar que o pai tanto gosta. A gente passa um repelente no bebê e fica tudo de boa. Topa ?
- (risos) Claro que topo ! A gente leva a família ?
- Sim, o meu pai gosta muito de ir por lá também.
- Que massa, cara ! Vou levar o Henry para pescar, vou ensinar ele direitinho, quando ele estiver grandão já vai saber tudo sobre pesca.
E ali o Luan ficou fazendo planos para quando fossemos para o Pantanal. Sabia o quanto ele gostava daquele lugar, o quanto ele gostava de respirar o vento do Pantanal e ouvir as árvores balançando. Não tinha lugar melhor para levar a nossa família.
(TRÊS DIAS DEPOIS)
Tinha ido acompanhar o Luan em um dos seus shows em Santa Catarina. Enquanto ele estava se apresentando, eu observava o seu público, todos cantando, vibrando, aplaudindo a cada término de música. Passou uma rápida memória de quando eu estava em frente ao palco, com os olhos cheios de lágrimas, tentando chamar atenção dele e quando eu tinha essa atenção, comemorava entre as minhas amigas e ficava toda boba por um sorriso e um beijo ter sido pra mim.
Os meus pensamentos foram interrompidos por um jovem que colocou uma cadeira ao lado da minha, sorriu para mim e eu simpática também sorri para ele. Mas, o jovem parecia que queria algo a mais. E quando eu estava prestando atenção na música do Luan, ele passou a mão por meu braço desnudo, olhei sem graça e tentando entender o que ele queria comigo.
- Algum problema ? - perguntei.
- Você é aquela fonoaudióloga bem conhecida de São Paulo ?
- Eu sou a fonoaudióloga, mas não sei se sou bem conhecida - respondi sorrindo.
- Claro que é bem conhecida - se aproximou de mim e falou comigo perto do meu rosto, já que fazia muito barulho e não entendíamos muito bem o que estava sendo dito.
- Obrigada !
- Você é muito bonita pessoalmente. Quero marcar uma consulta, como faço ?
- É de São Paulo ?
- Não, mas eu vou até lá para me consultar com você.
- Ah ! Isso é uma cantada ? - perguntei diretamente e fazendo cara de poucos amigos. - Se for uma cantada, quero que você olhe para aquele cara ali do palco.
- O Luan Santana ? Você é namorada dele não é ?
- Eu sou casada com ele e amo muito o meu marido. E olha para aquele outro rapaz, que está lá do outro lado dele, aquele moreno alto - apontei para o Wellington. - Viu ?
- Vi ! Vocês são amantes ? - perguntou rindo e ainda com o rosto aproximado.
- Não ! Mas se você se aproximar de mim de novo, eu chamo ele pra você pode comer mato lá fora. Entendeu ? Agora por favor, sai de perto de mim.
- É grossa, ein ?
- Só com que merece. Agora vaza ! - acenei para ele com um sorriso cínico.
O rapaz ficou um pouco ao meu lado e eu percebi os olhares do Luan para mim, com certeza ele viu de longe a nossa conversa. A noite com certeza seria longa, eu teria que contar tudo o que aquele jovem conversou comigo, e conhecendo bem o Luan, não iria gostar muito quando soubesse da história.
Terminando o show, Wellington me levou para o camarim. Fiquei esperando o Luan, que logo chegou com uma cara nada boa, enxugava o seu rosto e tomava água olhando sério para mim.
- Porque me olhe assim ? - perguntei, mas já sabendo o motivo.
- O que aquele cara conversava com você, posso saber ? - perguntou o Luan um pouco alterado, enquanto arrumava o cabelo.
- Não conversamos nada demais. Ele apenas me pediu uma informação sobre a clínica e eu dei essa informação de boa. Calma !
- No seu ouvido ? Ele pediu uma informação bem próximo do seu ouvido ? Da sua boca, não é ? E porque ele não pediu informação ao Roberval que estava perto de você. Tinha que conversar contigo ?
- Ele me pediu uma informação sobre a clínica.
- Pareceu que ele conversava sobre algo a mais. Vai contar, Larissa ? - parou de andar pelo o camarim e me olhou esperando uma resposta.
- Eu não vou contar porque não existiu a conversa que você está idealizando em sua cabeça. Não aconteceu nada demais, vai acreditar em mim ou é difícil ?
- Tudo bem, Larissa.
- Não estou entendendo esse seu ciúmes.
- Vamos !! - ele disse pegando a minha bolsa que estava no sofá o qual eu estava sentada. Levantei, mas passei em sua frente indo direto para a van.
No hotel resolvi contar sobre o atrevimento do rapaz,o que deixou o Luan um pouco nervoso, mas depois pensou que não poderia fazer mais nada, apenas colocar o Wellington ao meu lado quando eu estivesse o acompanhando.
- E você dizendo que não tinha mais nada - disse, passando a mão por meus braços, quando estávamos dentro de uma banheira e eu em sua frente, entre suas pernas.
- Não queria que você ficasse nervoso.
- Não suporto ver um outro cara perto de você... - olhei para o Luan e franzi a testa, o que lhe fez rir. - O que foi ?
- Isso é doentio !
- Não gosto de ver outro cara perto de você, quando eu sinto que ele está com segundas intenções - me apertou em seus braços. - Tenho medo de você me deixar.
- (risos) Não vou te deixar, bobo. Casei com você faz quatro dias, Luan.
- Só tenho medo, amorzinho - beijou o meu rosto.
- Não precisa ter medo. Eu amo só você - beijei as suas mãos.
-
- Você está feliz ? - Luan me perguntou ao me ver brincar com o nosso filho.
- Eu estou radiante de felicidade, meu amor. Não sabe o quanto eu esperei por isso sabia ? Casar com um homem que me amasse e que eu amasse também - suspirei e ainda com um sorriso nos lábios, passei a mão por seu rosto. - Obrigada, por ter cumprido a promessa do meu pai, de me fazer a mulher mais feliz do mundo. Eu estou sendo !
- Isso me deixa contente. Mas te digo que é você que me faz feliz a cada dia. E eu amo vocês, demais - selou os meus lábios e deu um sorriso bobo - Quando você estiver bem recuperada da cirurgia, qual o lugar que você quer que eu te leve ?
- Para a nossa lua de mel ? - perguntei sorrindo, eu parecia uma namoradinha boba.
- Sim !
- Eu vou escolher um dos lugares mais lindo do planeta, um lugar que você gosta bastante e que me faz gostar também.
- Orlando ? - me perguntou com uma sobrancelha arqueada.
- (risos) Amo quando você me olha assim, com essa sobrancelha arqueada. Mas não é esse lugar, se você adivinhar eu te dou uma coisinha.
- (risos) Assim não vale ! - mordeu os meus lábios e ouvimos um resmungado, olhamos para o Henry e ele fazia uma careta, parecia não gostar da nossa aproximação.
- Com ciúmes, meu amor ? - apartei meu filho em mim e beijei seu rosto, mas ele ainda continuava com a cara emburrada para o pai e resmungado cada vez mais alto.
- (risos) Não acredito, filho. O papai só estava fazendo um carinho na mamãe.
Henry estava com uma careta, mas parecia botar força concentrado no pai, e foi então que entendi que ele não estava emburrado, mas sim fazendo suas necessidades na fralda, por isso tanta concentração. Luan, por não saber ainda, tentava tirar um sorriso do filho, mas ele fazia carinho de choro ao ser interrompido pelo o pai.
- Ele não está com ciúmes, amor - disse rindo e colocando o nosso filho deitadinho na cama. - O Henry está fazendo cocozinho. ÊÊ !!
- E você comemora ? - deu um pulo da cama e eu ri da sua cara assustado.
- Claro ! Isso é sinal de que o meu filho não tem prisão de ventre. Não é, meu amor ? Vamos mostrar para o papai o que ele tem para limpar.
- Eu limpar ?
- Sim, você é o pai. E os papais ajudam as mamães a limpar o bebê.
- Achei que ele estava com ciúmes - procurou uma camisa no guarda-roupa e amarrou em seu rosto, lhe olhei séria. - Ué, o que foi ? Não quero sentir o cheiro disso não.
- É o seu filho, Luan - tentei tirar a camisa do seu rosto.
- Não, Larissa. Se não for do meu jeito, não limpo nada.
- Tudo bem ! Vou ficar aqui observando o seu serviço.
- É fica aí, mesmo. Apenas observando eu vou fazer direitinho, você vai ver.
- (risos) Confio em você. Filho, fica tranquilo a mamãe está aqui - Henry me olhou e deu uma gargalhada. Luan olhou para o filho e beijou a barriga dele.
- Rindo de mim ? Eu sou bom rapaz !
Foi uma manhã divertida. Ensinei para o Luan como fazia e ele conseguiu deixar o Henry todo limpinho outra vez, e se orgulhou. Filmei tudo para ele poder rever aquele momento ao lado do filho.
- Você não contou qual o lugar ... - Luan me seguia pelo o apartamento.
- Pantanal, amor ! Eu quero levar o Henry para conhecer aquele lugar que o pai tanto gosta. A gente passa um repelente no bebê e fica tudo de boa. Topa ?
- (risos) Claro que topo ! A gente leva a família ?
- Sim, o meu pai gosta muito de ir por lá também.
- Que massa, cara ! Vou levar o Henry para pescar, vou ensinar ele direitinho, quando ele estiver grandão já vai saber tudo sobre pesca.
E ali o Luan ficou fazendo planos para quando fossemos para o Pantanal. Sabia o quanto ele gostava daquele lugar, o quanto ele gostava de respirar o vento do Pantanal e ouvir as árvores balançando. Não tinha lugar melhor para levar a nossa família.
(TRÊS DIAS DEPOIS)
Tinha ido acompanhar o Luan em um dos seus shows em Santa Catarina. Enquanto ele estava se apresentando, eu observava o seu público, todos cantando, vibrando, aplaudindo a cada término de música. Passou uma rápida memória de quando eu estava em frente ao palco, com os olhos cheios de lágrimas, tentando chamar atenção dele e quando eu tinha essa atenção, comemorava entre as minhas amigas e ficava toda boba por um sorriso e um beijo ter sido pra mim.
Os meus pensamentos foram interrompidos por um jovem que colocou uma cadeira ao lado da minha, sorriu para mim e eu simpática também sorri para ele. Mas, o jovem parecia que queria algo a mais. E quando eu estava prestando atenção na música do Luan, ele passou a mão por meu braço desnudo, olhei sem graça e tentando entender o que ele queria comigo.
- Algum problema ? - perguntei.
- Você é aquela fonoaudióloga bem conhecida de São Paulo ?
- Eu sou a fonoaudióloga, mas não sei se sou bem conhecida - respondi sorrindo.
- Claro que é bem conhecida - se aproximou de mim e falou comigo perto do meu rosto, já que fazia muito barulho e não entendíamos muito bem o que estava sendo dito.
- Obrigada !
- Você é muito bonita pessoalmente. Quero marcar uma consulta, como faço ?
- É de São Paulo ?
- Não, mas eu vou até lá para me consultar com você.
- Ah ! Isso é uma cantada ? - perguntei diretamente e fazendo cara de poucos amigos. - Se for uma cantada, quero que você olhe para aquele cara ali do palco.
- O Luan Santana ? Você é namorada dele não é ?
- Eu sou casada com ele e amo muito o meu marido. E olha para aquele outro rapaz, que está lá do outro lado dele, aquele moreno alto - apontei para o Wellington. - Viu ?
- Vi ! Vocês são amantes ? - perguntou rindo e ainda com o rosto aproximado.
- Não ! Mas se você se aproximar de mim de novo, eu chamo ele pra você pode comer mato lá fora. Entendeu ? Agora por favor, sai de perto de mim.
- É grossa, ein ?
- Só com que merece. Agora vaza ! - acenei para ele com um sorriso cínico.
O rapaz ficou um pouco ao meu lado e eu percebi os olhares do Luan para mim, com certeza ele viu de longe a nossa conversa. A noite com certeza seria longa, eu teria que contar tudo o que aquele jovem conversou comigo, e conhecendo bem o Luan, não iria gostar muito quando soubesse da história.
Terminando o show, Wellington me levou para o camarim. Fiquei esperando o Luan, que logo chegou com uma cara nada boa, enxugava o seu rosto e tomava água olhando sério para mim.
- Porque me olhe assim ? - perguntei, mas já sabendo o motivo.
- O que aquele cara conversava com você, posso saber ? - perguntou o Luan um pouco alterado, enquanto arrumava o cabelo.
- Não conversamos nada demais. Ele apenas me pediu uma informação sobre a clínica e eu dei essa informação de boa. Calma !
- No seu ouvido ? Ele pediu uma informação bem próximo do seu ouvido ? Da sua boca, não é ? E porque ele não pediu informação ao Roberval que estava perto de você. Tinha que conversar contigo ?
- Ele me pediu uma informação sobre a clínica.
- Pareceu que ele conversava sobre algo a mais. Vai contar, Larissa ? - parou de andar pelo o camarim e me olhou esperando uma resposta.
- Eu não vou contar porque não existiu a conversa que você está idealizando em sua cabeça. Não aconteceu nada demais, vai acreditar em mim ou é difícil ?
- Tudo bem, Larissa.
- Não estou entendendo esse seu ciúmes.
- Vamos !! - ele disse pegando a minha bolsa que estava no sofá o qual eu estava sentada. Levantei, mas passei em sua frente indo direto para a van.
No hotel resolvi contar sobre o atrevimento do rapaz,o que deixou o Luan um pouco nervoso, mas depois pensou que não poderia fazer mais nada, apenas colocar o Wellington ao meu lado quando eu estivesse o acompanhando.
- E você dizendo que não tinha mais nada - disse, passando a mão por meus braços, quando estávamos dentro de uma banheira e eu em sua frente, entre suas pernas.
- Não queria que você ficasse nervoso.
- Não suporto ver um outro cara perto de você... - olhei para o Luan e franzi a testa, o que lhe fez rir. - O que foi ?
- Isso é doentio !
- Não gosto de ver outro cara perto de você, quando eu sinto que ele está com segundas intenções - me apertou em seus braços. - Tenho medo de você me deixar.
- (risos) Não vou te deixar, bobo. Casei com você faz quatro dias, Luan.
- Só tenho medo, amorzinho - beijou o meu rosto.
- Não precisa ter medo. Eu amo só você - beijei as suas mãos.
-
sábado, 2 de janeiro de 2016
PRIMEIRO PASSO
Dias antes do casamento civil, a Michele foi até a minha casa com um cabeleireiro que tinha se tornado o nosso amigo, onde deu uma arrumada legal na juba que estava me acompanhando. Também tive a visita da Gabriela para cuidar da minha pele, assim como uma maquiadora mandado por Bruna. Eu estava me sentindo uma rainha, tão bem cuidada pela as pessoas.
(PRIMEIRO PASSO)
O vestido que tinha comprado para aquele dia, estava sobre a cama, todo arrumadinho, ao lado de um buquê de flores lindo e uma cartinha que eu tinha ganho do Luan, ainda não tinha lido, mas como estava sozinha aproveitei o momento.
Cheirei as flores e me bateu uma saudade enorme. Já imaginava como seria quando morássemos juntos, a saudade iria triplicar, mas eu sabia que o nosso amor superaria isso. Li a carta e me desmanchei em lágrimas, eu o amava tanto, amava tudo nele, os seus carinhos, os seus beijos, o seu jeito de arrumar o meu cabelo e me falar algo olhando em meus olhos, amava seus ciúmes, sua preocupação e amava o jeito que ele cuidava do nosso filho, com tanto amor e carinho.
Limpei as lágrimas quando o meu irmão bateu na porta do meu quarto, ele estava todo arrumadinho e me lembrei de quando ele tinha nascido, eu sentia um ciúmes terrível dele e agora eu só sinto orgulho por ele ter crescido e virado um homem maravilhoso. Nunca mais tínhamos tido uma conversa de irmãos e eu precisava de uma conversa como antigamente.
- Senta aqui - disse sorrindo e batendo na cama ao meu lado. Ele sorriu com as mãos no bolso da calça social e sentou-se ao meu lado. - Você está lindo !
- E você nem se arrumou ainda. Quer desistir ?
- Claro que não, eu sempre esperei por isso.
- Casar com o Luan Santana, não é ?
- (risos) Lembrando aqui eu sempre tive esse sonho não é ?
- (risos) É você dizia sempre que iria se casar com ele. O que fez para ele casar com uma chata como você ? Porque cara, você é chata pra caramba.
- Ele não diz isso, tá ? - mandei beijos e sorri.
- Diz sim. Ele fala que você é impulsiva, bem chatinha.
- Ah ! Quer dizer que o Luan fala de mim para você ? - perguntei colocando as mãos na cintura, não acreditando naquela confissão.
- (risos) Eu ligo para o meu cunhado sempre e pergunto como ele está cuidando da minha irmã. O Luan diz isso que você é impulsiva, que é chatinha ás vezes, mas que te ama muito. Se eu sentisse que ele não te amasse tanto, acredite, eu teria destruído esse relacionamento.
- (risos) Nossa ! - apertei o seu ombro sorrindo, mas depois suspirei - Eu encontrei a pessoa certa, meu irmão. No começo eu achei que só seríamos ficantes, que não iria passar disso nunca, mas o tempo foi passando, fui conhecendo os seus jeitos e me apaixonei de verdade por ele.
- Você está feliz ?
- Muito ! Eu tenho um noivo que será marido daqui ... - olhei no celular - Há duas horas. Tenho um filho lindo fruto desse amor e tenho uma família que sempre me apoiou, eu estou extremamente feliz.
- Eu também fico feliz por você está feliz. Mas ... - Lucas segurou a minha mão. - Me promete uma coisa do fundo do seu coração ?
- Prometo !
- Você vai lutar com todas as suas forças contra essa doença. Vai fazer de tudo para continuar com a gente, com o seu filho, com o seu marido, comigo, com a mamãe e o papai e todas as pessoas que te ama. Não vai desistir da sua vida.
Nunca tive conversas serias com o Lucas, sempre comentávamos sobre outras coisas da vida, sobre suas namoradinhas, seu futuro, o meu futuro. Mas aquilo foi forte, ele apertava as minhas mãos e tinha lágrimas nos olhos enquanto falava. Não tive como evitar as minhas lágrimas e chorei em seu abraço.
- Não quero te ver fraca, Larissa. Você é a minha única irmã, a que eu amo demais. Seja forte por nós, faça essa cirurgia, se cuide, mas não desista de viver.
- Claro que não ! Eu não quero desistir de nada. Eu vou lutar até o fim. Mas agora eu quero que você me fale da sua namorada, nunca mais vi os dois juntos, acabaram ?
- Acabamos ! Não deu certo, ela é muito ciumenta.
- (risos) Também né, depois que as fãs do Luan te descobriram você fica todo amostradinho nas redes sociais, mostrando esse corpinho - apertei sua barriga - Que está saradinha por sinal. Nas ruas, quando elas param você fica todo assadinho também.
- (risos) Eu quero curtir agora.
- Curtir né ? Curtir as fãs do Luan ? Fala isso pra ele, aquele lá tem um ciúmes das fãs viu ? Se falar isso ele te quebra no pau - disse rindo.
- Ele não mata uma barata, Larissa.
- Chamando meu noivo de quê ?
- Bichona ! Está casando com uma bichona - ele gargalhou e eu lhe bati.
- Você que pensa que ele é uma bichona. O melhor homem do mundo, ele faz coisas loucas na cama, meu filho, que nem um homem de verdade faz. Ele é muito bichona mesmo, quero essa bichona todos os dias comigo. Quer dizer... terei né ?
- Não quero saber da sua relação sexual, não me interessa.
- Em falar nisso. Você é virgem ainda ? - perguntei rindo e ele me olhou sério. - É ?
- Larissa, a minha conversa acabou com você.
- (risos) Sério, Lucas ? Tudo bem... não vou rir - tentei ficar séria, mas ri em sua cara.
- Não sou sua maluca. Satisfeita ? E se eu fosse ? Qual o problema ?
- Sei lá ! É estranho.
- Vai se arrumar que isso não é casamento de igreja não. Se não chegar na hora, o juiz vai embora e você fica sem casar, viu ? Deixa de conversar besteira. - ele ficou em pé.
- (risos) Tudo bem, maninho. Obrigada por ter vindo aqui conversar comigo, precisava de uma conversa de irmão.
Ele beijou a minha testa e saiu do meu quarto, me deixando sozinha. Tomei um banho relaxante e durante o banho pensei no meu filho, não tinha o visto desde a hora que acordei. Sai do banho e liguei para o Luan, mas não me atendeu, então me vesti e esperei a maquiadora chegar para que eu pudesse ir até o encontro do meu noivo.
Em instantes o meu quarto estava cheio de mulheres, uma estava me maquiando, outra arrumando o meu cabelo. Minha sogra e minha cunhada estavam lindas, com um vestido longo, mas tudo muito simples, como queríamos que fosse.
- Onde se encontra o meu filho ? - perguntei para minha mãe.
- Está com o pai dele desde de manhã.
- O Luan veio aqui e não me acordou ?
- Ele queria fazer um passeio com o Henry.
- E porque ele não me atende ?
- Devem está se divertindo. Fica tranquila, daqui a pouco você irá vê-lo.
Tudo já estava pronto, todos já estavam pronto. Estava na sala da casa dos meus pais, esperando o Luan com o seu pai e o nosso filho. As pessoas o esperavam inquietos e ligavam o tempo todo. Até que em dois minutos ele apareceu todo lindo, todo social, menos de terno e gravata,isso deixaríamos para o dia do casamento religioso.
- Veio aqui e nem me acordou ? - fui até ele que estava todo sorridente cumprimentando os seus amigos.
- Deixei um beijinho em você e sai com o Henry - disse sorrindo e beijando a minha testa. - Como você está ?
- Eu estou bem feliz. Preparado ?
- Preparadíssimo !
- Que bom, vamos ?
- Não antes de tirar uma foto aqui, temos que registrar tudo - disse a Michele, pegando em minha mão e pedindo que eu fizesse uma pose. - Porque vai levar essa bolsa ?
- Sei lá ! Tira logo - disse rindo fazendo uma pose.
- Pronto, está maravilhosa. Agora vamos para o momento lindo do casal.
A foto tinha ficado linda e como eu estava sumida das minhas redes sociais, resolvi postando e agradecendo todo o carinho que as meninas tinham por mim e o respeito que tinham também por meu relacionamento.
Escolhi a Michele e o Luan o Max para serem testemunha no casamento civil. Seguimos para o local que reservamos e lá estava os nossos amigos mais próximos, cumprimentando todos eles apenas com um aceno, pois estávamos em cima da hora e o juiz teria mais outros casamentos naquele dia. Portanto, assim que chegamos nos posicionamos em frente ao juiz, que falou coisas simples, mas que nos tocaram bastante, até porque aquele era o nosso primeiro passo casado, perante a lei após assinarmos aqueles papéis já seríamos casados. E assim aconteceu, assinamos os papéis com os gritos e aplausos das pessoas, já estávamos de aliança, ficamos juntos e fomos fotografados por um fotografo que ali estava.
- Perante a lei, estamos casados, meu amor - Luan disse segurando o meu rosto.
- Estamos casados, meu anjinho - beijei todo o seu rosto.
- (risos) ESTAMOS CASADOS ! - ele gritou e depois me segurou pela a cintura me rodando, mas logo pedi que parasse ou aquilo me levaria para um hospital. - Me desculpa !
- Tudo bem ! - respirei fundo ao sentir uma dor de cabeça bem longe. - Vamos falar com os nossos convidados ?
- Vamos lá ! - ficamos de mãos dadas, fomos até os meus pais que estavam com o meu filho, pegamos ele e saímos falando com todos em cada mesa.
Foi uma reunião pequena entre amigos mais íntimos e familiares, não era nada muito exagerado. Apenas um jantar ali para todos nós, para comemorarmos aquele primeiro passo e já nos sentíamos felizes.E aquele dia para mim foi o mais lindo e especial também, foram tantas declarações que fizemos um para o outro durante a noite toda a qual demos prazer um ao outro, que me fez flutuar, ir ao céu com tanta paixão que eu sentia dentro do meu peito por aquele homem. E eu pedia em pensamento aos céus, que toda aquela felicidade durasse para sempre.
(PRIMEIRO PASSO)
O vestido que tinha comprado para aquele dia, estava sobre a cama, todo arrumadinho, ao lado de um buquê de flores lindo e uma cartinha que eu tinha ganho do Luan, ainda não tinha lido, mas como estava sozinha aproveitei o momento.
Cheirei as flores e me bateu uma saudade enorme. Já imaginava como seria quando morássemos juntos, a saudade iria triplicar, mas eu sabia que o nosso amor superaria isso. Li a carta e me desmanchei em lágrimas, eu o amava tanto, amava tudo nele, os seus carinhos, os seus beijos, o seu jeito de arrumar o meu cabelo e me falar algo olhando em meus olhos, amava seus ciúmes, sua preocupação e amava o jeito que ele cuidava do nosso filho, com tanto amor e carinho.
Limpei as lágrimas quando o meu irmão bateu na porta do meu quarto, ele estava todo arrumadinho e me lembrei de quando ele tinha nascido, eu sentia um ciúmes terrível dele e agora eu só sinto orgulho por ele ter crescido e virado um homem maravilhoso. Nunca mais tínhamos tido uma conversa de irmãos e eu precisava de uma conversa como antigamente.
- Senta aqui - disse sorrindo e batendo na cama ao meu lado. Ele sorriu com as mãos no bolso da calça social e sentou-se ao meu lado. - Você está lindo !
- E você nem se arrumou ainda. Quer desistir ?
- Claro que não, eu sempre esperei por isso.
- Casar com o Luan Santana, não é ?
- (risos) Lembrando aqui eu sempre tive esse sonho não é ?
- (risos) É você dizia sempre que iria se casar com ele. O que fez para ele casar com uma chata como você ? Porque cara, você é chata pra caramba.
- Ele não diz isso, tá ? - mandei beijos e sorri.
- Diz sim. Ele fala que você é impulsiva, bem chatinha.
- Ah ! Quer dizer que o Luan fala de mim para você ? - perguntei colocando as mãos na cintura, não acreditando naquela confissão.
- (risos) Eu ligo para o meu cunhado sempre e pergunto como ele está cuidando da minha irmã. O Luan diz isso que você é impulsiva, que é chatinha ás vezes, mas que te ama muito. Se eu sentisse que ele não te amasse tanto, acredite, eu teria destruído esse relacionamento.
- (risos) Nossa ! - apertei o seu ombro sorrindo, mas depois suspirei - Eu encontrei a pessoa certa, meu irmão. No começo eu achei que só seríamos ficantes, que não iria passar disso nunca, mas o tempo foi passando, fui conhecendo os seus jeitos e me apaixonei de verdade por ele.
- Você está feliz ?
- Muito ! Eu tenho um noivo que será marido daqui ... - olhei no celular - Há duas horas. Tenho um filho lindo fruto desse amor e tenho uma família que sempre me apoiou, eu estou extremamente feliz.
- Eu também fico feliz por você está feliz. Mas ... - Lucas segurou a minha mão. - Me promete uma coisa do fundo do seu coração ?
- Prometo !
- Você vai lutar com todas as suas forças contra essa doença. Vai fazer de tudo para continuar com a gente, com o seu filho, com o seu marido, comigo, com a mamãe e o papai e todas as pessoas que te ama. Não vai desistir da sua vida.
Nunca tive conversas serias com o Lucas, sempre comentávamos sobre outras coisas da vida, sobre suas namoradinhas, seu futuro, o meu futuro. Mas aquilo foi forte, ele apertava as minhas mãos e tinha lágrimas nos olhos enquanto falava. Não tive como evitar as minhas lágrimas e chorei em seu abraço.
- Não quero te ver fraca, Larissa. Você é a minha única irmã, a que eu amo demais. Seja forte por nós, faça essa cirurgia, se cuide, mas não desista de viver.
- Claro que não ! Eu não quero desistir de nada. Eu vou lutar até o fim. Mas agora eu quero que você me fale da sua namorada, nunca mais vi os dois juntos, acabaram ?
- Acabamos ! Não deu certo, ela é muito ciumenta.
- (risos) Também né, depois que as fãs do Luan te descobriram você fica todo amostradinho nas redes sociais, mostrando esse corpinho - apertei sua barriga - Que está saradinha por sinal. Nas ruas, quando elas param você fica todo assadinho também.
- (risos) Eu quero curtir agora.
- Curtir né ? Curtir as fãs do Luan ? Fala isso pra ele, aquele lá tem um ciúmes das fãs viu ? Se falar isso ele te quebra no pau - disse rindo.
- Ele não mata uma barata, Larissa.
- Chamando meu noivo de quê ?
- Bichona ! Está casando com uma bichona - ele gargalhou e eu lhe bati.
- Você que pensa que ele é uma bichona. O melhor homem do mundo, ele faz coisas loucas na cama, meu filho, que nem um homem de verdade faz. Ele é muito bichona mesmo, quero essa bichona todos os dias comigo. Quer dizer... terei né ?
- Não quero saber da sua relação sexual, não me interessa.
- Em falar nisso. Você é virgem ainda ? - perguntei rindo e ele me olhou sério. - É ?
- Larissa, a minha conversa acabou com você.
- (risos) Sério, Lucas ? Tudo bem... não vou rir - tentei ficar séria, mas ri em sua cara.
- Não sou sua maluca. Satisfeita ? E se eu fosse ? Qual o problema ?
- Sei lá ! É estranho.
- Vai se arrumar que isso não é casamento de igreja não. Se não chegar na hora, o juiz vai embora e você fica sem casar, viu ? Deixa de conversar besteira. - ele ficou em pé.
- (risos) Tudo bem, maninho. Obrigada por ter vindo aqui conversar comigo, precisava de uma conversa de irmão.
Ele beijou a minha testa e saiu do meu quarto, me deixando sozinha. Tomei um banho relaxante e durante o banho pensei no meu filho, não tinha o visto desde a hora que acordei. Sai do banho e liguei para o Luan, mas não me atendeu, então me vesti e esperei a maquiadora chegar para que eu pudesse ir até o encontro do meu noivo.
Em instantes o meu quarto estava cheio de mulheres, uma estava me maquiando, outra arrumando o meu cabelo. Minha sogra e minha cunhada estavam lindas, com um vestido longo, mas tudo muito simples, como queríamos que fosse.
- Onde se encontra o meu filho ? - perguntei para minha mãe.
- Está com o pai dele desde de manhã.
- O Luan veio aqui e não me acordou ?
- Ele queria fazer um passeio com o Henry.
- E porque ele não me atende ?
- Devem está se divertindo. Fica tranquila, daqui a pouco você irá vê-lo.
Tudo já estava pronto, todos já estavam pronto. Estava na sala da casa dos meus pais, esperando o Luan com o seu pai e o nosso filho. As pessoas o esperavam inquietos e ligavam o tempo todo. Até que em dois minutos ele apareceu todo lindo, todo social, menos de terno e gravata,isso deixaríamos para o dia do casamento religioso.
- Veio aqui e nem me acordou ? - fui até ele que estava todo sorridente cumprimentando os seus amigos.
- Deixei um beijinho em você e sai com o Henry - disse sorrindo e beijando a minha testa. - Como você está ?
- Eu estou bem feliz. Preparado ?
- Preparadíssimo !
- Que bom, vamos ?
- Não antes de tirar uma foto aqui, temos que registrar tudo - disse a Michele, pegando em minha mão e pedindo que eu fizesse uma pose. - Porque vai levar essa bolsa ?
- Sei lá ! Tira logo - disse rindo fazendo uma pose.
- Pronto, está maravilhosa. Agora vamos para o momento lindo do casal.
A foto tinha ficado linda e como eu estava sumida das minhas redes sociais, resolvi postando e agradecendo todo o carinho que as meninas tinham por mim e o respeito que tinham também por meu relacionamento.
Eu quero agradecer por todo o carinho que vocês tem comigo e com a minha família, o respeito que tem com o meu relacionamento, é incrível, só mensagens positivas. Hoje, quero dividir com vocês a minha grande alegria. Irei casar com a pessoa a qual Deus colocou ao meu lado, para cuidar de mim, me proteger e me fazer sentir amada. Obrigada meu amor, @luansantana, por me fazer a mulher mais feliz do mundo, eu sou eternamente apaixonada por ti, te amo ♥♥♥♥ O casamento civil está nos esperando !! Um beijo á todos, já volto para contar mais.
Escolhi a Michele e o Luan o Max para serem testemunha no casamento civil. Seguimos para o local que reservamos e lá estava os nossos amigos mais próximos, cumprimentando todos eles apenas com um aceno, pois estávamos em cima da hora e o juiz teria mais outros casamentos naquele dia. Portanto, assim que chegamos nos posicionamos em frente ao juiz, que falou coisas simples, mas que nos tocaram bastante, até porque aquele era o nosso primeiro passo casado, perante a lei após assinarmos aqueles papéis já seríamos casados. E assim aconteceu, assinamos os papéis com os gritos e aplausos das pessoas, já estávamos de aliança, ficamos juntos e fomos fotografados por um fotografo que ali estava.
- Perante a lei, estamos casados, meu amor - Luan disse segurando o meu rosto.
- Estamos casados, meu anjinho - beijei todo o seu rosto.
- (risos) ESTAMOS CASADOS ! - ele gritou e depois me segurou pela a cintura me rodando, mas logo pedi que parasse ou aquilo me levaria para um hospital. - Me desculpa !
- Tudo bem ! - respirei fundo ao sentir uma dor de cabeça bem longe. - Vamos falar com os nossos convidados ?
- Vamos lá ! - ficamos de mãos dadas, fomos até os meus pais que estavam com o meu filho, pegamos ele e saímos falando com todos em cada mesa.
Foi uma reunião pequena entre amigos mais íntimos e familiares, não era nada muito exagerado. Apenas um jantar ali para todos nós, para comemorarmos aquele primeiro passo e já nos sentíamos felizes.E aquele dia para mim foi o mais lindo e especial também, foram tantas declarações que fizemos um para o outro durante a noite toda a qual demos prazer um ao outro, que me fez flutuar, ir ao céu com tanta paixão que eu sentia dentro do meu peito por aquele homem. E eu pedia em pensamento aos céus, que toda aquela felicidade durasse para sempre.
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