quinta-feira, 1 de outubro de 2015

PREPARATIVOS

Acordei no dia seguinte com a Larissa se mexendo de um lado para o outro. Abri os olhos preocupado e lhe balancei um pouco para que acordasse. Foi então que sentou-se de imediato, colocava as mãos em seus seios e reclamava de dor.
- O que houve ? - perguntei passando minha mãe em suas costas nua.
- Vamos para casa ! Já é a hora do Henry mamar e os meus seios estão cheios.
- Vamos ! - meu celular tocou e era a minha mãe - Oi mãe... Já estamos indo... A Larissa sabe, aliás está sentindo dores... Beleza... Beijos.
- O que aconteceu ? - me perguntou.
- Ela disse que você iria sentir dores nos seios. O Henry está chorando muito com fome e já é a hora do mamar dele.
- Disso eu sei que é a hora. Vamos ! Você veio de carro ? - perguntou se levantando da cama e indo até a uma bolsa que tinha ali. Larissa estava tão apressada, que esqueceu da timidez e foi até a sua bolsa como veio ao mundo. Eu a conhecia, depois dos nossos momentos ela se cobria e ficava toda envergonhada.
Enquanto a observava, coloquei uma roupa que a Larissa tinha separado para mim. Nos vestimos e saímos do quarto deixando tudo bagunçado. Já no corredor ela pareceu lembrar de algo e gritou me deixando assustado.
- VOLTA ! - voltamos as pressas para o quarto. Achei graça quando a vi pegando na cabeceira, o que deixamos na noite passada. Foi até o banheiro e saiu sorrindo - Você é porco. Como não lembrou daquilo ?
- (risos) Você me deixou tão cansado, que eu acabei sentindo preguiça de jogar e acabei deixando ali mesmo. Prometo que na próxima eu jogo.


Chegamos apressados no hall do hotel, mas existia algumas pessoas me esperando para uma foto. Cumprimentei alguns e tirei foto com outro. Quanto mais pessoas eu tirava foto, mais pessoas aparecia. A Larissa impaciente com toda aquelas pessoas em cima de mim e também impaciente com as suas dores, entrou no meio delas e segurou a minha mão.
- Gente, eu não estou bem. E eu preciso do Luan. Vamos, amor !
Saiu me puxando para o carro, enquanto eu ria de sua loucura.
- Você não deveria ter feito isso, vão te chamar de chata - disse rindo, dando partida no carro.
- Queria que eu ficasse ali com os meus seios cheios de leite, doendo muito e o seu filho morrendo de fome ?  - perguntou, mostrando está um pouco alterada.
- Calma, falei brincando.
- Eu sei !
- Poderia ter pedido licença, desculpa. Saiu me puxando, ninguém entendeu nada.
- Você vai brigar comigo, mesmo ?
- (risos) Não estou brigando com você, Lari.
Durante o caminho a minha mãe me ligou algumas vezes. A Larissa já estava com a blusa manchada. Ao chegarmos na minha casa, ela correu para amamentar o nosso filho, fazia caras e bocas e segurava em minha mão, enquanto o Henry matava  a sua fome.
- E aí pombinhos, como foi a noite de vocês ? - perguntou a minha irmã, sentando ao lado da minha futura esposa.
- Você quer saber mesmo como foi ? - perguntei rindo e fui repreendido por minha mãe que me jogou uma almofada no rosto.
- Foi lindo gente, olha - Larissa mostrou a aliança para elas. - Somos noivos agora !
- Que lindo ! Meus parabéns, quero que saia logo o casamento - disse minha mãe.
- Iremos começar com os preparativos amanhã, quero casar logo - olhei para a Larissa que estava assustada com o que eu tinha acabado de dizer.
- Você não comentou sobre isso comigo. Fala sério ?
- Claro, uai ! Já esperamos demais. Mas uma das primeiras coisas é uma casa. Até porque quem casa quer casa, já ouviram isso ? - minha mãe estava com as mãos perto do peito e os olhos marejados.
- Eu sempre sonhei em ver os meus filhos casando. Vai ser tudo muito lindo.
- (risos) Dona Marizete e a Dona Laura vão inundar aquela igreja - falou minha irmã
- Ou outro lugar, não é ? Penso em me casar em um lugar aberto, sem ser igreja.
- Fomos feitos um para o outro, temos os mesmo desejos, mesmo pensamentos. Gente, eu vou acabar morrendo de paixão assim - me aproximei dela para lhe dá um beijo e nesse mesmo instante o Henry parou de mamar e soltou um chorinho.
- Ciúmes da mamãe ? -  me ajoelhei na frente da Larissa e beijei o rosto do meu filho que soltou um gritinho, era como se ele estivesse brigando comigo. - Eu dou beijo na mamãe,ela também é minha.
- Vai ficar um pouco com o seu papai, enquanto a mamãe vai trocar essa roupa.
- Me dá ele aqui, que eu vou brincar um pouquinho com o bebê do papai.
- Luan, ele acabou de ser amamentado não vai balançar o Henry.

Enquanto a Larissa trocava de roupa, fiquei com o meu filho passeando pela a casa. O Puff o tempo todo latia fazendo o Henry se assustar e abrir o maior berro, coitado ainda não era acostumado com um bebê em casa, até porque ele via o Henry pouco demais.
Os dois passaram o dia em minha casa com a minha mãe e a Bruna, já eu tinha que  resolver alguns compromissos no escritório, assinar papéis e deixar tudo pronto para a minha grande turnê. Na volta para casa pedi que o meu pai me acompanhasse para ver algumas casas no condomínio mesmo, eu já estava empolgado com esse assunto de casamento. E eu que pensei que não iria me casar tão cedo, que não iria encontrar a mulher da minha vida. Tudo estava mudado, os caminhos tomaram rumos diferentes e eu estava encantado com tudo aquilo e mais apaixonado pela mulher que escolhi para viver ao meu lado.

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