terça-feira, 10 de novembro de 2015

IMPACIENTE

Me levantei furiosa e fui até eles, claro que a minha mãe me acompanhou. Parei ao lado deles e cruzei os braços, o Luan fez um sinal de silêncio e mostrou o Henry que estava adormecendo em seus braços.

- Garota, você não se toca ? - perguntei ainda mais impaciente.
- Você que não se toca. Quer dizer, você que não tem controle. Está possessiva.
- É claro, você fica tentando se esfregar no meu noivo. Como queria que eu ficasse ?
- Larissa, vem ! - Luan segurou o meu braço, mas o soltei. - Vai querer ficar aqui discutindo ?
- Eu vou matar essa menina. Já falei tantas vezes para ela ficar longe de vocês - me virei para ela - Faça o favor ...  - coloquei o meu indicador próximo do rosto dela - De sair de perto da minha família e principalmente do meu filho, ou se não eu te mato.
- Isso é uma ameaça ? Olha que eu posso ir em uma delegacia próxima aqui e fazer um B.O contra você.
- Faça !
- Larissa, para com isso - disse a minha mãe autoritaria. - Eu estou falando com você e vai me obedecer. Vamos AGORA !
- Luan já correu ? - olhei para os lados e depois para a Carol. - Está avisado. Na próxima eu acabo com você.

    Dei as costas e fui procurar o Luan, com a minha mãe me dando muitas broncas, aquilo tudo estava me enchendo. Parei de andar e olhei para a minha mãe.

- Mãe, você poderia ficar do meu lado ? Eu fiz isso porque eu não aguento mais a inveja dessa mulher. Se o Luan não quis ela, eu não posso fazer nada. A Carol deveria aceitar isso.
- Você ameaçou ela, Larissa. Se ela vai na delegacia não vai ser bom para você e muito menos para o Luan que tem uma imagem pública. Poderia parar de pensar só em você e pensar no seu noivo, não sabe o quanto é ruim pra ele uma notícia ruim.
- Acha mesmo que ela vai me denunciar por isso, mãe ? - perguntei andando até o Luan que estava em uma espreguiçadeira debaixo de um coqueiro, com o Henry em seu peito.
- Acho !
- Vou conversar com o Luan.
- Depois,Larissa. Deixa ele com o Henry sossegado. Vamos dá uma volta, você precisa relaxar. Vai acabar tendo um treco.

   Minha mãe me levou para perto dos meus sogros e do meu pai. Fiquei envergonhada ao ver os olhares do Amarildo e da Marizete.
- Está mais calma ? - perguntou a Marizete, colocando seus óculos escuro.
- Não consigo !
- Como você é boba, Larissa. O Luan só tem olhos para você e o Henry. Não passe insegurança para ele.
- Ele já aprontou comigo uma vez, Marizete. Eu tenho medo de que aconteça novamente.
- Se o Luan voltou com você, é porque se arrependeu do que fez e o maior de tudo. Ele te ama. Não acabe com seus relacionamento assim. Eu quero vê-los casados, apesar de serem tão jovens.
- Vou conversar com ele.
- Filha, agora não. O Luan está com o Henry sossegado, daqui a pouco vocês conversam.
- É Larissa, daqui a pouco eu pego o Henry para dá uma voltinha e vocês conversam tranquilo.

    Pela tarde almoçamos em paz. Todos juntos, sem ninguém nos tirando a paciência, ou me tirando a paciência. Após o almoço eu conversaria com o Luan e perguntaria o que estavam conversando, apesar que conhecendo ele, não iria me dizer o que estavam conversando, ou diria.

   Passei meu almoço inteiro olhando para o Luan e olhando para o meu filho que estava ao seu lado. Esse tinha um grande amor pelo o pai, se eu fosse embora da vida dele, nem sentiria a minha falta, mas óbvio que a possibilidade de deixar o meu pequeno, não estava cogitado.

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