quinta-feira, 18 de junho de 2015

TROLADOS

    Era dia de uma consulta especial. A mais especial de todas !
    O dia que iriamos saber o sexo do nosso bebê, o Luan estava mais ansioso que eu, me ligava o tempo todo, perguntando se já estava na hora de irmos ao consultório. Eu sempre tentava lhe acalmar, mas não consegui, ele acabou chegando na casa dos meus pais ( onde eu estava passando um tempo ), ficou conversando com a minha mãe sobre a minha gravidez. Até ela o assustar.
    Eu tinha passado mal na noite anterior, umas tonturas, enjoos, mas não comentei com o Luan sobre o que tinha acontecido, o que lhe deixou um pouco furioso.
- Escondendo as coisas de mim ?
- Não achei necessário te avisar, até porque foi coisa bem rápida.
- Não achou necessário, Larissa ? Sou seu namorado, você está grávida. Tem que me avisar de tudo. Quer me matar do coração ?
- Não, amor. Sem exageros. Foi coisa bem rápida, mesmo.
- Obrigado por me informar, Dona Laura. Se depender da Larissa eu não sei de nada o que acontece com ela.
- Pensei que a Lari tinha lhe avisado.
- Ah ! Dona Laura, a senhora não iria me avisar ?
- Eu tenho um genro exagerado mesmo - ri do comentário da minha mãe.

    Depois de tantas conversas, me arrumei, colocando uma leg preta e uma batinha branca. A barriga estava aparente, não muito, mas olhando bem já percebiam que eu estava grávida, já que antes algumas pessoas desconfiavam.
    O doutor como sempre muito simpático, humorado, nos recebeu em seu consultório, o Luan bombardeou o doutor com suas perguntas, sobre os meus enjoos e sobre o probleminha que eu estava antes.
    Fomos para a parte mais importante da consulta. Me preparei em uma maca, levantando a minha bata e deixando a minha barriguinha de fora. O Luan filmava tudo em seu celular, todo bobo e emocionado. Eu via em seus olhos marejados, o quanto ele estava feliz por aquele momento.
    - Estão ansiosos ? - pergunto o doutor.
    - O senhor não sabe o quanto estamos ansiosos - respondeu o Luan.
    O doutor estava fazendo todo o enxame em silêncio. Ouvimos batidas na porta e ele pediu para entrar. Deixando eu e o Luan surpresos com a presença da minha sogra e da minha mãe, acompanhada de Bruna e Michelle.
- Estavamos esperando por vocês - disse o Dr. Roberto
- Uai, vocês estão aprontando o que ? - perguntei
- Surpresa ! Já fez o exame, doutor ?
- Começamos agora.
- O que está acontecendo aqui é que vocês não vão saber qual é o sexo do bebê.
- Como assim, Bruna ? - Luan olhou para a irmã com um olhar raivoso.
- Isso mesmo ! Não vão saber hoje.

    Sem entender nada, saímos do consultório sem saber o sexo do bebê. Mas a minha mãe, Dona Marizete, Bruna e Michelle já sabiam o sexo do nosso filho.
    - Estou revoltado ! - Luan disse dentro do carro na volta para casa.
    - (risos) Acho que estão preparando uma coisa linda.
    - Eu queria saber o sexo, poxa.
    - Eu também. Mas vamos esperar o que vai acontecer.
    - Vai lá pra casa ?
    - Não sei ! Estou com fome, tem algo gostoso pra comer lá ?
    - Eu - disse rindo.
    - (risos) Isso eu não como, eu faço outras coisinhas -  mordi a bochecha dele.
    - Louco pra você fazer outra coisinha - me lançou um olhar safado.
    - Então vamos para o meu apartamento ?
    - Você quem manda !
Partimos para o meu apartamento, ao chegarmos fui direto para o banheiro estava apertada. Enquanto isso, o Luan ia tirando o seu tênis e se jogando no sofá, ligando a TV.
    Terminei a minha higiene e fui para um banho quente e relaxante. Foi então que senti o primeiro chute do meu filho ou da minha filha. Sim, era a primeira vez que sentia o chute do meu bebê. O médico afirmou que era normal, que eu poderia não senti-lo, mas que ele estava ali, muito saudável e seguro. Ah, ele estava !
      Assustada e emocionada por sentir o bebê se mexer, desliguei o chuveiro, coloquei um roupão e sai em direção a sala, o Luan estava com um boné no rosto, provavelmente tinha pego no sono. Mas eu tinha que contar, o que acabou de acontecer.
    - Amor ! - balancei ele de um lado para o outro.
    - Oi ? - tirou o boné do rosto
    - Eu senti ...
    - Sentiu o que, amor ?
     - O bebê, amor - os meus olhos já marejados, fez com que o Luan se assustasse.
    - O que, Larissa ? Sentiu alguma dor ? O que foi ? Vai nascer ?
    - (risos) Não bobo ! Ele mexeu, eu senti.
    - Mexeu ? - Luan sentou-se no sofá, com os olhos arregalados.
    - Sim ! Coloca a mão aqui, ele não mexe mais. Mas eu sei que vai mexer ...
    - Para de brincadeira, cara.
     - Põe ! - peguei a mão do Luan e coloquei sobre a minha pequena barriga.
Sentei ao seu lado no sofá, mas o nosso bebê não mexeu.
    - Ele não gosta de mim - o pai mais babão fez um bico.
    - Claro que gosta de você. Ele só quer ficar quietinho.
    - Será que é ele mesmo, amor ? - me perguntou
    - Vai saber, Lu. Mas o que vim, pode ter certeza que será tão amado.
    - Verdade ! Vou cuidar tanto, vou dá o melhor de mim para essa criança
    - Você vai ser o melhor pai do mundo inteiro
    - E você a mãe, mais linda, mais cuidadosa, mais tudo - me olhou nos olhos, passou a mão em meu rosto e depois beijou o meu nariz.
    - Obrigada por ter me dado esse presente, viu ? Claro, primeiramente a Deus. Segundo você que plantou a sementinha aqui, mesmo sem querer - sorri para ele.
    - (risos) Mesmo sem querer, querendo. Eu quem te agradeço por ter topado carregar um herdeiro ou herdeira, no seu ventre. Sentir tantas coisas, arriscar a vida, para colocá-lo no mundo.
    Não queria falar nada depois do que ele me disse. O meu beijo já falou o que eu poderia ter dito. Foi um beijo com tanta paixão, com tanto amor, como sempre era dado. Posso confessar que somos apaixonados um pelo o outro. A nossa relação era saudável, um respeitava o outro, um amava o outro.
    - O seu beijo é o melhor - ele sussurrou em meu ouvido, abaixando uma parte do meu roupão, deixando o meu ombro nu a mostra.
Tirei a camisa do Luan e lhe ajudei com a calça, por fim, fomos para o meu quarto, onde nos embriagamos de amor, sussurrando palavras apaixonadas, gemendo de amor, de satisfação, de prazer. Ele era o meu homem e eu sua mulher, de corpo e alma.
    Confiava de olhos fechados no meu namorado e me entregava totalmente para ele nesses momentos. Era tão delicado, cuidadoso, preocupado, me deixando ainda mais encantada e apaixonada.

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