sábado, 27 de junho de 2015

MENINO OU MENINA ?

O Luan me contou que assim que chegou em casa, depois de sair do meu apartamento, tentou de todas as maneiras fazer com que a Bruna e a Marizete falassem o sexo do nosso bebê. Mas foi em vão, elas apenas diziam que iria fazer uma surpresa para nós, porque merecíamos. E a ansiedade só aumentava.
    Em um dia normal, sem shows, sem nenhuma agitação. Acompanhei o Luan até o escritório, ele iria assinar alguns papeis para sua publicidade e logo depois iríamos para a casa sua casa, estavam preparando um churrasco. Os meus pais e o meu irmão, já estavam por lá, ajudando a Marizete e a Bruna nos preparativos, já que o Amarildo também nos acompanhou até o escritório. O celular do Luan tocou e ele me olhou estranho.
    - Sua mãe ! - falou para mim e logo atendeu. - Oi Dona Laura !
Tentava ouvir o que estavam conversando, mas foi em vão. Não deu para escutar muito. Ele ria de algo que a minha mãe falava, o que me deixava ainda mais curiosa. Assim que ele desligou, lhe enchi de perguntas.
    - Estão preparando uma festa para sabermos o sexo do nosso bebê - ele dizia sorridente, os seus olhos brilhavam.
    - Sério ? Era isso que elas estavam escondendo ? - perguntei rindo.
    - Era isso. Você sabia pai ? - Luan olhou para o seu pai que estava sorrindo e assinando uns papeis.
    - Sabia ! E sei o sexo do filho de você.
    - Filho ? É um menino ?
    - Do bebê de vocês. Não me coloquem na parede, eu não vou estragar a surpresa, elas     me matam se eu contar alguma coisa.
    - Poxa, pai !
    - Assina aqui, Luan.
Tentamos arrancar alguma informação do Amarildo, mas ele não deu nenhuma dica. Assim que o Luan terminou de assinar os papeis, seguimos ansiosos para sua casa. Ficamos surpresos ao chegarmos por ali, naquela enorme porta tinha um quadro: ''Um bebê está chegando '', não tinha cor nenhuma, assim poderia nos informar se era menino ou menina.
    Assim que entramos na casa todos gritaram ''Surpresa'' que na verdade não era mais uma surpresa aquela festa, a decoração era rosa e azul, nos deixando uma dúvida:
- Gêmeos, amor ? - perguntou o Luan sorrindo.
- Não ! Se fosse já teria aparecido.
- Porque duas cores ?
- Luan, é pra ficar um suspense. Vamos saber em breve.
- Vamos saber não, vocês já sabem. Eu e a Larissa que vamos saber - disse o Luan fazendo graça. Ele foi cumprimentando as pessoas que estavam ali presentes. Os nossos amigos, familiares, algumas pessoas da produção e banda que puderam estar presente.
- Cara ! Parabéns mais uma feliz por essa criança que está vindo, muitas bênção - Escandurras como era conhecido, apertou a mão do Luan e o abraçou após falar aquilo.
- Obrigado, cara. Vai ser uma companhia pro seu Davi.
- É verdade ! Trago em breve para vocês conhecerem.
- Queremos conhecer mesmo - disse para o Escandurras.

    Enquanto não sabíamos o sexo do nosso bebê, ficamos conversando com todos que estavam presente, mas em alguns momentos íamos na mesa para tentar descobrir o sexo. A Bruna nos disse que o sexo seria descoberto assim que o bolo fosse cortado, o Luan por muitas vezes tentou colocar o dedo dentro do bolo para descobri antes de cortar. Mas alguém sempre nos via perto da mesa e ia correndo nos tirar.
    Já estávamos cansados de tanto esperar, pedi a minha mãe que conversasse com a Marizete, pois eu já não estava aguentando. As duas conversaram e decidiram que era a hora, todos foram chamados para o lugar onde fazia o churrasco e onde estava o bolo e toda uma decoração fofinha.
- Oi gente ! - falou a Marizete um pouco tímida. - Reunimos vocês aqui, os amigos mais próximo do meu filho e da minha nora. Para que vocês pudessem saber em primeiro mão, o sexo dessa criança que está vindo para alegrar a nossa casa, as nossas vidas.
- Já pode começar a dizer se é menino ou menina, mãe - disse o meu namorado
- (risos) Calma, vamos saber. Já sabem o nome ?
- Se for menino vai ser o que, amor ? - perguntei para o Luan.
- Uai, não sei. Se for menina vai ser o que ?
- Estava pensando em Alícia.
- Lindo o nome, pode deixar esse - disse a minha mãe, já tinha comentado com ela, mas ainda não tinha falado para o Luan sobre esse nome.
- É melhor discutirem um nome primeiro, depois sabemos o sexo.
- NÃO ! - falamos juntos.
- Se for menino vai se chamar, Lucas.
- Lucas e Alícia ?
- ISSO !
- Venham !
     Nos entregaram uma faca para que cortássemos o bolo. Seguramos juntos a face e fomos direto para o bolo, cortando devagar, para ter ainda mais um pouco de suspense.
    Não chegamos a cortar o bolo direito e já vimos que dentro a massa era azul. Indicando que o bebê que estava vindo era menino. O Luan não conteve as lágrimas, me abraçou e chorou em meu ombro. Eu sabia que o seu sonho era ter um menino e aquilo estava sendo realizado. Vendo ele daquele jeito, chorei junto, em um abraço apertado que demos.
- Menino ? - perguntou o meu pai, o Luan se afastou de mim, limpou as lágrimas e confirmou com a cabeça. Fazendo o meu pai gritar de felicidade.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

TROLADOS

    Era dia de uma consulta especial. A mais especial de todas !
    O dia que iriamos saber o sexo do nosso bebê, o Luan estava mais ansioso que eu, me ligava o tempo todo, perguntando se já estava na hora de irmos ao consultório. Eu sempre tentava lhe acalmar, mas não consegui, ele acabou chegando na casa dos meus pais ( onde eu estava passando um tempo ), ficou conversando com a minha mãe sobre a minha gravidez. Até ela o assustar.
    Eu tinha passado mal na noite anterior, umas tonturas, enjoos, mas não comentei com o Luan sobre o que tinha acontecido, o que lhe deixou um pouco furioso.
- Escondendo as coisas de mim ?
- Não achei necessário te avisar, até porque foi coisa bem rápida.
- Não achou necessário, Larissa ? Sou seu namorado, você está grávida. Tem que me avisar de tudo. Quer me matar do coração ?
- Não, amor. Sem exageros. Foi coisa bem rápida, mesmo.
- Obrigado por me informar, Dona Laura. Se depender da Larissa eu não sei de nada o que acontece com ela.
- Pensei que a Lari tinha lhe avisado.
- Ah ! Dona Laura, a senhora não iria me avisar ?
- Eu tenho um genro exagerado mesmo - ri do comentário da minha mãe.

    Depois de tantas conversas, me arrumei, colocando uma leg preta e uma batinha branca. A barriga estava aparente, não muito, mas olhando bem já percebiam que eu estava grávida, já que antes algumas pessoas desconfiavam.
    O doutor como sempre muito simpático, humorado, nos recebeu em seu consultório, o Luan bombardeou o doutor com suas perguntas, sobre os meus enjoos e sobre o probleminha que eu estava antes.
    Fomos para a parte mais importante da consulta. Me preparei em uma maca, levantando a minha bata e deixando a minha barriguinha de fora. O Luan filmava tudo em seu celular, todo bobo e emocionado. Eu via em seus olhos marejados, o quanto ele estava feliz por aquele momento.
    - Estão ansiosos ? - pergunto o doutor.
    - O senhor não sabe o quanto estamos ansiosos - respondeu o Luan.
    O doutor estava fazendo todo o enxame em silêncio. Ouvimos batidas na porta e ele pediu para entrar. Deixando eu e o Luan surpresos com a presença da minha sogra e da minha mãe, acompanhada de Bruna e Michelle.
- Estavamos esperando por vocês - disse o Dr. Roberto
- Uai, vocês estão aprontando o que ? - perguntei
- Surpresa ! Já fez o exame, doutor ?
- Começamos agora.
- O que está acontecendo aqui é que vocês não vão saber qual é o sexo do bebê.
- Como assim, Bruna ? - Luan olhou para a irmã com um olhar raivoso.
- Isso mesmo ! Não vão saber hoje.

    Sem entender nada, saímos do consultório sem saber o sexo do bebê. Mas a minha mãe, Dona Marizete, Bruna e Michelle já sabiam o sexo do nosso filho.
    - Estou revoltado ! - Luan disse dentro do carro na volta para casa.
    - (risos) Acho que estão preparando uma coisa linda.
    - Eu queria saber o sexo, poxa.
    - Eu também. Mas vamos esperar o que vai acontecer.
    - Vai lá pra casa ?
    - Não sei ! Estou com fome, tem algo gostoso pra comer lá ?
    - Eu - disse rindo.
    - (risos) Isso eu não como, eu faço outras coisinhas -  mordi a bochecha dele.
    - Louco pra você fazer outra coisinha - me lançou um olhar safado.
    - Então vamos para o meu apartamento ?
    - Você quem manda !
Partimos para o meu apartamento, ao chegarmos fui direto para o banheiro estava apertada. Enquanto isso, o Luan ia tirando o seu tênis e se jogando no sofá, ligando a TV.
    Terminei a minha higiene e fui para um banho quente e relaxante. Foi então que senti o primeiro chute do meu filho ou da minha filha. Sim, era a primeira vez que sentia o chute do meu bebê. O médico afirmou que era normal, que eu poderia não senti-lo, mas que ele estava ali, muito saudável e seguro. Ah, ele estava !
      Assustada e emocionada por sentir o bebê se mexer, desliguei o chuveiro, coloquei um roupão e sai em direção a sala, o Luan estava com um boné no rosto, provavelmente tinha pego no sono. Mas eu tinha que contar, o que acabou de acontecer.
    - Amor ! - balancei ele de um lado para o outro.
    - Oi ? - tirou o boné do rosto
    - Eu senti ...
    - Sentiu o que, amor ?
     - O bebê, amor - os meus olhos já marejados, fez com que o Luan se assustasse.
    - O que, Larissa ? Sentiu alguma dor ? O que foi ? Vai nascer ?
    - (risos) Não bobo ! Ele mexeu, eu senti.
    - Mexeu ? - Luan sentou-se no sofá, com os olhos arregalados.
    - Sim ! Coloca a mão aqui, ele não mexe mais. Mas eu sei que vai mexer ...
    - Para de brincadeira, cara.
     - Põe ! - peguei a mão do Luan e coloquei sobre a minha pequena barriga.
Sentei ao seu lado no sofá, mas o nosso bebê não mexeu.
    - Ele não gosta de mim - o pai mais babão fez um bico.
    - Claro que gosta de você. Ele só quer ficar quietinho.
    - Será que é ele mesmo, amor ? - me perguntou
    - Vai saber, Lu. Mas o que vim, pode ter certeza que será tão amado.
    - Verdade ! Vou cuidar tanto, vou dá o melhor de mim para essa criança
    - Você vai ser o melhor pai do mundo inteiro
    - E você a mãe, mais linda, mais cuidadosa, mais tudo - me olhou nos olhos, passou a mão em meu rosto e depois beijou o meu nariz.
    - Obrigada por ter me dado esse presente, viu ? Claro, primeiramente a Deus. Segundo você que plantou a sementinha aqui, mesmo sem querer - sorri para ele.
    - (risos) Mesmo sem querer, querendo. Eu quem te agradeço por ter topado carregar um herdeiro ou herdeira, no seu ventre. Sentir tantas coisas, arriscar a vida, para colocá-lo no mundo.
    Não queria falar nada depois do que ele me disse. O meu beijo já falou o que eu poderia ter dito. Foi um beijo com tanta paixão, com tanto amor, como sempre era dado. Posso confessar que somos apaixonados um pelo o outro. A nossa relação era saudável, um respeitava o outro, um amava o outro.
    - O seu beijo é o melhor - ele sussurrou em meu ouvido, abaixando uma parte do meu roupão, deixando o meu ombro nu a mostra.
Tirei a camisa do Luan e lhe ajudei com a calça, por fim, fomos para o meu quarto, onde nos embriagamos de amor, sussurrando palavras apaixonadas, gemendo de amor, de satisfação, de prazer. Ele era o meu homem e eu sua mulher, de corpo e alma.
    Confiava de olhos fechados no meu namorado e me entregava totalmente para ele nesses momentos. Era tão delicado, cuidadoso, preocupado, me deixando ainda mais encantada e apaixonada.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

ELA É MINHA

Os meus pais marcaram uma churrasco em minha casa, convidando os pais da Larissa e alguns amigos da família. Mas eu e a Larissa ainda estávamos em Goiânia, e chegaríamos um pouco tarde para aquele churrascão.
   Sobre a barriga da Larissa, já estava bem grandinha e aquilo me deixava com os olhos brilhando e com o coração palpitando de tanta ansiedade, faltava algumas semanas para sabermos o sexo do nosso bebê. Ultimamente ela sentia bastante enjoo e tonturas, aquilo me preocupava, pedi para que ela ficasse um tempo de repouso em São Paulo, mas era tão teimosa que não me escutou.
   Chegando em São Paulo, fomos recebidos pelo o meu pai e seguimos caminho para a minha casa. Perguntei no caminho quais eram as pessoas que estavam em nossas casas, e ele foi dizendo, até chegar em uma que eu não suportava, um amigo da minha irmã, um tal de Rodolfo, ele era cheio de gracinha com as amigas da Bruna.
    - É amigo da Bruna, filho.
- Eu sei que é amigo dela, mas ela sabe que eu não gosto desse cara.
- Vejo alguém ciumento por aqui ? - perguntou a Larissa.
- Olha só, a Larissa falou - brincou o meu pai.
- Não estou com ciúmes, Larissa. É que eu realmente não gosto desse cara, fica tirando gracinha com as amigas da Bruna e com ela também.
- Com ela ? Tem certeza ? Vou conversar com a Bruna quando chegar em casa.
- Pode conversar.
     Larissa bateu em meu braço e olhei para trás, já que ela estava no banco atrás de mim.
- O que foi ? - perguntei.
- Para de colocar fogo nessa história. Você está com ciúmes.
- Larissa, fica quieta.
- Olha a briga vocês dois !
       Paramos em frente a minha casa e a minha mãe já nos esperava. Me abraçou forte e me deu um selinho como de costume, ela olhou para a Larissa que estava saindo do carro e colocou a mão na boca.
- Me desculpa, Larissa - disse a minha mãe.
- (risos) Uai, a senhora é mãe dele.
      As duas se abraçaram e pegamos algumas malas que estava no carro, o Puff já apareceu latindo para mim, peguei aquele ursinho e brinquei um pouco com ele. Tinha ciúmes quando a Larissa chegava perto de mim, então sempre que ela aparecia ele latia muito, mas nunca mexia com ela, já que a Lari ficava longe de mim quando o Puff estava daquele jeito.
- Filha ! - minha sogra apareceu para comprimentar a filha.
- Oi minha mãe linda.
- Você só tem uma, Larissa.
   O meu sogro também apareceu e conversamos um pouco. Depois nos levaram para a área do churrasco, e lá estava o cara que eu não me simpatizava, mas lhe comprimentei, assim como fiz com todos.


No meio da ''festa'' senti um olhar diferente desse Rodolfo para a Larissa que estava com a Bruna e suas amigas. Ele lhe observava estranho e aquilo me deixou incomodado até demais.
  Parei de beber com o meu sogro e o meu pai e chamei a minha mulher.
- Amor ! - ela olhou sorrindo para mim.
    Talvez seja aquilo que tenha lhe chamado a atenção, o sorriso, além de sua beleza. Ela tinha o sorriso mais lindo que eu já vi em toda a minha vida, era espontâneo. Deixava qualquer homem encantado. Mas eu não gostava daquilo, de qualquer  homem ficar encantado pela a minha mulher. Sentia uma insegurança quando isso acontecia, tinha medo que ela me deixasse, se apaixonasse por outro, visse em outro o que talvez não tivesse em mim.
- Oi meu amor - Larissa chegou ao meu lado e beijou meu rosto.
- Fica aqui perto de mim um pouquinho ?
- Uai, mas porque ? Estou conversando com as meninas.
- Depois eu te digo, fica aqui por favor.
- Tudo bem, só um pouquinho. E depois você vai me dizer o porquê.
- Pode deixar ! - se aproximei dela e selei seus lábios e logo depois iniciei um beijo apaixonado, na mulher mais linda que eu já tinha conhecido.
- Que beijo tão gostoso, amor.
- (risos) Também achei - disse ainda segurando o rosto dela.
- Tentando mostrar que eu tenho dono ? - perguntou rindo, ela me conhecia bem.
- Sim, ele não para de te olhar e isso está me incomodando.
- Não precisa ficar incomodado, meu amor. Não tenho olhos para mais ninguém, além de você.  Sinta-se seguro, pois eu te amo com toda a minha força.
- Você é a mulher mais linda, mais amiga, mais namorada, a mulher da minha vida. Não vou cansar de olhar nos seus olhos e te dizer isso. Você me completa - cheirei o pescoço dela, que se arrepiou e se encolheu um pouco.
- Eu não quero chorar ! - disse com os olhos marejados.
- (risos) Não vou te fazer chorar, só sorrir.
- Luan, canta uma moda.
           Peguei o meu violão e cantei uma música, dedicando-a para a minha namorada. Deixando bem claro para o Rodolfo que a olhava, que aquela mulher, tinha um homem ao seu lado, que cuidava, lhe amava e respeitava. Me deixando aliviado e esquecendo os olhares daquele cara, em cima da minha menina.