quinta-feira, 19 de março de 2015

DEU POSITIVO


Peguei o meu resultado e como era de se esperar, deu positivo. Sim, eu estava grávida. Minha mãe que tinha ido comigo, ficou maluca dentro da clínica, me abraçava forte e chorava, enquanto eu estava perplexa com o que estava acontecendo. Minhas mãos tremiam, procurava pelo o meu celular para avisar ao Luan, mas a minha mãe me impediu, pedindo para que eu fizesse uma surpresa.
- Mãe, eu vou viajar hoje a tarde.
- Eu sei filha. Mas não diz ao Luan por telefone. Vou te levar em uma lojinha.
      Minha mãe era daquela moderna, e eu adorava aquilo. Me levou em uma loja de bebê, e eu me encantei pelo o lugar, as coisas era tão pequenininhas e tão lindas, que dava vontade de comprar o enxoval do meu bebê naquele instante. Comprei umas coisinhas unissex. E saímos dali direto para o meu apartamento, eu iria arrumar a minha mala, pois a tarde viajaria com o Luan.


- Eu sabia que iria dá positivo. O Luan já sabe ? - perguntou a Michele. Estávamos conversando por telefone, enquanto eu arrumava a minha mala, com a ajuda da minha mãe.
- Ele ainda não sabe, vou fazer uma surpresa.
- Será que pode me contar ?
- Eu não vou te contar, eu vou te mostrar. Vou filmar tudo e te mando é melhor.
- Tudo bem, gravidinha.
     
Terminei de arrumar a minha mala e fui para a sala, onde o meu pai estava. Ele ainda não sabia do resultado e quando me viu, foi logo perguntando, todo curioso.
- Vou ser avô ?
- Vai sim, pai - falei sorrindo, mas ao mesmo tempo com medo.
    O meu é tão cuidadoso comigo, sempre me dando conselho para que eu fizesse minhas coisas na hora certa e no tempo certo. Eu tentava fazer sempre o que ele me pedia e o que ele achava melhor para mim, até porque todos os conselhos que veio do meu pai, só me dei bem. Mas dessa vez, foi tudo tão rápido,  sem planejamentos.
- Não acredito, minha filha - me abraçou, todo emocionado. - Vocês nem fizeram um ano de namoro, Larissa. Deveriam ter mais cuidado.
- Nós tínhamos sempre, mas aconteceu.
- Tudo bem, não vou te abandonar por isso, certo ?
- Obrigada, pai. Muito obrigada, mesmo.
      Almoçamos juntos, em família. Contei para o meu irmão que ele iria ser tio, e ele ficou um pouco em choque, perguntando o tempo todo se eu estava falando sério.
- Cara ! Não acredito. Vou ser tio ... - disse rindo, me deu um abraço e um beijo demorado no rosto. Abraço de irmão, tão sincero, puro.

Almocei com a minha família e após isso tomei um belo banho quentinho, já que fazia um pouco de frio na grande São Paulo, coloquei um vestido longo, peguei as minhas coisas e o meu pai fez questão de me deixar no aeroporto e me ''entregar'' ao Luan.
    Tinha algumas meninas que esperava o Luan, ele ainda não tinha chegado, mas não era nenhuma novidade ele chegar atrasado. Falei com algumas meninas, tirei foto com outras e fui até o encontro do piloto.
- Pai, pode ir embora eu fico aqui.
- Não, filha ! Eu vou esperar o Luan - disse sorrindo.
- Pai, vamos conversar - abracei o meu pai de lado e sai caminhando com ele. - O Luan ainda não sabe e o senhor não vai contar.
- Uai, vou contar sim.
- Pai, eu vou fazer uma surpresa pra ele. Não estraga por favor, eu te peço.
- Você não está mentindo ?
- Não ! Comprei uns sapatinhos de bebê.
- Fará parte de sua surpresa ?
- Isso !
- Vou acreditar. Amanhã eu ligo para o Luan e pergunto alguma coisa.
- (risos) Pode deixar ! Falando nele, olha ali - apontei para o meu namorado que estava todo sorridente. Ele vinha em nossa direção acompanhado do Wellington e do seu pai.
- E aí sogrão !
- Opa, cara ! - apertaram as mãos.
- E aquele churrasco, sai quando ? - veio até mim e me deu um beijo no rosto.
- Vamos marcar.
- Vamos sim, tem que ser lá na chácara, faz tempo que não vou lá.
- Pode ser !

O meu pai foi embora minutos depois, nos deu um abraço forte e nos desejou boa viagem. O Luan cumprimentou os pilotos e entrou em seu jatinho.
- Amor, você não vem ? - perguntou para mim, já que me viu do lado de fora.
- Já vou, espera um pouco.
    Wellington já ia colocar a bolsa do Luan dentro do jatinho, mas eu o impedi. Ele de primeira não queria que eu abrisse a bolsa do Luan. Mas assim que mostrei os sapatinhos, ele ficou surpreso e quase grita ali, pedi silêncio e sigilo. Well, me ajudou a colocar os sapatinhos dentro da bolsa do Luan e assim entramos no jatinho, seguindo rumo para uma cidade de Minas Gerais.

domingo, 15 de março de 2015

JUNTINHOS SEM NINGUÉM POR PERTO

Como combinado o Luan apareceu na casa dos meus pais, conversou um pouco com eles e com o Lucas, enquanto eu terminava de arrumar o meu cabelo. A minha mãe ficava me apressando, dizendo que o Luan iria desistir de sair comigo:
- Mãe, só vamos ficar na casa dele. Iremos aproveitar que estamos com uma pequena férias.
- Aproveitar ? Vocês são danados.
- Não é nada disso que a senhora está pensando, viu ? Só pensa besteira, Dona Laura.
- (risos) Vocês são jovens não é ? Tudo pode acontecer.
- Ah ! E você não faz mais isso ?
- Larissa ! Para de falar besteira, seu namorado te espera.
     Ela saiu do quarto me deixando sozinha, rindo do jeito louquinho dela.
   Na sala o Luan ria com o meu pai e o meu irmão, de algo que provavelmente eu não iria entender, conversa de homens. Assim que me viu perto do sofá, se levantou e veio até mim, me dando um selinho demorado.
- Vamos ?
- Vamos !
 Nos despedimos dos meus pais e seguimos para o seu carro. Enquanto ele dirigia, eu fazia carinho em seu pescoço, o que lhe fez reclamar diversas vezes comigo. Luan dizia que estava tirando a sua concentração dos carros que estava em sua frente.
- O que vamos fazer hoje ? - perguntei.
- Estava pensando em um filminho, edredom, agarradinhos e muitos beijos. O que você acha ? Topa ou achou isso meio sem graça ?
- Tudo com você é ótimo.
- Ah ! Eu vou te levar no estúdio hoje.
- Sério ? - perguntei animada. - É meu sonho acompanhar.
- Será realizado hoje.
       Chegamos em sua casa e só encontramos o cachorrinho, que mesmo me vendo por tantas vezes, ainda  estranhava quando me via perto do Luan. Parecia ciúmes.
- Puff, é amiga - colocou o cachorrinho em seu colo, que latia para mim. - Não pode ficar latindo assim pra ela. É a sua amiga. Minha namorada. Passa a mão nele, amor.
- Nunca ! Enlouqueceu ? Vou perder minha mão.
- (risos) Que perder a mão, Larissa. Passa a mão nele, faz carinho, agora sem medo, ele sente quando você fica com medo.
        Luan segurou a minha mão e quando ia chegando perto o cachorrinho latiu mais uma vez. Mas como o meu namorado era muito insistente, distraiu o Puff, enquanto eu passava a mão nele. Que depois me olhou e ficou quietinho.
            Parecia que o Puff estava mais tranquilo, Luan colocou ele no chão, e segurou a minha mão, para onde íamos, aquele mascotinho também ia, ficava do meu lado, me cheirando o tempo todo.
- Vamos assistir aqui ou lá no quarto ?
- Você quem sabe.
- Cara, aqui é a sua casa também. Fica a vontade, amor.
- Então vamos para o seu quarto.
- Vamos !
         

O filme já tinha começado, eu comia uma maça, enquanto o Luan estava na pipoca e concentrado. Era muito chato o filme, estava tudo muito chato, o nosso relacionamento não estava tendo tantas aventuras. Parei de comer a maçã, peguei o potinho de pipoca que ele estava comendo e coloquei ao lado da cama.
- O que foi ? - não falei nada e sentei em seu colo.
    Beijei o rosto do Luan, passei minhas mãos pelo o seu peito. E ele já imaginava o que eu estava querendo no momento.
- Vamos deixar o filme terminar.
- Não ! É muito chato esse filme, vamos fazer uma coisa mais interessante.
- Larissa ! Não acha melhor depois do resultado ?
- Não, não acho melhor.
     Tirei a camisa do Luan e ele tirou a minha blusinha a qual eu estava vestida. Com delicadeza ele tirou o meu sutiã vermelho, com beijos em meus seios, me fazendo arrepiar com o toque do seus lábios em minha pele. Uma de suas mãos foi parar em meu cabelo, pegando firme, já a outra em minha perna segurando com vontade.
         Fiquei maluca quando ele deu uma mordidinha em meus lábios e cravei minhas unhas em seu ombro, o que lhe fez gemer baixinho. Em um movimento rápido eu já estava embaixo dele. Nos beijávamos como loucos, suas mãos eram rápidas, tirava o meu short, enquanto eu tentava tirar o dele, mas não conseguia.
- Eu tiro pra você - disse o Luan, com uma voz rouca, louquinho de tensão.
           Nos despimos e antes de senti-lo fortemente dentro de mim, o Luan saiu correndo até uma gaveta e pegou uma camisinha colocando logo em seguida. Era tão bom sentí-lo, não era apenas sexo, tinha amor, carinho um pelo o outro, respeito. Eu o amava, muito e sentia que ele me amava também.


* Desculpem a demora, mas ando ocupado com algumas coisas. Não vou desistir da fanfic, até porque tenho umas ideias bem legais. Mas vou postando quando posso.
        Próximo capítulo cheio de surpresas.

quarta-feira, 11 de março de 2015

EXAME FEITO

Ficamos em silêncio e acabamos dormindo. Acordei várias vezes de madrugada, tive sonhos confusos, primeiro mostrava eu sorrindo enquanto segurava um menino em meus braços, logo em seguida estava chorando e o Luan me abraçava.
     Luan também acordou, ligou o abajur ao seu lado e ficou olhando para o teto:
- Acontecendo alguma coisa ?
- Estou tendo uns sonhos estranhos.
- Quer contar ?
- Melhor não, vamos voltar a dormir.
- Larissa !
- Oi - deitei a minha cabeça em seu peito.
- Você quer mesmo ter um filho ?
- Nossa, Luan !
- O que ?
- Ficou parecendo que você não quer esse filho.
- Eu não disse isso, só foi uma pergunta. Não quero que faça nenhuma besteira, se estiver realmente grávida. Eu não vou te abandonar, meu amor.
- Se eu estiver realmente grávida, eu não vou desistir do meu filho, vou deixá-lo crescer em minha barriga, gerar ele e vou cuidá-lo para o resto da minha vida.
- E eu vou estar ao seu lado. Quero ser um paizão para esse guri ou guria, quero ser para esse bebê, o pai que eu tenho, compreensivo, atencioso, amoroso.
- Não tenho dúvidas que será um paizão. Vamos tentar dormir, daqui a pouquinho tenho consulta. Estou ansiosa !
- Vamos tentar dormir.
       

     Era 07:30 quando acordei  novamente, dessa vez com o despertador. Tomei um banho quente, já que fazia um pouco de frio na cidade, coloquei uma roupa confortável e sai do quarto. Bruna ainda dormia, fui para a cozinha e preparei um café da manhã.
      Liguei para a Michele, que passaria em meu apartamento em alguns minutos. Passei pela a sala e tomei um susto com a Bruna me chamando.
- (risos) Não queria te assustar, cunha. Já vai para a consulta ?
- Michele já está vindo, deixei café da manhã pronto. Vou terminar de me arrumar, cunha. Qualquer coisa me chama.
- Deixa eu ir, Larissa ?
- Bruna, eu só vou fazer exame de sangue. Não seria melhor quando fosse uma ultra ? Se eu realmente estiver grávida.
- Claro que você está... Deixa eu contar sua suspeita para a minha mãe ? Ela vai ficar tão feliz em saber que vai ganhar um netinho para mimar.
- (risos) Conta, menina !
       Corri para me arrumar, Michele chegou no apartamento fazendo um pouquinho de escândalo, dizendo que não esperava a hora de saber já do resultado:
- É melhor falar um pouco baixo.
- Se o Luan acordar, vai ser aquele mau humor, está bem cedo - disse Bruna rindo.
- É, Michele.
- Me desculpa, baby. Eu não sabia que o seu amado estava aqui. Agora podemos ir ?
- Podemos ! Bruna, não vai embora antes que eu chegue, certo ?
- Tudo bem ! Boa sorte, cunha.
      Abracei a minha cunhada e assim que dei as costas, ela me chamou:
- E se sua mãe aparecer por aqui, o que eu digo ?
- Só diz que eu sai com a Michele e que não demoro. Mas acho que ela não vai aparecer por aqui, mas sim me ligar. Agora estou indo, se não chego atrasada.

No caminho até o consultório, a Michele cantava, conversava bastante.
- Hoje você acordou muito feliz, Michele. Essa felicidade tem nome ?
- Claro que tem - deu um sorriso largo.
- Me conta, logo !
- Eu mesmo - me olhou e deu uma gargalhada.
- Você enlouqueceu, não entendi essa gargalhada.
- Nossa ! Eu não posso feliz ? Não tem ninguém na parada... por enquanto.
- (risos) Por enquanto, não é ? Sei !
      Chegamos no consultório e demorou um pouco para que eu fosse atendida. Deixei o meu  celular no silencioso, fiz o meu exame e ao sair de  lá, vi a quantidade de mensagem e ligação perdida da minha mãe, tinha também do Luan, pedindo que eu atendesse o telefonema da minha coroa.
          A hora de contar a verdade já estava próxima, eu não poderia ficar escondendo para os meus pais. Eles eram compreensivo, no começo vão ficar surpresos e vão falar sobre prevenções e blablabla. Mas depois estariam me apoiando, tinha certeza.
- Com medo do que o seus pais vão dizer ?
- Um pouquinho !
- Estou com você.
             

     Ao abrir a porta do meu apartamento tomei um susto, parecia uma reunião familiar, os pais do Luan estavam ali, os meus pais também. Na verdade não parecia, estava tendo uma reunião familiar. O que me causou ainda mais medo.
- Uma reunião familiar e não me avisam nada - disse rindo, tentando não transparecer o medo que eu estava.
      Fui até os meus pais onde cumprimentei com  um abraço apertado, fiz o mesmo  com os meus sogros. Luan, com cara de sono,  estava sentado no sofá e me olhava sorrindo.
- Que cara é essa, amor ? - perguntei rindo e sentando ao seu lado.
- E aí como foi lá ?
- Foi tranquilo !
- Você foi no hospital, filha ? - perguntou meu pai.
- Fui em um consultório.
       Bruna bateu as mãos, toda empolgada. Isso fez com que todos olhassem para ela.
- Desculpa, só lembrei de uma música que bate as mãos - Luan caiu na risada ao ouvir a irmã falando aquilo, Michele o acompanhou e assim todos acompanharam também.
- Gente, tá bom ! - disse o Luan. - Eu e a Larissa tem uma coisa importante para contar.
- Casamento, já ? - meu pai perguntou, colocando a mão no coração.
- (risos) Depois disso, acho que o senhor vai querer que aconteça um casamento.
- VOCÊ  ESTÁ GRÁVIDA, LARISSA ! MINHA FILHA ! - minha mãe gritou de felicidade, ficou em pé e pulou várias vezes e depois veio me abraçar. Fiquei surpresa com a reação dela.
- (risos) Não ! Não, mãe... - ela se afastou desfazendo o sorriso.
- Como não, Larissa ? Como o seu pai vai querer que aconteça um casamento logo ?
- Não ainda, não é, Larissa ? - Marizete falou.
- Vo-você contou para ela - minha mãe começou a chorar.
- Queremos explicações - Amarildo  e o meu pai falaram.
- Calma ! A Larissa está com suspeita de gravidez, hoje ela foi fazer o exame de sangue e vamos saber em breve se está grávida ou não. Ainda não é certeza.
- Filha ! - minha mãe não parava de chorar.
- Calma, mãe.
- Larissa, minha filha. Não vai atrapalhar a sua carreira e a carreira do seu namorado ?
- Paulo, não precisa se preocupar. Não vai atrapalhar !  - disse o Luan.


Naquele dia fomos almoçar em um  restaurante bacana e discreto, sem tumultos, o Luan estava  sem segurança por isso preferimos um lugar mais tranquilo, quase saímos de São Paulo para encontrar esse lugar, mas achamos. Almoçamos bem, conversamos. Eu e o Luan ouvimos muito conselho vindo dos nossos pais.
         Pela tarde descansei na casa dos meus pais e o Luan foi para o estúdio, terminar alguns arranjos para o seu novo projeto que já estava perto de acontecer. Um DVD Acústico, ele sempre sonhou, mas esperava a hora certa para fazer aquele projeto, que seria grandioso. Luan era bem perfeccionista, então tudo sairia lindo.
      O combinado seria que nos encontrássemos a noite, em sua casa. Os seus pais não estariam e nem a sua irmã. A noite seria nossa, como ele mesmo disse.
- Tem uma surpresa te esperando, meu amor - falou por telefone.
- Não me deixa ansiosa e nem curiosa.
- (risos) Te amo, vou ter que desligar agora.
- Tudo bem

Era possível ser tão apaixonada assim ? A minha queda poderia ser grande. Eu tinha tanto medo de que algo acontecesse em nosso amor, e eu pedia aos céus que ficasse do jeito que estava, tão lindo, um dedicado ao outro, sendo sincero um com o outro, assim poderíamos ser felizes para sempre.

terça-feira, 3 de março de 2015

EM CASA

Minha mãe apareceu em minha casa junto com o meu irmão e sua namorada. A casa começava a ficar cheia, o Luan chegaria em breve com a sua irmã. E a Michele apareceria pela manhã, para irmos ao consultório.
- Filha, vamos ao médico agora.
- Mãe, não precisa.
- Eu já ouvi isso, Larissa. Você vai e acabou o assunto.
 - Espera o Luan chegar, então - falei com medo.
- O Luan nos encontra no hospital, vamos.
- Eu não vou - sentei no sofá. - Já estou de pijama e me sinto bem.
               Tocaram na campanhia e o meu irmão foi abrir a porta,  o Luan entrou praticamente desesperado dentro do meu apartamento, sua irmã comprimentou o meu irmão e as outras pessoas, enquanto ele estava ao meu lado me enchendo com um monte de perguntas.
- Já se sente melhor ? Quer ir ao médico ?  Eu te levo, meu amor.
- (risos) Calma, meu amor. Eu já estou melhor, tomei um banho, coloquei o pijama e agora estou bem melhor. Não quero tomar nenhum remédio e nem quero ir ao médico.
- O seu pai não é teimoso, eu não sou teimosa, seu irmão também não, você é a pessoa mais teimosa do mundo, Larissa. Você sofre com essa mulher, Luan.
- (risos) Se ela diz que está bem eu acredito - passou a mão em meu rosto.
- Eu também acredito, mas eu quero saber o que ela tem. Pode ser alguma coisa grave.
- Vamos fazer assim, eu durmo aqui com a  Larissa e se ela começar a passar mal de novo, eu levo ela no hospital e ligo imediatamente pra um de vocês.
- Se a Larissa diz que está bem, eu também confio. E confio ainda mais no meu genro, nos ligue qualquer coisa, Luan.
- Vai deixar a sua filha, Paulo ?
- Ela está com  o namorado dela, Laura.
- Tudo bem ! Nos ligue qualquer coisa.
   Os meus pais foram embora, me deixando com a Bruna e o Luan. Fiquei  com a Bruna na sala enquanto o Luan foi tomar um banho.
- Cunhada, é o que eu estou pensando ?
- Eu também estou pensando isso, cunha. Mas eu não tenho a certeza, amanhã eu vou ao médico, vou fazer exame.
- Vai sozinha ?
- Não, eu vou com a Michele.
- Posso ir com você também se quiser.
- Se não for te incomodar.
- Não vai incomodar. E confesso que estou louca para que seja um bebê, queria ser tia.
- (risos) Eu não queria agora, mas o que acontecer, é porque tinha que acontecer. Vou pegar um travesseiro e um edredom pra você.
         Arrumei o sofá cama para a Bruna, emprestei uma roupa de dormir e ela ficou na sala. O Luan já tinha saído do banho e ficou na sala conversando um pouco com a sua irmã, enquanto eu comia uma melancia na cozinha.
     Sai da cozinha e estava tudo apagado  na sala, Bruna já estava dormindo. Em meu quarto o Luan estava jogado na cama, apenas de cueca.
- Vem aqui, meu amor. Vamos conversar.
- Estou precisando mesmo conversar com você.
    Deitei no peito do Luan e enquanto ela
alisava o meu ombro, começamos a conversar.
- Minha mãe está bem preocupada comigo.
- Eu percebi, porque você não conta pra ela sobre a sua suspeita ?
- Eu quero ter a certeza. E confesso que estou um pouco com medo de contar para os  meus pais. Medo da reação deles, medo da reação do seus pais também. Vão pensar que eu fiz isso de próposito, que eu estou interessada...
- Eii, pode parar ! Ninguém da minha família vai pensar isso.
- E o seus fãs ?
- Os meus fãs vão entender.
- Será ? Tenho medo do que possam falar.
- Ô meu amor, fica tranquila.