terça-feira, 22 de julho de 2014

O DESESPERO !



- Meu braço ! Espera, Wellington - estava sendo retirada do palco com o Wellington me puxando. Tinha conseguido subir no palco e abraçado o meu rapaz. Nunca tinha feito aquilo durante esses quatro anos que sou fã daquele menino.
- Não faça mais isso, ouviu ? - ele disse olhando para os lados.
- Entendi, agora dá pra me soltar ? Voce está me machucando.
- Leva essa menina pra fora do evento.
- Oi ? Como assim ? Não vou sair do evento porque voce está mandando. Até porque não foi voce que comprou o meu ingresso e que pagou a minha viagem até aqui. Portanto daqui eu não saio - disse cruzando os braços e batendo o pé.
- Moçinha voce não me testa. O show já está terminando, por favor levem ela daqui.
Wellington deu as costas quando viu que dois seguranças do evento estavam se aproximando de mim, olhei para o lado e vi a van que iria levar o Luan, me aproximei apenas para poder me olhar no reflexo da janela da van. Ainda estava apresentável, bom estaria mais se eu tirasse esses óculos da minha cara, mas se eu tirasse não iria ver absolutamente nada.
- Moça, infelizmente teremos que levá-la.
- Após chamem a polícia, exercíto o que voces quiserem mas eu não saio daqui, até porque só tem eu aqui e voces. Só saio quando aquele imbécil do Wellington passar por aqui e me pedir desculpas pelo o que ele fez,olha só o meu braço, isso não se faz.
- Infelizmente teremos que retirá-la.
- Não saio ! - nessa hora olhei para as escadas que dava acesso ao palco e vi o Luan com um roupão e descendo as escadas, com uma garrafinha de água na mão acenava para algumas pessoas. Continuei ao lado da porta que ele iria entrar, Roberval e o Rodrigo Berton entravam levando algumas malas e me olhavam torto. Eu não era aquelas mulheres atraentes que eles adoravam ver nos shows, por isso os olhares. Wellington se aproximou.
- Eu não mandei retirá-la ? O que faz aqui ainda menina ?  Vou chamar a policia.
- Ótimo ! Quero que chame mesmo, voce virou um animal, meu braço está todo marcado.
Ele deu as costas para mim, já que eu estava na porta da van, por onde o Luan iria entrar. Estava com tanta raiva, me perdi das minhas amigas e perdi o finalzinho do show e pra completar o braço estava vermelho. Não dei importancia para o Luan, que tinha visto tudo e não fez nada para impedir aquilo.
- Oi - ele disse ao entrar na van. Dei um sorriso fechado. - Olha, voce é a menina que subiu ao palco. Merece um abraço apertado, diblou todos os seguranças.
- Poxa Luan, fiquei chateada com voce.
- Uai, o que foi ?
- Licença menina ! Voce já fez muita coisa por hoje - ele tentava fechar a porta.
- Espera, negão ! - dizia o Luan.
- Vai lá, Luan - peguei a porta da van. - Vou fechar !
- Calma menina - Wellington mais uma vez segurou o meu braço.
- É isso que nós fãs merecemos, Luan ? - mostrei pra ele o meu braço.
Não me deixaram falar mais nada, e me retiraram dos bastidores. Agora a busca era tentar encontrar as minhas amigas que estavam comigo. O meu celular estava quase descarregando, eu tinha que encontrá-las antes disso, eu  não sabia voltar para o hotel que eu estava.

Sínopse

 Ela viajava por tantos lugares no Brasil para encontrar ainda mais a sua felicidade, uma felicidade que não estava apenas na área que ela queria seguir profissionalmente, mas em encontrar aquele que encantava milhões de pessoas por onde passava. Claro, que para os seus amigos universitários aquilo não passava de uma ilusão, uma besteira e que logo ela esqueceria daquele cara. Porém, parecia algo divino, tudo se renovava a cada dia, como se em algum momento pudesse existir uma outra história.

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Larissa Alves, uma jovem paulista de 21 anos, cabelo longo, preto, com seu 1,60 de altura, estudante de fonoaudiologia, estava em uma aventura no nordeste, especificamente em Pernambuco. Aproveitou as suas férias para ir atrás do seu rapaz mais uma vez. E nessa sua ida, tantas coisas iriam acontecer. 

ENQUANTO ISSO...

- Ela é engraçada, né? - disse o rapaz rindo e tomando um pouco de água.

- Meio estranha, cara!

- Tadinha! Não fala assim... - riam.

- Se prepara aí, benhê! - o secretário zuava aquele rapaz.